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sexta-feira, 11 de maio de 2018

Sobre a agressão que um grupo cristão sofreu na UFF por parte dos militantes progressistas

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Como alguns sabem participo de grupos cristãos em universidades públicas e buscamos trazer a estes espaços aulas de apologética para os jovens e palestras sobre temas variados segundo a cosmovisão cristã.

É de conhecimento que hoje o ambiente universitário é dominado por ideologias progressistas que são essencialmente contra o cristianismo, então sabendo que a universidade é justamente o local de pluralidade de ideias, buscamos marcar presença em tais locais para expormos nossa forma de pensar.

Semana passada a Sara Winter foi convidada pelo MCU (Movimento Cristão Universitário) sob o aval de um professor a palestrar sobre o feminismo e o papel da mulher segundo a cosmovisão cristã. Fomos impedidos de estar no local acordado uma vez que os militantes fizeram barricadas na entrada do prédio e, armados com barras de ferro e máscaras, nos ameaçavam. 

Fomos para outro local sendo seguidos pelos militantes que percebendo que a palestra ocorreria, nos atacaram quando adentramos no prédio. Eles destruíram a fachada para entrar e nos agredir, mas conseguimos impedi-los de entrar. Não havia escolha uma vez que estávamos em dez homens e precisávamos proteger nossas mulheres contra 250~300 agressores. (veja aqui)

Ficamos presos no prédio por aproximadamente 8 horas esperando a Polícia Federal chegar e nos escoltar para fora da universidade.

Hoje me deparo com uma matéria no jornal O Globo assinada por dois professores da UFF alegando que "grupos de extrema direita" (claramente acusando o Movimento Cristão Universitário) querem invadir o espaço público em favor de proselitismos religioso.

Quero esclarecer que nossa missão nunca foi o proselitismo, uma vez que a ninguém tentamos converter ou chamar para um igreja. O Movimento Cristão Universitário não é confessional, não defende uma igreja específica, sendo composto de membros católicos e reformados, nem estávamos ali "pregando". Ora, palestrar sobre um tema comum e fundamentar os argumentos segundo nossa cosmovisão não pode ser classificado, necessariamente, como proselitismo. E aqui fica claro a deslealdade intelectual do texto publicado.

E o argumento da matéria de um espaço laico não pode ser usado. Laico se refere que nenhuma religião sobrepujará a outra ou terá preferência, garantindo espaço para todas. Em momento algum um espaço laico será um espaço ateu, ou um espaço apenas contra o cristianismo, e é justamente isso que temos visto. Uma necessidade ideológica de banir o cristianismo (e seu pensamento) de todo debate público. 

O que é um contrassenso uma vez que as universidades como as conhecemos são uma criação cristã, e o pensamento cientifico nunca esteve contra o pensamento teísta. Basta vermos quantos "pais" de determinadas áreas eram teístas e cristãos, e em contra partida as "sociedades ateístas" nunca foram o berço de nenhuma descoberta científica significativa. 

E além disso posso citar alguns benefícios sociais que são oriundos da moral judaico-cristã como direitos humanos, tão alardeados pelos progressistas, são fruto do cristianismo do qual eles se apropriaram.

Um valor moral vale por si, não pela fonte a qual ele veio a se fundamentar, o que inclui até mesmo um religioso. Se um cristão busca uma lei de ajuda aos necessitados porque compreende ser essa a vontades Deus, tal lei é tão válida quanto se fosse proposta por um indivíduo ateu que se baseia unicamente numa visão humanista/naturalista. 

Por isso o debate público pertence também ao cristão e pedir para que ele deixe sua fé de lado é impossível, uma vez que a concepção religiosa faz parte do indivíduo, sendo impossível sua desassociação. Seria o mesmo que retirar desse indivíduo parte de sua essência em favor de um preconceito contra sua fé e seus valores.

Então o que foi feito na UFF por parte dos militantes de esquerda contra nosso grupo representa justamente o cercear da livre expressão que a todos contempla, e com o agravo de ser por meio de agressões físicas. Uma sociedade em que apenas uma ideologia possui direito de se expressar é, nada além, de uma ditadura de opinião.

E rotular nosso posicionamento como fascista e discurso de ódio é justamente uma forma de desqualificar o argumento proposto por, antes, desqualificar o argumentador. Nada além de falácias usadas contra os cristãos.

Buscamos essencialmente que os espaços públicos sejam um local de debate de ideias sem agressões contra quem for, e as ideias devem ser debatidas e refutadas intelectualmente, nunca fisicamente.

Que o Senhor abençoe a nossa nação.

Autor: Felippe Chaves
Divulgação: Bereianos

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