Unico SENHOR E SALVADOR

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domingo, 29 de junho de 2014

Como as igrejas castram os homens

Como as igrejas castram os homens

Tristan Emmanuel


Já parou para pensar no motivo por que os homens cristãos estão como se tivessem sido capados? Ou por que a maioria dos homens másculos acha absolutamente impossível ter um bom relacionamento com a liderança cristã?

Você não está sozinho.
Eu costumava pensar que o problema estava comigo, que eu era antiquado ― pelo menos, era isso o que me diziam.

Mas então tive um encontro com Deus.

Deus não enviou homens efeminados para pregar o Evangelho, construir igrejas e reformar a sociedade na época da igreja primitiva. E certamente ele também não fará isso hoje.

Venho escrevendo uma pequena minissérie sobre o estado de nossa sociedade. Tenho declarado tudo numa estratégia: Se reformarmos e reavivarmos a igreja, veremos reforma e reavivamento na sociedade também.

Na semana passada senti-me tocado durante o momento de adoração. Nesta semana, o foco é a masculinidade. Como parte de uma estratégia para mudar a sociedade precisamos parar de castrar a masculinidade dos homens.

A solução é simples. Comece a incentivar os homens da igreja a serem homens ― não mulheres vestidas em roupas masculinas

Não sou o único a dizer isso.

O escritor David Murrow escreveu um livro muito importante sobre o assunto: “Why Men Hate Going to Church” (Por que os Homens Odeiam Ir para a Igreja). Ele confirma minha teoria. Os homens não se sentem bem-vindos mais nas igrejas, porque o Cristianismo vem sendo feminizado.

Murrow relata várias estatísticas importantes em seu livro:
•Uma típica congregação americana atrai um público adulto que é 61 por cento de mulheres e 39 por cento de homens. Essa diferença entre homens e mulheres aparece em todas as categorias.
•Em qualquer dado domingo há 13 milhões de mulheres adultas a mais do que homens nas igrejas dos Estados Unidos.
•Neste domingo quase 25 por cento das mulheres evangélicas casadas irão ao culto sem o marido.
•As atividades de culto no meio da semana atraem de 70 a 80 por cento de participantes do sexo feminino.
•Noventa por cento dos meninos que estão sendo criados nas igrejas as abandonarão ao chegarem à idade de 20 anos. Muitos deles jamais voltarão.
•Mais de 90 por cento dos homens nos EUA acreditam em Deus, e cinco de cada seis homens se classificam como cristãos. Mas só dois de cada seis deles freqüentam uma igreja em qualquer domingo determinado. Geralmente, os homens aceitam a realidade de Jesus Cristo, mas não conseguem ver nenhum valor em ir para a igreja.

Essas são estatísticas absolutamente assustadoras, mas não são de surpreender.
J. Grant Dys argumenta em seu blog que dá para se ver os desdobramentos dessa realidade em nossas famílias (ou pelo menos no que restou delas), nossas escolas, nossos clubes e nas prisões de nossa sociedade. E ironicamente, com a morte da masculinidade verdadeira, um número crescente de rapazes está buscando recuperar na homossexualidade sua masculinidade.

Num nível cultural, nós todos sabemos que a idéia de um “homem real” foi quase que totalmente eliminada de nossa consciência social. Os homens são objetos de zombaria e difamação. Assista a qualquer comercial ou comédia de TV e você verá com os próprios olhos um fogo cerrado de ataques, todos designados para agredir a dignidade da masculinidade real e o papel modelo histórico do homem como provedor e protetor.

Não estou dizendo nenhuma novidade. Muitos já tocaram nesse assunto, alguns muito melhor do que eu. Mas o que me preocupa não é que a sociedade em geral tenha rejeitado a masculinidade. O que me preocupa é que as igrejas agem como cúmplices dos que promovem o conceito de se excluir a masculinidade. E não são apenas as igrejas liberais que são culpadas nesse negócio.

Na vasta maioria das vezes, o “papel modelo” pastoral nos círculos evangélicos reflete aquele personagem dos “Simpsons”, o Rev. Love Joy. Nossos pastores são tapados estranhos, esquisitos ou inofensivos, ou são tipos astutos de homens efeminados que conseguem literalmente derramar lágrimas ao som de uma moedinha, mas não têm absolutamente nenhuma coragem de assumir uma posição contra o mal ou ensinar a verdade inequívoca com autoridade.


Suprimiram a assertividade masculina santa, optando em vez disso por serem “bacanas”. Eles abdicaram do seu chamado de “falar a verdade”, por puros interesses politicamente corretos. E decidiram que manipular as pessoas com livros emocionais de auto-ajuda e pregações engraçadas é melhor como ponto principal do que treinar e ensinar os homens de suas congregações a serem líderes e guerreiros de Cristo. E como resultado, a igreja evangélica está sofrendo de escassez de homens de verdade.



A culpa é do feminismo?
Sem dúvida alguma o feminismo é uma força maligna na sociedade norte-americana. É maligna porque vem tentando estabelecer a igualdade. Mas a verdade é que é culpado de perpetrar uma fraude precisamente porque não estabeleceu a igualdade. O que o feminismo teve êxito em fazer é convencer ambos os sexos de que a única identidade masculina que é valiosa é um homem efeminado. Aliás, o único caminho para a igualdade existir é os homens serem como mulheres, ou simplesmente não existirem.

Agora, podemos culpar o movimento feminista por tudo o que quisermos ― mas nada mudará, porque no fim, os homens adotaram sua própria feminização. Conforme aponta Dys, os homens mesmos fizeram isso consigo porque se tornaram delicados e preguiçosos.

Os homens estão muito mais interessados em favorecer o movimento de mulheres do que em expressarem sua masculinidade. E quer seja porque queremos ser “populares com as garotas”, porque somos inseguros e incertos demais acerca de liderança, ou se é por pura exasperação (“Elas querem assumir a liderança? Vão em frente. Não vou mais discutir”), estamos abrindo mão de nossos papéis na família, igreja e Estado.

Mas vamos ser claros numa coisa: Não tínhamos nenhum direito de abdicar dessa responsabilidade.


A solução é bem simples: Os homens precisam ser homens de novo. Eles precisam assumir sua responsabilidade do jeito que Deus planejou que eles se conduzissem. E a igreja precisa reaprender como ajudá-los nisso de novo.


Traduzido e adaptado por Julio Severo: www.juliosevero.com.br

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