quinta-feira, 18 de julho de 2013

Pastor Juanribe Pagliarin escreve ao papa Francisco e diz que “um milhão de evangélicos” protestarão contra gastos da Jornada Mundial da Juventude


A vinda do papa Francisco ao Brasil para participar da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro deverá tornar-se o centro de uma polêmica envolvendo os fiéis católicos e evangélicos.


O evento, que vem sendo organizado pelo Vaticano, deverá mobilizar milhões de fiéis de todo o mundo, e vai custar, aos cofres públicos brasileiros, mais de R$ 120 milhões.

O pastor Juanribe Pagliarin, líder da Comunidade Cristã Paz e Vida em São Paulo, escreveu uma carta aberta endereçada ao papa Francisco, queixando-se dos gastos públicos para garantir a segurança de sua visita, e pedindo que o Vaticano reembolse os valores, pois eles seriam suficientes para a construção de 12 mil moradias populares no Rio de Janeiro.

“A sua vinda ao Brasil, para a Semana da Jornada Mundial da Juventude, custará ao governo brasileiro 120 milhões de reais. Eu entendo que o nosso governo é praticamente obrigado a desembolsar esta quantia, por causa do seu status de chefe de Estado.

Mas, por ser um franciscano, talvez lhe cause algum constrangimento saber que, com esse dinheiro, o nosso governo poderia construir doze mil moradias para os pobres, numa cidade em que imperam os barracos e a miséria”, escreveu Pagliarin.

O desabafo do pastor continua dizendo que esses gastos são considerados “um privilégio injusto e inaceitável” pelas lideranças evangélicas, e que por isso, estão “preparando para uma grande manifestação de repúdio na cidade do Rio de Janeiro” que reunirá “mais de um milhão de vozes, e levará o nosso povo a um inédito choque entre católicos e evangélicos”, afirma.

A solução para evitar os protestos, segundo Juanribe Pagliarin, seria que a Igreja Católica custeasse as despesas: “Anuncie que o Banco do Vaticano reembolsará os 120 milhões ao governo brasileiro. Além de ser uma atitude justa, já que católicos devem patrocinar católicos, repercutirá favoravelmente no mundo todo”, sugeriu.

Na carta, Pagliarin ainda pede que o papa Francisco pregue apenas a salvação através de Jesus: “Papa: pregue com a bíblia católica e anuncie somente Jesus! No consistório de 2001, os cardeais de língua portuguesa entregaram ao Papa João Paulo II um relatório que dizia: 

‘Somente uma pregação que exalte Jesus Cristo com clareza, proclamando que Ele é o único e exclusivo Redentor, será capaz de conseguir a adesão de maior número de pessoas, especialmente na América Latina, continente que reúne metade dos católicos do mundo, mas enfrenta forte concorrência dos evangélicos’. 

Como pastor, eu achei uma excelente sugestão! Pena que aquele Papa não a adotou”.

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