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quarta-feira, 29 de julho de 2015

Encíclica Laudato Si’ causa perplexidades entre os católicos e regozijo nos extremismos de esquerda



No dia 16 de julho p.p., por iniciativa do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, no Club Homs da capital paulista o autor deste post introduziu sua palestra lembrando que uma Encíclica é um documento de grande autoridade magisterial dirigido a todo o orbe católico.

Veja a primeira parte com a exposição do Prof. Luiz Carlos Baldicero Molion. CLIQUE AQUI

Porém, a Laudato Si não se dirige só aos católicos, mas, segundo explicou o Prof. Alberto Gambino, da Universidade Europeia de Roma, “a todos os que têm sensibilidade pela [...] deterioração do meio ambiente”, crentes ou não. 


Esse caráter plurirreligioso e pluricultural ficou evidente na mesa que apresentou a Encíclica. 

Ao lado do Cardeal Peter Turkson estavam o metropolita cismático John Zizioulas; o prof. Hans Joachim Schellnhuber, ativista que veicula teses malthusianas das mais radicais; e a professora chinesa Carolyn Woo, presidente do Catholic Relief Services, agência internacional que financia ONGs opostas ao ensinamento católico, promovem o aborto e recrutam ativistas LGBT.

A Encíclica reproduz também “ensinamentos” de fonte não católica, como os do sufi muçulmano Ali Al-Khawwas, apresentado como “mestre espiritual”. 

E, como contabilizou o Prof. Evaristo Eduardo de Miranda, pesquisador da Embrapa e doutor em Ecologia, ela emprega 74 vezes a palavra “natureza”, 55 vezes “meio ambiente” e uma só vez “Jesus Cristo”.

Foi esclarecido para o auditório que o Papa recebeu de Nosso Senhor Jesus Cristo o dom da infalibilidade, dom cuja extensão ficou muito bem expressa em Pastoral coletiva dos bispos da Suíça de 10 de agosto de 1871 nos seguintes termos: 


“O Papa não é infalível nem como homem, nem como sábio, nem como sacerdote, nem como bispo, nem como príncipe temporal, nem como juiz, nem como legislador. 

“Não é infalível nem impecável na sua vida e procedimento, nas suas vistas políticas, nas suas relações com os príncipes, nem mesmo no governo da Igreja. 

“É única e exclusivamente infalível quando, como Doutor supremo da Igreja, pronuncia em matéria de fé ou de costumes uma decisão que deve ser aceita e tida como obrigatória por todos os fiéis” (Mons. Joseph Fessler, La vraie et la fausse infaillibilité des papes, Plon, Paris, 1873).

Também foi observado que a Laudato Si' contém três partes principais apoiadas umas nas outras. Sobre a primeira, de natureza científica, falou o Prof. Molion com toda autoridade e suma competência. 


Na segunda parte, a Encíclica correlaciona o estado do meio ambiente com reflexões de natureza econômica, social e política. É também um campo ao qual a infalibilidade do Papa não se estende.

Na terceira parte, a Encíclica faz longas reflexões morais, filosóficas e religiosas com base nas duas primeiras partes.

A segunda parte, econômica, social e política, suscitou inúmeras repercussões no mundo inteiro.

Para Miguel Angel Belloso, diretor da revista espanhola “Actualidad Económica”, de Madri, falando como católico, o documento é a expressão de “um Papa pessimista e injusto”. 

Segundo ele, o Papa Francisco lança “ideias sem o acompanhamento de um único dado, como se fossem um dogma de fé, que não resistem à menor análise empírica e estão completamente erradas. [...] 

“Francisco é um Papa decididamente político, um socialista convencido [...] Nesta desastrosa encíclica, Francisco [...] converteu-se num poderoso aliado das teses errôneas da esquerda” (“Diário de Noticias”, Lisboa, 26-6-2015).

No mesmo sentido o “Catholic Herald”, a mais antiga revista católica inglesa, estimou que “as análises de Francisco” ignoraram o “cenário de um incremento colossal da esperança de vida e da saúde como consequência do desenvolvimento econômico. E em muitas zonas do mundo, o ambiente está a melhorar espetacularmente” (“Diário de Noticias”, Lisboa, 26-6-2015).

O Prof. Denis Lerrer Rosenfield, da UFRGS, observou que sob a governança mundial propiciada pela Laudato Si, “o Brasil deveria abdicar de sua soberania. [...] As ONGs ambientalistas e indigenistas são erigidas em novo poder mundial. 

“A decisão última seria transferida para elas, contando, internamente, com a participação ativa — e decisiva — da CNBB e de seus órgãos, como a CPT e o Cimi. Ou seja, um país como o Brasil poderia perder ‘religiosamente’, ‘moralmente’, ‘ecologicamente’ e ‘socialmente’ a Amazônia” (“O Estado de S. Paulo”, 29-06-2015).

O filósofo hebreu Guy Sormann concluiu seu artigo intitulado Vade retro perguntando: 

“O homem tem que se submeter à Natureza ou o inverso? O homem é um pecador quando não se prosterna diante da deusa Terra? Esta encíclica, parece-me, não é um manifesto político, mas uma bomba teológica” (“ABC de Sevilla”, 29-6-2015).

Para o Prof. José Manuel Moreira, da Universidade de Aveiro, a “encíclica pró-verde” apresenta uma “preocupante mistura de slogans da esquerda radical”. 


E o “Investors Business Daily” conclui que “o Vaticano está infiltrado por seguidores de um movimento radical verde que é, no seu âmago, contrário ao Cristianismo” (Sapo.pt, 02-07-2015). 

Na Argentina, o Prof. Roberto Cachanosky explicou que “a mensagem de Francisco deixa aberta a porta para o conflito social. [...] mal assessorado, ou talvez por ter uma ideologia peronista, Francisco incrementa a pobreza, a indigência e o desemprego. [...] Grande favor faria se denunciasse com firmeza os governos corruptos e autoritários que pululam na América Latina” (URGENTE24, 13-07-2015).

Acrescentei que obviamente a Laudato Si' também colheu aplausos de outros pontos do horizonte mundial, notadamente do macrocapitalismo publicitário, dos ambientes científicos alarmistas e das esquerdas em geral.

A partir de Galileu, no século XVI, o ambiente científico repelia a opinião da Igreja sobre as ciências como sendo ingerência inquisitorial. 

Mas agora, segundo o “Estado de S. Paulo”, cientistas engajados no ambientalismo alarmista radical estão “dando ‘graças a Deus’ por ter uma figura carismática e forte como papa Francisco falando sobre assuntos que para eles nem sempre são tão fáceis” (edição de 15-6-15).

O ex-frade Leonardo Boff elogiou a Encíclica porque “nem a ONU produziu um texto desta natureza” e por pregar uma “ecologia integral [...] que supõe uma visão evolucionista do universo” (UNISINOS, 18-06-2015).

Para Frei Betto, “o Papa faz eco à produção da Teologia da Libertação sobre a questão ambiental [...]. Ao citar Teilhard de Chardin, censurado pela Igreja enquanto viveu, o Papa [...] enfatiza que, em definitivo, a Igreja Católica abraça a teoria evolucionista e a visão holística do Universo” (Adital, 16-07-2015)

“Sem ânimo de desmerecer o discurso e o esforço de Jorge Mario Bergoglio”, Ignacio Denis Del Rosario, venezuelano graduado no Instituto Latinoamericano de Agroecologia Paulo Freire (IALA), disse que a encíclica nada acrescenta aos ensinamentos do “comandante” Fidel Castro desde os anos 60 e notadamente na Eco-92, no Rio de Janeiro. 

Ele auspiciou “uma complementariedade entre ambos, confiando plenamente na extraordinária coragem do Papa Francisco” (Aporrea, 01-07-2015).

Não espanta então que o líder do MST, João Pedro Stédile, tenha declarado à “Folha de S. Paulo”: “Os trabalhadores têm quem? Chávez morreu, Fidel está doente. O Francisco tem assumido esse papel de liderança, graças a Deus. Ele tem acertado todas”.


O lobo vermelho ficou verde

Para "Il Corriere della Sera" há uma relação profunda ente o presente de Evo a Francisco I e o marxismo do governo do Tsipras: os dois são filhos de um erro histórico: acreditar que o comunismo tinha morrido com a queda da URSS e do Muro de Berlim.

Para "Il Corriere della Sera" há uma relação profunda ente o presente de Evo a Francisco I e o marxismo do governo do Tsipras: os dois são filhos de um erro histórico: acreditar que o comunismo tinha morrido com a queda da URSS e do Muro de Berlim. 

Para "Il Corriere della Sera" há uma relação profunda ente o presente de Evo a Francisco I
e o marxismo do governo do Tsipras: os dois são filhos de um erro histórico:
acreditar que o comunismo tinha morrido com a queda da URSS e do Muro de Berlim. 

Em resumo, lembrei que o astuto lobo vermelho comunista, que andava sumido e foi considerado morto, na realidade tingiu seus pelos de verde e retornou. 

Acolheram-no a “Teologia da Libertação”, a grande mídia e muitas ONGs, e ele infelizmente se infiltrou no Vaticano, onde tenta realizar seu tóxico sonho disfarçado de ambientalismo.


Em face desse problema, nada me parece mais apropriado do que as palavras dirigidas pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira ao Papa Paulo VI, engajado no século passado numa política de aproximação com o comunismo vermelho:

“De joelhos, fitando com veneração a figura de S.S. o Papa Paulo VI, nós lhe manifestamos toda a nossa fidelidade. Neste ato filial, dizemos ao Pastor dos Pastores: Nossa alma é Vossa, nossa vida é Vossa. Mandai-nos o que quiserdes. Só não nos mandeis que cruzemos os braços diante do lobo vermelho que investe. A isto nossa consciência se opõe” (“Folha de S. Paulo, 10-4-1974).

Esta é a posição mais respeitosa e equilibrada diante do lobo vermelho que avança travestido de verde. 

Após os palestrantes responderem a numerosas perguntas, a sessão foi encerrada pelo Dr. Adolpho Lindenberg, presidente do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira. 

Em seguida houve um animado coquetel, no qual os participantes tiveram ocasião de manifestar sua satisfação com as matérias expostas.


Fonte: Verde: a cor nova do comunismo


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