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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Quais são as origens do dia das bruxas (Halloween)?


O Halloween é a celebração anual do dia 31 de outubro.

Nesta noite, centenas de crianças e também muitos adultos, com mascaras do sobrenatural ou do macabro, especialmente nos continentes Europeu e Americano, cumprem a noite da “partida ou guloseima” (trick or treat).

A popularidade cresceu em todo o mundo. Do Japão aos Estados Unidos, a festividade ganha cada vez mais uma dimensão global e os comerciantes apercebem-se disso.

Mas de onde vem esta celebração e qual é a relação dos símbolos e tradições com as comunidades?

ِAbóboras

Iluminar e fazer esculturas nas abóboras tem origem nos tempos dos rituais celtas pré-romanos. Na altura, as esculturas nos vegetais (geralmente nabos) serviam para proteger aqueles que os carregavam. Os celtas acreditavam que os rostos esculpidos afugentavam os espiritos noturnos durante o festival sagrado de fim de ano.

No entanto, as abóboras são uma recente introdução à simbologia do Halloween. Os imigrantes irlandeses nas Américas perceberam que eram fáceis de esculpir, tornando-as assim uma parte instrumental do dia das bruxas.

Máscaras

Apesar da conceção moderna dar a entender que é uma tradição exclusivamente americana, o Halloween tem uma longa história, imbuída em lendas, superstições e nas origens europeias.

Na sua raiz, o Halloween é um festival pagão celebrado no 1º de novembro, que marca o final do verão e o ano novo celta.

Chamado Samhain, era a altura em que os agricultores recolhiam as colheitas e matavam animais pela carne – tal como as flora se preparava para o inverno – era o momento quando o mundo dos vivos e dos mortos estavam o mais próximo possível.

Em zonas da Escócia e da Irlanda, os antigos celtas usavam máscaras ou trocavam roupas para afugentar ou confundir os espíritos que ‘pretendessem’ dominar os vivos.

A tradição de mascarar a identidade sobreviveu e tem sido reinterpretada através dos séculos, o que originou na tradição moderna dos disfarces usados hoje em dia.


Partida ou guloseima


As ofertas de comida aos mortos também existiam durante o Samhain e eram uma forma de memória e apaziguamento.

O novo ano celta era igualmente um banquete e os espirítos dos que haviam morrido recentemente eram convidados a participar.

Com a difusão do cristianismo na Europa, a igreja católica (Roma) pretendeu apagar os rituais pagãos e cimentar o seu lugar nas mentes e corações dos convertidos.

Para incitar as pessoas a irem à igreja e tornar as tradições pagãs compatíveis com as do cristianismo, em 837 DC, o Papa Gregório IV adaptou o dia de todos os mártires de 13 de maio para coincidir com o Samhain.

O papa também rebatizou o ritual com o nome de Dia de Todos-os-Santos. Habitualmente, a igreja realizava uma vigília no dia 31 de outubro.

Através dos tempos, o nome Samhain transformou-se em “Halloween”.

Morder a maçã

Apesar da morte e das ideias dos espíritos fazerem parte fazerem parte do festival celta do Samhain, o evento não era sombrio.

De facto, as comunidades celtas aproveitavam para refletir sobre o ano que tinha passado, acolhiam novos membros na comunidade e tentavam prever o futuro através de jogos.

O jogo de morder a maçã era um desses desafios.

Exportação do Halloween

O Halloween moderno, reinterpretado pelos Estados Unidos e pelo Canadá, não teve a vida fácil para entrar na cultura europeia.

Nos anos 90, o Halloween foi brevemente exportado para França mas nunca conseguiu ganhar o fervor comercial visto nos Estados Unidos.

A experiência durou um par de anos e progressivamente se esbateu, com excepção de festas, bares e clubes de expatriados, que realizavam festas de Halloween.


Phonte: Euro News

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