terça-feira, 17 de setembro de 2013

A influência de satanás em um mundo cheio de ódio: Atirador de Washington tinha doença mental e ouvia vozes, diz agência

Atirador de Washington tinha doença mental e ouvia vozes, diz agência


Aaron Alexis, de 34 anos, recebia tratamento desde agosto por problemas mentais, incluindo paranoia e distúrbio de sono.

Além dele, 12 pessoas morreram e oito ficaram feridas no ataque à sede da Marinha.


WASHINGTON - O ex-cabo Aaron Alexis, de 34 anos, identificado como o homem que provocou uma matança na sede da Marinha, em Washington, na segunda-feira, sofria de doença mental, incluindo paranoia e distúrbio de sono, segundo a agência AP. Alexis também ouvia vozes e, desde agosto, recebia tratamentos na Administração de Veteranos por problemas mentais. Além dele, 12 pessoas morreram no ataque e oito ficaram feridas.

Um dia após o tiroteio, a chefe de polícia do distrito de Columbia, Cathy Lanier, afirmou que muitas perguntas ainda não podem ser respondidas. Mas tudo indica que Alexis agiu sozinho. Na segunda-feira à noite, policiais admitiam à CNN e ao jornal “USA Today” que não foram encontradas evidências de um segundo suspeito no crime.

- Não temos nenhuma indicação de qualquer motivo neste momento - disse Lanier. - Há poucas perguntas que podemos responder.

Nesta terça-feira, somente pessoas autorizadas podem entrar no prédio da Marinha, ao qual Alexis tinha acesso. Ele trabalhava para a empresa Hewlett-Packard como terceirizado da companhia The Experts, na intranet (rede interna) da Marinha, e estava prestes a começar a trabalhar no local depois de um período no Japão também a serviço da companhia.

O prédio onde ocorreu o ataque só pode ser acessado depois de uma dupla verificação de identidade, segundo uma fonte da Marinha. Militares geralmente não podem andar com armas em instalações administrativas das Forças Armadas americanas, mas a maioria das pessoas que têm as credenciais de acesso em ordem dificilmente é revistada.

O ataque - que será investigado pelo FBI - começou por voltas das 8h20m (horário local) de segunda-feira, segundo um funcionário que conseguiu deixar a base e falou ao “Washington Post”. Paralisou a capital americana, com o Aeroporto Internacional Ronald Reagan sendo temporariamente fechado, assim como dez escolas da região. Prédios públicos ao redor foram esvaziados e a proteção do Capitólio - a menos de cinco quilômetros do ataque -, da Casa Branca - há dois quilômetros da base - e de outras sedes de governo foi reforçada. Por questões de segurança, o Senado encerrou suas atividades na segunda-feira e o Congresso selou suas portas.

Atirador teria sido afetado pelo 11 de Setembro
Alexis trabalhou na Marinha como eletricista de aviação entre 2007 e 2011 e já tinha sido preso duas vezes, em 2004 e 2010. Na primeira, de acordo com a polícia da cidade de Seattle, no estado de Washington, Alexis disparou contra um carro enquanto saía com sua avó para um passeio.

Segundo relatos do proprietário do veículo à polícia, Alexis estava frustrado com problemas de estacionamento na área e por isso decidiu disparar dois tiros. Alexis alegou que foi vítima de um ataque de ira e não conseguia se lembrar de nada sobre o tiroteio até uma hora depois do episódio de violência. Ele disse aos agentes que estava em Nova York no 11 de setembro e que teria se transformado por causa dos atentados.

O pai do autor do massacre confirmou a versão à polícia na época, dizendo que seu filho passava por problemas associados com o estresse pós-traumático do 11-S, já que Alexis teria participado ativamente do resgate das vítimas. Mas o pai se recusou a dar declarações à imprensa sobre o tiroteio em Washington na segunda-feira.

Em 2010, ele foi preso em Fort Worth por um distúrbio com arma de fogo. Naquela época, Alexis vivia em um apartamento em Oak Hill. Seus vizinhos chamaram a polícia depois de ouvir uma forte discussão com uma mulher. Ele enfrentou chato ouvir muito barulho no estacionamento e chegou a ameaçar, dependendo da versão da mulher.

Alexis nasceu no bairro de Queens, em Nova York, em 1979. Filho de uma família afro-americana, cresceu em um bairro de grande diversidade étnica, onde convivia com asiáticos, hispânicos e judeus ortodoxos, mas só abraçou a cultura tailandesa quando foi morar em Fort Worth, no Texas. Lá, trabalhou de garçom em um restaurante tailandês, estudou a língua e frequentemente meditava em templos budistas.

Fonte: O Globo

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