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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

No Brasil, a palavra “esquerda” continua sendo o “ópio dos intelectuais”



Muitos perceberam ao longo do tempo o teor religioso do socialismo. A ideologia utópica era, no fundo, uma tentativa de substituir as religiões, só que oferecendo de forma mais oportunista o paraíso terrestre, em vez de aquele além-mundo.

Isso ajudou a criar uma seita fanática de seguidores totalmente blindados contra os fatos e a realidade. Se a religião era o “ópio do povo”, como acreditavam os marxistas, então o socialismo seria o “ópio dos intelectuais”, como resumiu Raymond Aron.


Esse viés de seita religiosa dos socialistas mereceu destaque em meu Esquerda Caviar, e citei vários exemplos dessa recusa em aceitar qualquer raciocínio lógico por parte dos adeptos dessa ideologia. As provas são irrefutáveis.

Esse foi o assunto da coluna de Arnaldo Jabor hoje. A fé inabalável dos esquerdistas brasileiros é impressionante. Eles creem porque absurdo, independentemente de fracasso após fracasso dos experimentos esquerdistas. Diz Jabor:

Como podem ignorar os escândalos evidentes de uma quadrilha de corrupção que está levando o país à bancarrota? Ninguém fala nada? Por que se negam a detalhar os caminhos dessa “religião” que professam? Será que não viram a queda do muro de Berlim, o fim vergonhoso do socialismo real? Será que a mistura de leninismo com bolivarianismo que apoiam tem alguma lógica inquestionável que ignoramos? Haverá alguma equação que decifre o emaranhado de suas mentes, algo assim como “penso assim, por isso e por isso, logo…”?

Não; não dizem nada — só apoiam e creem. Será que nos deixam babando de curiosidade porque não querem dar luz aos cegos da “pequena burguesia”? Por isso tento entender seu labirinto de ilações, de deduções, de reviravoltas com que constroem o “Caminho de Santiago” que teimam em percorrer. Em primeiro lugar, eu acho que renegar as evidências é uma maneira de se sentirem portadores de uma verdade inatingível pelos homens comuns. Nos olham com o desprezo de homens superiores.
[…]

Bem… sua fé ideológica pode nascer por antigas humilhações a serem vingadas por um voluntarismo neurótico que prove sua grandeza imaginária. São em geral fracassados e professam essas ideias para ocultar seu fracasso absoluto. A certeza férrea que os habita pretende evitar dúvidas sobre sua ignorância arrogante, sem “vacilações pequeno burguesas”, como eles chamam. A ideologia os conforta. 

Como sentenciou um dia Nelson Rodrigues: “Só os canalhas precisam de uma ideologia que os absolva e justifique”.

A necessidade de se sentir um ser superior naqueles que são, de fato, inferiores, pode explicar boa parte da adesão à esquerda. Como a palavra continua sendo o “ópio dos intelectuais”, como basta se dizer de esquerda no Brasil para ser visto como alguém preocupado com os mais pobres, com as desigualdades, com as “minorias”, essa turma incapaz encontra um atalho para compensar sua mediocridade.

Os socialistas precisam da miséria alheia, cultivam-na como uma flor, como diz Jabor, focam na desigualdade em vez de analisar quantas centenas de milhões de pessoas o capitalismo tirou da miséria, pois é esse populismo demagógico que justifica todo tipo de atrocidade, uma vista grossa a todo o rastro de sangue que o socialismo produz, toda a sua incompetência em gerar riqueza.

O socialismo é um dogma, nada mais. “Diante dele, abole-se o sentido crítico. É como duvidar da virgindade de Nossa Senhora”, compara Jabor. E como fracasso após fracasso histórico não foram capazes de despertar esses “intelectuais” de sua insanidade, Jabor conclui se tratar, talvez, de uma anomalia incurável. Para certas pessoas, não há fato no mundo capaz de derrubar suas ilusões!


Rodrigo Constantino

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