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quinta-feira, 28 de abril de 2016

“Esquerda ou Direita? Tanto faz…” Será? Ou: O problema é a esquerda sim!

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Por Ricardo Bordin, 

Foi intrigante observar a mensagem deste cartaz, a qual foi repetida Brasil afora nas manifestações de 16/03/2016, e cujo significado pode ser assim resumido: o brasileiro médio está indignado com o PT, por sua corrupção endêmica e pelas trevas onde a economia de nosso país encontra-se mergulhada; todavia, ele não associa essas mazelas com o fato de o PT ser um partido de Esquerda. 

Ademais, considera que a Direita não faria muito diferente. Faço uma aposta com vocês: 100% das pessoas que carregavam estes cartazes não sabiam, ou então apenas pensavam que sabiam,
o que é Direita ou Esquerda, em se tratando de gestão governamental.

Minha afirmação está assentada, primeiramente, no fato de que o Brasil nunca foi administrado por um governo liberal ou conservador – as duas principais linhas de pensamento da Direita. 

Engana-se quem pensou na ditadura militar: sob a ótica gerencial, o regime militar apresentou diversos pontos em comum com os governos de esquerda, uma vez que era coletivista, contrário ao livre mercado, criou inúmeras empresas estatais, e interferiu profundamente na economia. 

Tampouco acertou quem pensou em FHC: muito embora seu governo tenha apresentado lampejos de liberalismo econômico (promoveu privatizações, iniciou reformas na Previdência, e criou a Lei de Responsabilidade Fiscal), o PSDB ajudou a ampliar um sistema tributário que suga demais das atividades mais rentáveis e das pessoas mais capazes de investir e inovar, simplesmente trocando, desde o 1º dia do plano Real, a hiperinflação pela tributação desmesurada, associada a juros altos. 

Ou seja, o brasileiro jamais experimentou o que estão vivenciando os Argentinos com Macri: enxugamento do Estado, redução de impostos, responsabilidade fiscal e planejamento de longo prazo.

Além disso, a Esquerda, com sua conhecida eficiência na “guerra de narrativas”, sempre conseguiu incutir no inconsciente coletivo que seu objetivo é “governar para os pobres e minorias”, ao passo que a Direita objetiva “governar para as elites”. 

O brasileiro precisou descobrir da pior forma possível que nada poderia ser mais falso: enquanto as classes menos favorecidas do país estão amargando desemprego, queda do poder de compra e endividamento em níveis inéditos, instituições bancárias nunca lucraram tanto simplesmente emprestando dinheiro para o Estado, e grandes empreiteiras, adeptas do “capitalismo de compadrio” (dentre outras “campeãs nacionais”), faturaram fortunas emprestando capital do BNDES com juros subsidiados com recursos públicos. 

Vale dizer: ainda que o PT não tivesse sido o protagonista do maior esquema de corrupção da história, ele teria, eventualmente, quebrado a economia do país de qualquer jeito. Devido à “nova matriz econômica”, adotada a partir de 2008, cujas medidas sintetizam o pensamento típico da esquerda (expansão do crédito estatal, redução artificial de tarifas de energia elétrica, e a utilização de truques contábeis para esconder a elevação da dívida pública), a depressão que hoje vivemos, com queda de 10% do PIB em dois anos, já estava programada. 

E justiça seja feita: o PT não fez nada que outros partidos que seguem a partilha socialista não fariam – aliás, fariam, por certo, em muito mais larga escala. Não à toa, o PT sofreu “oposição” de partidos como o PSOL, que acreditavam que nossa economia precisava de doses mais generosas do veneno das medidas “desenvolvimentistas”.

Aliás, a corrupção, que alcançou cifras espantosas durante o governo do PT, também costuma andar de mãos dadas com uma das principais características da esquerda: o governo inchado. Diante de tantos entraves desse mastodonte à atividade produtiva, surge a necessidade de criar meios para burlar esses obstáculos, sendo gerada, destarte, a “demanda” pela corrupção, e, criada a demanda, surge a figura do corrupto, aquela pessoa que, por meio de propina, vê-se livre dessas amarras estatais. Associe isso à sensação de impunidade prevalecente em nosso país, e está feito o estrago.

Por fim, enfatize-se que, de acordo com pesquisas recentes, os eleitores ainda depositam muita confiança em partidos de orientação bastante semelhante à do PT, sem ao menos dar-se conta disso – sim, estou fazendo referência à Rede Sustentabilidade, não apenas porque ela está recebendo a maioria dos políticos que estão abandonando o PT, mas também pelo fato de que sua principal expoente, Marina Silva, é oriunda de uma célula ainda mais radical da esquerda (foi militante do Partido Comunista Revolucionário) e bebe na mesma fonte (o marxismo), só que em versão ambientalista. 

Pra não mencionar seu suporte ao MST, um dos braços do PT na abolição da propriedade privada rural (eles chamam isso de “reforma agrária”, só para constar).

E por que isso tudo é importante? 
Porque enquanto nosso eleitorado (e nossa imprensa, bom que se diga) não entender que medidas de caráter liberal podem ser “impopulares” no curto prazo – enquanto consertam os estragos causados pelas medidas “populares” implementadas pela esquerda – mas são necessárias para pôr a casa em ordem, político nenhum irá adotar um discurso mais à Direita. 

Vejam o caso da “ponte para o futuro” de Michel Temer, que causou arrepios em muitos apenas por propor maior responsabilidade fiscal, forçando-o a recuar em alguns aspectos.

Trocando em miúdos: Esquerda? Não, obrigado. Precisamos de um longo período livres dessa erva daninha!

*Ricardo Bordin é Auditor-Fiscal do trabalho desde 2011, e o exercício dessa profissão, testemunhando de perto as dificuldades dos empresários para produzir no Brasil.

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