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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Razões para ser absolutamente contra o aborto


by Fabio Blanco

Permitir o aborto de qualquer tipo é permitir, em pouco tempo, todos os tipos de aborto. Sabendo disso, há uma enormidade de pessoas que, por amor à vida, lutam para que essa prática não seja permitida de maneira nenhuma.

Ainda assim, estes, por mais paradoxal que pareça, são logo tachados, pelos defensores do assassinatos dos bebês em gestação, de insensíveis e, apenas para não perder o costume, fascistas.

Por isso, nessa matéria, não é possível qualquer tipo de concessão. Defender a vida, de forma
irrestrita, nesse caso, é mais do que uma questão moral, é uma estratégia política. Ceder, hoje, um milímetro que seja, é oferecer mais conquistas para os abortistas amanhã.

Compreendendo essa realidade, quando o Supremo Tribunal Federal permitiu que mães de anencéfalos abortassem, mesmo diante da reação tíbia daqueles contrários ao aborto, eu considerei aquela uma derrota decisiva para os defensores da vida; algo que custaria mais caro do que eles imaginavam naquele momento.

O problema é que aceitar o aborto por qualquer motivo é escancarar as portas de possibilidades para que infinitos outros motivos sejam considerados também justificadores de tal prática. Isso porque quaisquer motivos que sejam apresentados jamais podem ser totalmente objetivos e é essa margem de subjetividade que permitirá que, cada vez mais, sejam solicitados, pelas razões mais diversas, autorizações para abortar.

Se uma anomalia, como o anencefalismo, é motivo suficiente para a extirpação da vida em gestação, o que impedirá que outras anomalias também não sejam consideradas motivos para o aborto? Afinal, as consequências de uma doença que se transformam em razões para o aborto se encontram, em maior ou menor grau, em outras doenças também.

Normalmente, diz-se que determinadas doenças culminam na morte da criança, em poucos dias. No entanto, esta realidade nunca alcança a totalidade dos casos, havendo sempre aqueles que, a despeito da doença, sobrevivem de alguma maneira. Sendo assim, qual porcentagem de crianças que sobrevivem deve ser desprezada para impedir a chance delas virem à vida? Um, dois, três por cento? 

E por que não cinco por cento? Talvez alguns digam que vinte por cento ainda é um número baixo para arriscar a permissão do nascimento. Como pode-se perceber, falta um critério claro e objetivo para esse tipo de decisão.

Também é comum argumentar-se em favor do aborto alegando a inviabilidade da vida extra-uterina, em razão da anomalia tida. Não se fazem de rogados em afirmar que certas doenças tornam a vida tão inferior, que o melhor, para as crianças, é que sejam mesmo abortadas. E falam isso com ares de compaixão que até constrange quem não concorda com eles. 


O problema aqui é o mesmo: qual o critério para afirmar o que é uma vida inferior ou inviável? E se uma anomalia torna a existência inviável, por que outra, que tenha consequências um pouco mais leves, não pode ser considerada assim também. Uma doença limita o intelecto, outra os movimentos, outra a fala, outra a vida social. 

Pois bem, qual destas razões é justa para decretar a morte ainda na barriga da mãe e qual a medida definirá a diferença entre inviabilidade ou não? Não e à toa que já começam a surgir, depois da decisão do STF contra os anencéfalos, outras decisões, no mesmo sentido, envolvendo outras enfermidades, como uma proferida por um juiz de São Paulo

E - não se assustem como que eu vou afirmar - tem lógica a sentença. Se uma criança anencéfala pode se extirpada, porque sua vida é inviável, por que outra com Síndrome de Edwards não pode? 

E, seguindo ainda a mesma lógica: por que não poderá ser morta, no ventre, aquelas com Síndrome de Down, com autismo e outras tantas enfermidades? Na verdade, a partir do momento que se permitiu que uma doença fosse motivo para o aborto, logo muitas outras doenças serão motivos também.

E a confusão e a malignidade vão ainda mais longe! É que não apenas as doenças são usadas como razões suficientes para o aborto, mas também uma provável vida de sofrimento tem sido usada como razão para ele. Aliás, este é o argumento preferido de quem defende o aborto em casos de estupro. A lógica é perversa e muito simples: se uma criança tem grandes chances de viver uma vida de sofrimento, é melhor matá-la antes que nasça. 

O problema aqui é que sofrimento é um conceito tão sutil e tão subjetivo que aceitá-lo como motivo para o aborto é praticamente liberar o aborto. Se uma criança, nascida de um estupro, vai sofrer, quanto mais um filho de pais drogados ou alienados. 

Se para aquela é justificado o aborto, por motivos ainda mais fortes para este também deveria ser. Logo, teríamos abortos para filhos de mães solteiras, de pais descabeçados e, por que não, a nascerem em pobreza extrema. Nenhum eugenista sonhou com algo tão amplo!


O fato é que nenhuma pessoa é capaz de definir o que é uma vida inferior, inviável e de sofrimento. Quem pretender fazer isso está arrogando para si poderes evidentemente divinos. 

E, apenas para argumentar, ainda que esses fatos fossem razões para abortar, e considerando que o são apenas em determinado graus, ninguém seria capaz de afirmar qual o grau exato deveria ser considerado para permitir o aborto.

Sendo assim, não se deve ceder nem um pouco para o abortistas. Um mínimo que se lhes permita agora será o muito que exigirão amanhã. Até porque o abortismo, antes de tudo, é uma ideologia e já estamos cansados de saber que os movimentos ideológicos nunca estão satisfeitos em suas demandas. 

Pelo contrário, os militantes são bastante pacientes para conquistá-as progressivamente e de uma forma tão sutil que poucos conseguem captar a estratégia existente por trás.

Não importa a afetação de preocupação que esse tipo de gente demonstra, como se fossem as pessoas mais misericordiosas deste mundo. Antes de ser enganado por suas carinhas de anjos, é bom captar o espírito assassino que os acomete.

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