quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Sermão do Monte, a essência do verdadeiro cristianismo


O Sermão do Monte, ou Sermão da Montanha, faz parte de um dos mais belos discursos proferidos por Jesus de Nazaré.

O Sermão do Monte encontra-se registrado na Bíblia Sagrada, no Evangelho de Mateus nos capítulos 5, 6 e 7. Segundo o Evangelho de Mateus, Jesus reuniu seus discípulos em um monte, localizado em Israel, e começou a falar-lhes com relação ao Reino de Deus.

No início do Sermão do Monte, Jesus discorre sobre as bem-aventuranças, palavra cujo significado é: feliz, ou mais que feliz. Nas bem-aventuranças, Jesus Cristo, deixa-nos claro que, o evangelho tem que ser vivido na prática, por intermédio de algumas características básicas da vida cristã, tais como: humildade, justiça, mansidão, paz, contrição espiritual, misericórdia e resignação no sofrimento.

Após as bem-aventuranças, Jesus usa de duas metáforas: a luz e o sal, para comparar a vida do cristão. Jesus diz: “Vós sois o sal da terra, vós sois a luz do mundo (Mateus 5. 13.). 

O cristão se assemelha à luz do mundo, quando as suas atitudes, possam servir de referencial ético para o seu próximo. E somos semelhantes ao sal, por intermédio de um vida comedida, sempre vivendo em harmonia com Deus e com o nosso próximo, tendo o cuidado de não cairmos nos extremos.

Dando prosseguimento ao Sermão do Monte, Jesus deixa claro que, o seu propósito, não foi vir à Terra para destruir a lei, mas sim para cumpri-la. Jesus cumpriu toda a lei, quando deu a sua vida por nós, na cruz do calvário, uma vez que, segundo a Bíblia, pelas obras da lei nenhum homem poderia ser justificado (Gálatas 3.13).

Prosseguindo, Jesus nos ensina sobre a questão de darmos esmolas, segundo ele, devemos dar esmolas secretamente, a fim que de não sermos lisonjeados pelos homens. Em seguida, Jesus profere a mais bela oração existente no mundo, que é a oração do “Pai-Nosso”, a oração universal e ecumênica, que engloba em seu conteúdo as bases da verdadeira religião.

Em seguida, Jesus ensina-nos o ato de perdoar, depois, nos ensina sobre a forma correta do jejum. Em seguida, Jesus condena veementemente o chamado “evangelho monetário”, ou o “evangelho da prosperidade”, segundo Jesus Cristo, o cristão deve preocupar em ajuntar mais “tesouros nos céus”, isto é, praticando as coisas que tem valor espiritual em detrimento daquelas que, só visam o lucro monetário.

Em seguida, Jesus nos alerta sobre a necessidade de seguirmos o evangelho em sua totalidade, ao dizer que, não podemos servir a Deus e aos demônios, temos que ter uma vida de decisão total em prol do evangelho. Depois, Jesus nos alerta sobre a necessidade de vivermos cada dia o nosso mal, deixando que Deus cuide do nosso amanhã.


O Sermão do Monte é encerrado no capítulo 7 de Mateus, e nesse último capítulo, Jesus nos exorta sobre o perigo de julgarmos o nosso irmão, sob a pena de que também poderemos ser julgados. Depois, fala-nos que a religiosidade não salva ninguém, quando diz: “Nem todo que me diz: Senhor, Senhor, será salvo”.

Depois, Jesus deixa claro que, todo aquele que quiser seguir o evangelho, andará por caminho estreito e passará também, por uma porta estreita, ensinando-nos que, o evangelho é um caminho que tem muitos espinhos e, por fim, Jesus termina o Sermão do Monte, com a parábola dos dois fundamentos.

Todo aquele que pretende seguir o evangelho genuíno de Cristo, tem que viver sob a orientação e a prática do Sermão do Monte.

(Giovani Ribeiro Alves,filósofo, professor de Filosofia e articulista – Diário da Manhã.)


Phonte: Diário da Manhã

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