quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Assange e Snowden: a mesma fraude

3 grandes verdades sobre a mídia:
1- A missão da mídia é de orientar o pensamento e as opiniões dos povos na direcção desejada pela classe dominante.
2- A mídia nunca dão relevo a uma história ou um indivíduo que represente um verdadeiro perigo para a classe dominante que servem.
3- Quando toda a mídia dá relevo a um acontecimento é sinal que a classe dominante nos quer vender alguma coisa.
Wikileaks: a fraude.
Abril de 2010, Wikileaks revela um vídeo em que jornalistas iraquianos são assassinados por um helicóptero dos Estados Unidos. Embora este tipo de episódios já fosse conhecido, a mídia repete esse vídeo até à exaustão como se fosse um sinal de rotura histórica do século.
2010-2011 Wikileaks revela mais documentos. Um bom vigarista tem de ganhar a confiança do povo, Assange ganha assim a confiança dos que gostam da liberdade e da justiça, revelando gastos militares, desperdícios e brutalidade por parte dos USA. Ele é condenado por certos políticos e jornalistas (alguns genuínos), estas operações de condenação são conhecidas como "sheep-dipping" e serve para credibilizar a personagem.
Assange torna-se, em poucas semanas a super-estrela e capa de revista da maioria dos media.
Finais de 2010-2011, Wikileaks muda de alvo. Depois de ganhar a confiança do mundo, os seus ataques controlados contra o governo dos USA, Assange (e a CIA e/ou a Mossad) apontam agora para os verdadeiros alvos dessas "denúncias": informações muito prejudiciais sobre a corrupção dentro dos governos da Tunísia, Egito e Iémen, alguns documentos embaraçosos sobre a Argélia e a Síria.
Wikileaks, que inicialmente se apresentava como o grande denunciador da agressão dos USA e da repressão exercida no Médio Oriente, tem agora como principal alvos os países árabes.
2011: a "Primavera Árabe" derruba a Tunísia, o Egito, o Iêmen e a Líbia, a Síria também sofre convulsões internas. Que coincidência! Todos os governos alvo de Wikileaks são agora vítimas da "primavera árabe".
O conto de fadas divulgado pela mídia diz que as "Primavera Árabe" foram revoltas "espontâneas" dos povos, que terá começado na Tunísia e se espalhou por os países árabes. A realidade é que estes alvos já estavam predefinidos para levar esses países a uma mudança de regimes. Permitiu reforçar a vontade expansionista de Israel, que beneficia de estados árabes enfraquecidos e esmagar alguns desses estados que estavam a afirmar um certo grau de independência ou a tornarem-se demasiado próximos da Rússia ou da China.
A formula foi a seguinte:
1- Wikileaks de Assange revela informações embaraçosas sobre determinados países árabes, informações essas também divulgadas pelos media árabes;
2- O regime alvo torna-se impopular,
3- Movimentos subversivos internos (provocadores) organizam "manifestações espontâneas",
4- Os cidadãos comuns engrossam as fileiras dos manifestantes,
5- Traidores (pagos) dentro do governo e das forças armadas obrigam o governo a renunciar,
6- A mídia divulga então que o poder do povo venceu a tirania.
Uma das metas de Wikileaks: a Rússia, que tem bloqueado duas guerras há muito planeadas contra a Síria e o Irã.
 
Pensava-se que seria difícil encontrar uma farsa maior que Assange, eis então que surge Snowden.
Snowden: a fraude.
Verão 2013: a mídia divulga uma verdadeira bomba-relógio na figura de Snowden.
Estranhamente semelhante a Assange, Snowden é apresentado ao mundo como o novo herói/delator. O veículo utilizado para nos "revelar" que o governo dos USA anda fazer coisas erradas é Glen Greenwald (socialista homossexual e advogado que se tornou jornalista) do jornal The Guardian, o mesmo jornal que orgulhosamente ostenta o seu papel decisivo na "Primavera Árabe".
Como para as revelações de Assange, Snowden não nos revela nada do que já não sabíamos. Exatamente como Assange, torna-se numa estrela internacional. Exatamente como Assange, é condenado por alguns políticos e jornalistas.
Em Moscovo, Snowden encontra-se "facilmente" com Sarah Harrison, jornalista britânica que trabalha com a equipa jurídica de Assange.
Exatamente como Assange, Snowden tem documentos para revelar. Qual o alvo desta vez? Os governos estrangeiros? As autoridades americanas? Por que é que este jovem decidiu arriscar a vida para nos revelar coisas que todos nós já sabíamos? Não lhe cheira a um filme da treta à Hollywood? Qual é o jogo desta vez? Wikileaks 2? Criar uma "supervisão civil" (ou seja, o controle direito da CIA) sobre a parte militar da NSA?

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