quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Ditadura Gay: Compare a realidade do Brasil hoje com este texto do Julio Severo de 2008, é de 2008!

A matéria a seguir, de Julio Severo, foi originalmente publicada nos Estados Unidos, no boletim The Religion & Society Report, do renomado filósofo Harold O. J. Brown

Apesar de publicado em 2006, o texto é um documento de referência imprescindível a todos os que desejam entender a razão por que o homossexualismo está se tornando uma epidemia politicamente protegida e patrocinada pelo governo federal.

Até 1994, direitos e paradas gays eram praticamente desconhecidos no Brasil. Contudo, desde 1995, depois da primeira conferência da ILGA (sigla em inglês que significa Associação Internacional de Lésbicas e Gays) no Rio de Janeiro, o ativismo homossexual se tornou cada vez mais poderoso em visibilidade, até a chegada do governo Lula, quando as intenções e valores mais elevados dos ativistas gays se tornaram uma ameaça e realidade predominante na sociedade brasileira.

A estrutura social e moral do Brasil na década de 1950 e 1960 era basicamente conservadora, em grande parte por causa do catolicismo predominante em mais de 90 por cento da população. Em muitos lugares, os evangélicos eram ameaçados de linchamento se tentassem evangelizar, principalmente em cidades pequenas. 

A atividade homossexual era uma conduta vergonhosa e secreta, desprezada pela sociedade. Uma moça grávida fora do casamento corria o risco de ser expulsa de casa. A sociedade brasileira era socialmente conservadora, embora o Carnaval e a prostituição pública fossem tolerados.

A maior ameaça à sociedade vinha de movimentos esquerdistas radicais. O controle comunista sobre o Brasil quase ocorreu em 1964, porém os militares assumiram o governo e conseguiram deter um golpe comunista.

A Igreja Católica era uma força contra a ameaça comunista, mas depois do Concílio Vaticano II muitos religiosos católicos começaram a se render à Teologia da Libertação. Na década de 1970 e 1980, as igrejas protestantes tradicionais adotaram versões protestantes dessa teologia. No fim da década de 1990 e começo de 2000, as igrejas pentecostais e neo-pentecostais também aderiram. 

Esses cristãos esquerdistas são hoje conhecidos como progressistas. O termo brasileiro progressista, de acordo com o famoso Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa, significa alguém que “não pertencendo a um partido socialista ou comunista, aceita e/ou apóia, no entanto, os princípios socialistas ou marxistas”. Assim evangélicos progressistas são evangélicos que se comprometeram a apoiar e promover a agenda socialista.

A Teologia da Libertação pode se gabar de uma vitória importante no Brasil, pois tendo 73.6 por cento de população católica, o Brasil é o maior país católico do mundo. Os protestantes são 15.4 da população. Os cristãos “progressistas” são uma presença e influência crescente em ambas as religiões cristãs.

Depois que os militares entregaram o poder em 1985, os políticos esquerdistas, com a ajuda das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs, onde líderes católicos progressistas incentivavam comunidades pobres a se envolverem em ações políticas de acordo com os dogmas da Teologia da Libertação), passaram a influenciar pesadamente a política e o sistema social do Brasil, levando a nação a uma esquerdização gradual. As CEBs eram o apoio mais importante por trás do principal partido esquerdista popular do Brasil, o Partido dos Trabalhadores, mais conhecido pela sigla PT.

Com tal esquerdização, o aborto e o homossexualismo começaram a ser promovidos como direitos na década de 1990. (Na década de 1980, havia alguns esquerdistas defendendo o aborto e o homossexualismo, mas embora os defensores do aborto tivessem visibilidade limitada e nenhuma influência legal, os raros defensores dos direitos gays não tinham nem visibilidade nem influência — exceto em pouquíssimos exemplos isolados, principalmente universidades.) Embora não haja leis anti-sodomia na sociedade brasileira, a herança religiosa sempre foi um fator importante desencorajando tal comportamento.

Menos conservador no coração e mais na imagem: a atual ética política no Brasil
No Brasil, o aborto só é permitido atualmente em casos de estupro e risco de vida para a mãe. Por causa da influência religiosa, a luta para ampliar o aborto legal tem enfrentado grandes obstáculos para alcançar o sucesso que as feministas alcançaram nos EUA em 1973.

Mas essa influência religiosa, tanto católica quanto evangélica, é cada vez menos conservadora e mais liberal, muito embora a maioria da população não entenda a mudança gradual.

Apesar disso, o melhor apelo popular no Brasil é ter uma imagem conservadora. Para atrair votos, os candidatos políticos no Brasil têm de apresentar uma imagem de homens cristãos “conservadores” nas questões morais. Até mesmos socialistas radicais (que são claramente pró-aborto e pró-homossexualismo em suas ações políticas fora das épocas de eleição) fazem esse tipo de apelo. 

Por outro lado, os candidatos “conservadores” têm de mostrar simpatia pelo Estado de bem-estar social. No entanto, esses “conservadores” não são sólidos em seu posicionamento moral na questão do aborto e principalmente do homossexualismo, e acabam fazendo algumas concessões morais depois de sua eleição.

Atualmente, o Brasil não conhece nenhuma personalidade política sólida em ações concretas contra o aborto e o homossexualismo. Os poucos católicos e evangélicos vocalmente opostos ao aborto não são políticos. Os evangélicos são uma minoria, mas seus votos são avidamente cobiçados. Em 2002, o candidato presidencial Lula foi promovido entre muitos líderes evangélicos mediante um apelo moral e religioso. 

No passado, esses mesmos líderes “conservadores” (tradicionais, pentecostais e neo-pentecostais) sempre tiveram aversão a Lula e seu partido como uma ameaça comunista. Contudo, com a assistência de um pastor americano — Rev. Jesse Jackson — eles mudaram de idéia. Jackson, que foi trazido ao Brasil pelo PT especialmente para essa missão, pôde convencê-los de que Lula não era tal ameaça. De acordo com o jornal Folha Online, o Rev. Jackson é há muitos anos amigo do PT [1]. No site oficial do PT há até mesmo uma página exclusiva bajulando o “camarada Jackson”. [2]

Assim persuadidos, esses líderes assinaram o documento público Manifesto de Evangélicos, proclamando para a população evangélica seu posicionamento a favor de Lula. Entre o grande número de signatários estavam o Rev. Nilson Fanni, ex-presidente da Aliança Batista Mundial e o Rev. Gilherminho Cunha, pastor presbiteriano de alto escalão e presidente da Sociedade Bíblica do Brasil. No documento, que foi amplamente distribuído pelo PT, todos esses líderes declaram:
Apoiamos Lula para Presidente porque reconhecemos que várias propostas do seu Programa de Governo se identificam com a vocação profética da Igreja de Jesus Cristo.

Expressamos publicamente nosso apoio à candidatura de Lula para contrapor os maldosos e inconseqüentes boatos que têm levado alguns a entenderem que sua chegada à Presidência da República irá obstruir a caminhada das Igrejas Evangélicas.

Esse documento público foi preparado com a assistência do MEP (Movimento Evangélico Progressista). Denominações individuais também expressaram seu apoio, especialmente as principais igrejas protestantes liberais. Pela primeira vez, as igrejas pentecostais e neo-pentecostais imitaram seu exemplo. 

A Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, uma grande denominação nacional, declarou em seu site em 2002:
Manifesto Evangélico de Apoio à Candidatura de Lula para Presidente da República
Manifestamos nosso apoio à candidatura Lula frente a um compromisso estabelecido entre o eventual governo Lula e o segmento evangélico aqui representado.

Apoiamos Lula porque:
Tem demonstrado acreditar em um socialismo equilibrado e democrático, respeitando as regras máximas da democracia;
Tem afirmado acreditar nos valores maiores das Sagradas Escrituras, como: Deus, família, moral, ética, liberdade religiosa e democracia;
Tem se comprometido a desenvolver nossa sociedade, tendo a Igreja como parceira de seu governo;
Compreende e acredita na existência e no papel histórico da Igreja como instrumento na formação dos valores fundamentais para a vida humana, tanto no aspecto individual como no social;
Tem nos pobres e menos favorecidos a motivação maior para o seu projeto de governo, máxima dos ensinamentos do nosso Senhor Jesus Cristo, de acordo com as Escrituras Sagradas; e
Tem se comprometido em apoiar e incentivar as comunidades terapêuticas ligadas às entidades religiosas que lidam com crianças, adolescentes, drogados, mendigos e dependentes químicos, dando-lhes todo o suporte necessário para sua ação social.

CARTA À IGREJA BRASILEIRA
"POR QUE ESTAMOS APOIANDO LUIZ INACIO LULA DA SILVA PARA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA".
LULA merece um voto de confiança de nossa sociedade… LULA, hoje, é um dos mais credibilizado líder de nossa Nação.
LULA tem firmado com a igreja evangélica um compromisso de parceria na construção social, removendo o estigma de que os evangélicos apenas são procurados por ocasião das eleições. Tem também declarado acreditar nos valores maiores das ESCRITURAS SAGRADAS, como DEUS, FAMÍLIA, MORAL, ÉTICA, LIBERDADE RELIGIOSA, DEMOCRACIA E A OPÇÃO PELOS POBRES.
Assim, vimos anulado o discurso atribuído a Lula e ao PT, de que são nocivos ao Evangelho, demonstrando que atitudes radicais que foram tomadas em outros governos petistas foram iniciativa isolada, gerada por excesso de qualquer coisa, menos de maturidade.
Por todas estas razões acima é que o CONSELHO DE BISPOS DA SARA NOSSA TERRA SENTE CONFIANÇA PARA VOTAR E APOIAR A CANDIDATURA LULA PARA PRESIDÊNCIA DO BRASIL.
Robson Rodovalho
Bispo Presidente pelo Conselho de Bispos do Ministério Sara Nossa Terra

A Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra era, até o final da década de 1990, uma igreja anti-marxista. Depois de muitos anos de posição anticomunista, era uma surpresa observar os evangélicos e seus líderes se tornando esquerdistas. O apelo moralista de Lula entre os evangélicos era também uma surpresa: ele prometeu aos líderes evangélicos que seu governo futuro não promoveria o aborto e o homossexualismo. 

O resultado? Depois de eleito, Lula e seu partido continuaram trabalhando na mesma agenda que trabalharam no passado. O PT era de novo o principal apoiador do aborto e do homossexualismo no Brasil.

Muito embora a maioria das denominações evangélicas que apoiaram Lula e o PT não aprove o homossexualismo e o aborto, sua mudança para o papel de evangélicos progressistas as deixou numa posição estranha e paradoxal politicamente.

Homossexualismo no Brasil
Não há estatísticas oficiais feitas no Brasil para se apurar o número de homossexuais. Mas de acordo com informações do governo Lula, eles são mais que 10% da população. Esses dados vêm de ONGs que têm contatos com ONGs dos EUA. A fonte básica é o Relatório Kinsey. Quase todas as outras informações oficiais sobre os homossexuais no Brasil têm influência direta ou indiretamente de informações já comuns nos EUA e não de estudos brasileiros. Aliás, apesar do antiamericanismo esquerdista predominante no Brasil, há uma clonagem quase perfeita da realidade homossexual americana.

Pode haver um fator religioso no homossexualismo brasileiro. Uma minoria da população brasileira é adepta do Candomblé e outras religiões afro-brasileiras, onde o homossexualismo é comum. Comparativamente, há umas 19 mil paróquias católicas reconhecidas no Brasil. Supõe-se que os terreiros de Candomblé sejam em número de 12.000 apenas no Rio de Janeiro.[3] No Candomblé, muitos pais-de-santo são homossexuais.

Luiz Mott, o líder do movimento homossexual no Brasil, é um defensor firme do Candomblé.
Muitos brasileiros famosos recorrem às religiões afro-brasileiras em busca de milagres para resolver problemas pessoais e familiares. Até mesmo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, embora fosse marxista e ateu, simpatizava com o Candomblé e às vezes visitava seus rituais.

Os homossexuais sempre foram um grupo muito pequeno na sociedade, e o impressionante crescimento atual do homossexualismo no Brasil se deve à sedutora propaganda dirigida ao público. Novelas, que são programas de TV muito populares no Brasil, fornecem ao público imagens positivas de personagens homossexuais. Por outro lado, os evangélicos são representados por figuras estranhas, intolerantes, suspeitas, fanáticas e antipáticas.

Assim, cercados pela artilharia do favoritismo homossexual nos meios de comunicação, um número cada vez maior de jovens curiosos demonstra interesse no homossexualismo.

Por trás do tsunami
Na TV, a capitulação ao movimento homossexual foi praticamente total, onde muitos programas utilizam estratégias de distorção da realidade, apresentando ao público um falso mundo em que gays e lésbicas são pessoas alegres, felizes, realizadas e, geralmente, mais inteligentes e sensíveis do que as pessoas normais. O lado escuro é devidamente ocultado, de modo que ninguém possa ver que o comportamento deles está ligado a uma inescapável realidade de sofrimento, onde seus praticantes vivem oprimidos por graves perturbações mentais, emocionais e sociais.

Há um esforço imenso de mostrar que essas conseqüências naturais não têm nenhuma ligação com a anormalidade de seus atos sexuais. Esse esforço também tenta, com a ajuda de pesquisas e estudos fraudulentos, comprovar “cientificamente” que o anormal é, na verdade imposta por eles, tão normal quanto o que é realmente normal. 

Aliás, o documento Brasil Sem Homofobia afirma: “Da mesma forma que a heterossexualidade (atração por uma pessoa do sexo oposto) não tem explicação, a homossexualidade também não tem. Depende da orientação sexual de cada pessoa”. Esse documento foi publicado pelo governo Lula para apoiar sua campanha nacional Brasil Sem Homofobia, que foi lançada em maio de 2005. Essa iniciativa federal — descrita como “Programa Nacional para Combater a Violência e Discriminação contra Gays, Lésbicas, Transgêneros e Bissexuais e para a Promoção da Cidadania dos Homossexuais” — é virtualmente exclusiva no mundo. 

Tem como objetivo fortalecer as instituições públicas e não-governamentais que promovem os direitos gays. Faz isso por meio de educação em direitos humanos, tanto do público geral quanto dentro das comunidades GLBT e incentivando os GLBT a se queixarem para as instituições públicas acerca de violações de seus supostos direitos.

Essa campanha federal está produzindo frutos. Em São Paulo, a maior cidade do Brasil, há agora o Grupo de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância e a Delegacia de Polícia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância. “A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância deverá, sobretudo, levar em consideração quando a sociedade segrega uma pessoa por sua orientação sexual… Margarette Barreto Gracia, delegada de polícia da delegacia em questão, salientou que a vítima de crime de intolerância deve procurar a Delegacia e denunciar seu agressor”.[4]

A homofobia, de acordo com o governo Lula, pode ser óbvia ou encoberta, envolvendo discriminação na seleção para emprego, aluguel de casa, entrada nas forças armadas, faculdade de medicina, faculdade de odontologia, faculdade teológica, escola cristã… Qualquer que seja sua manifestação, o governo brasileiro crê que a tão chamada homofobia inevitavelmente envolve injustiça e exclusão social.

O governo Lula quer eliminar tal “homofobia” em toda a sociedade brasileira. Para alcançar tal ampla meta, a campanha Brasil Sem Homofobia envolve vinte ministérios e secretarias especiais: os Ministérios das Relações Exteriores, Justiça, Educação, Saúde, Trabalho e Cultura, e a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, a Secretaria Especial de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial, a Secretaria Especial de Direitos Humanos e a Secretaria Nacional de Segurança Pública. 

Envolve também uma série de outras organizações governamentais, tais como o Conselho Nacional de Combate à Discriminação, os Conselhos Municipais e Estaduais de Direitos Humanos, as Secretarias Municipais e Estaduais de Segurança Pública, as universidades, a Procuradoria Federal dos Direitos dos Cidadãos, o Ministério Público do Trabalho, além do próprio Parlamento brasileiro.

Essa campanha pesada não deixa nenhuma parte da sociedade intacta. As gerações futuras são também uma preocupação especial para o governo. Assim, o governo brasileiro pela primeira vez em sua história, em abril de 2006, iniciou uma parceria com um grupo gay. 

Com a assistência da ONG Arco-Íris, o Ministério da Educação começou a treinar professores de escolas públicas e particulares para lidar com as questões homossexuais e para ensinar as crianças a lutar contra a homofobia.[5] O governo Lula vê tais parcerias como uma estratégia necessária, pois foi informado pela UNESCO de que 60 por cento dos professores brasileiros acham que o sexo homossexual é inaceitável.

O currículo oficial do Ministério da Educação exige que todas as escolas combatam o preconceito contra as diferenças. A parceria com o grupo Arco-Íris é vista como um meio de treinar eficazmente os professores a implementar o próprio currículo oficial e a lidarem com questões como direitos humanos (para os homossexuais, não para os cristãos), homofobia, identidade de gênero, orientação sexual e diversidade. Arco-Íris recebeu uma verba governamental para realizar tais metas.

Por meio de tais parcerias e outras iniciativas do programa Brasil Sem Homofobia, as crianças estão sendo sistematicamente doutrinadas no “Evangelho da Sodomia”.[6] Há até livros escolares que incentivam o homossexualismo. “No Brasil, ainda são poucos os títulos, mas as editoras já estão de olho no filão. Os educadores também. Uma das primeiras obras a abordar o tema, Menino Ama Menino (Armazém das Idéias), de Marilene Godinho, que conta a história de um garoto que se descobre apaixonado por outro, faz parte do pacote literário distribuído pelo Ministério da Educação na rede pública”.[7]

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva gosta de apresentar seu governo petista como um governo socialista que favorece os interesses das nações menos desenvolvidas e não aceita a influência da Europa e dos EUA. Apesar disso, ele tem imitado os piores exemplos americanos e europeus. Seu Partido dos Trabalhadores vem adotando ações que nenhum governo passado do Brasil adotou: tem facilitado a introdução de leis pró-homossexualismo e defende vigorosamente políticas de ação afirmativa com base em preferências raciais para as minorias. Assim, pela primeira vez a sociedade brasileira vê um presidente agindo de um modo político totalmente novo.

Suas ações não são originárias do Brasil. As sociedades americanas e européias conhecem, sob a pressão de grupos de interesses especiais, tais experiências políticas há muitos anos. O que é interessante é que na questão racial os defensores de ações afirmativas na Europa e nos EUA são rápidos para indicar e condenar a escravidão dos brancos contra os negros no passado e explorar tais situações para sua extrema vantagem política, mas eles são igualmente rápidos para negligenciar, desculpar ou ocultar a atual e passada escravidão violenta dos negros contra os negros em algumas nações da África, inclusive o atual Sudão. Portanto, a noção de ação afirmativa, conforme é empregada pelos grupos de interesses especiais nos países desenvolvidos e conforme é imitada por países como o Brasil, é uma forma de opressão ideológica que acabará levando a outras formas de opressão, inclusive dos ativistas pró-homossexualismo.

Não deve restar dúvida de que o atual presidente do Brasil tem uma agenda gay. Por duas vezes, Lula expressou seu apoio ao movimento homossexual. Em junho de 2005, ele enviou uma carta à parada gay de Brasília, dizendo, “qualquer maneira de amar vale a pena”. Em junho de 2006, ele reafirmou tal apoio, enviando à parada gay de São Paulo a mensagem seguinte:
Companheiras e companheiros,
É com satisfação que atendo o simpático convite para dirigir-me aos participantes da X Parada do Orgulho GLBT, em São Paulo. Quero cumprimentar os organizadores do evento e transmitir a todos os que batalham para promover a dignidade e a defesa dos direitos dos gays, lésbicas e transgêneros palavras de ânimo, fé e confiança nos resultados dos esforços que, em conjunto, vimos desenvolvendo, desde o início de nosso mandato, com vistas a mudar a realidade que recebemos.

Nosso governo instalou-se já com o firme propósito de combater as ameaças aos direitos das pessoas com base em discriminação de qualquer tipo: de origem, raça, etnia, idade, credo religioso, convicção política ou orientação sexual.

Com esse propósito, fortalecemos a Secretaria Especial dos Direitos Humanos, que instituiu, pouco tempo depois da nossa posse, o ''Brasil sem homofobia'', programa de combate à violência e à discriminação contra GLBT e de promoção da cidadania homossexual. Isso porque a conscientização coletiva dos direitos da pessoa humana, que incluem a livre expressão da orientação sexual, só pode ocorrer em decorrência de políticas públicas integradas que incluam ações afirmativas, especialmente na área da educação.

Educar em direitos humanos é estimular processos de educação formal e não-formal de modo a contribuir para a construção da cidadania, para o conhecimento daqueles direitos e para o conseqüente respeito à pluralidade e à diversidade, não só sexual, mas étnica, racial, cultural, esportiva e de crenças religiosas.

Entretanto, não deve ser só a escola a única fonte difusora dessas concepções: os meios de comunicação de massa também se devem engajar nesse processo pelo enorme poder de penetração na sociedade. Os veículos de comunicação e informação, por meio de suas programações e imagens, assumem papel fundamental na educação para os direitos humanos na medida em que se comprometem com a divulgação de valores éticos e de cidadania.

Como formadores de opinião, os profissionais da imprensa escrita e das emissoras de rádio e TV devem ser fonte de produção e veiculação de conteúdos relacionados à tolerância e à aceitação das múltiplas diferenças, enfim, ao respeito à pessoa humana com vistas a instaurarmos cultura de paz e de amor ao próximo e construirmos sociedade mais justa, humana e solidária.

Nosso governo está firmemente empenhado na defesa desses valores e deseja continuar contando com a ação cooperativa das organizações que congregam gays, lésbicas e transgêneros, especialmente a ABGLT, para o atingimento desse objetivo, além de seguir recebendo outras contribuições, como na área da prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.

Quero que todos saibam que continuamos ao lado da luta de vocês. Há poucos dias, na reunião de continuidade da III Reunião de Altas Autoridades em Direitos Humanos do Mercosul, realizada em Buenos Aires, o Brasil sugeriu a inserção de dois itens para consideração do grupo: o tema da tortura e tratamento cruel e degradante e o combate à discriminação por orientação sexual. Outra iniciativa foi a da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, que lançou no dia 9 passado, na Assembléia Legislativa de São Paulo, o “Programa Brasil sem Homofobia” durante sessão solene que o Legislativo paulista realizou para comemorar o Dia do Orgulho GLBTT por requerimento do deputado Ítalo Cardoso [do PT].

Desejo que esta parada transcorra, como tem ocorrido com os demais eventos da espécie, em paz e com alegria, de modo a ser mais um marco na ampliação da visibilidade do movimento e no conseqüente acumulo de forças na luta contra resistências e preconceitos.
Recebam todos meu fraternal abraço.

Presidente Luiz Inácio “Lula” da Silva[8]
Evidentemente, o apoio de Lula não se limita apenas às palavras. O programa Brasil Sem Homofobia conta com um orçamento federal de 125 milhões de reais para 2006. Para uma nação que tem experimentado grandes dificuldades econômicas, tal quantia não é insignificante. As paradas gays, vistas pelo governo como eventos culturais, também recebem verbas aos milhões.
Tal apoio vem produzindo resultados impressionantes. Em 2005, o Brasil foi campeão mundial de paradas gays. Em 2006, a parada gay de São Paulo foi a maior do mundo inteiro.

No entanto, o governo Lula não é agressivo apenas em sua promoção nacional do homossexualismo. Tem também uma agenda internacional, e vem mostrando suas políticas nacionais para outros países. Diante da Assembléia Geral da ONU, o embaixador brasileiro Frederico Duque Estrada Meyer disse que o Brasil tinha o programa intitulado Brasil Sem Homofobia, que “traça ações para fortalecer as instituições públicas e não governamentais para combater a homofobia; capacitar os profissionais envolvidos na promoção de direitos dos homossexuais; disseminar informações sobre direitos e promover a auto-estima homossexual; e estimular queixas sobre violações de direitos”. [9]

Na Organização dos Estados Americanos, o Brasil introduziu uma resolução para estabelecer uma futura Convenção Interamericana contra o Racismo e Todas as Formas de Discriminação e Intolerância. A resolução foi aprovada em 2005. Sua ambição mais importante foi seu papel principal numa campanha mundial, na Comissão de Direitos Humanos da ONU (CDHONU), para caracterizar toda forma de discriminação baseada na orientação sexual como violência contra os direitos humanos.

Durante a reunião da CDHONU de abril de 2003, o governo brasileiro (com o apoio do Canadá e da União Européia) introduziu sua Resolução sobre “Direitos Humanos e Orientação Sexual”. Essa resolução reconhece a conduta homossexual como direito humano. Obviamente, o Brasil, o Canadá e a União Européia sabiam que a vasta maioria da opinião pública internacional era contra a atitude de dar direitos especiais para indivíduos que praticam o homossexualismo.

A resolução foi uma surpresa para o Congresso Nacional em Brasília, que só veio a tomar conhecimento algum tempo depois que a delegação brasileira na ONU já a havia apresentado. Foi também uma surpresa para os líderes evangélicos, pois antes das eleições presidenciais de 2002 Lula havia se comprometido, em reunião com importantes pastores e bispos, a não deixar que seu governo promovesse questões ligadas ao aborto e ao homossexualismo. Contudo, a delegação brasileira na ONU, que representa os interesses e opiniões do governo brasileiro, tem defendido exatamente essas questões, sob a linguagem cuidadosamente disfarçada de “direitos reprodutivos” e “orientação sexual”.[10]

O deputado federal Dr. Elimar Damasceno solicitou diretamente do governo federal explicação sobre a resolução brasileira na ONU. Ele observou que “trata-se de um tema sobre o qual não há legislação aprovada no País, não havendo consenso em nossa sociedade visto suas implicações religiosas e culturais”.[11] O Ministério das Relações Exteriores em Brasília rebateu:
…em resposta à última pergunta sobre “quem autorizou aos representantes [do Brasil na ONU] para apresentar o Projeto de Resolução mencionado”, cabe assinalar que… a política do Brasil em matéria de direitos humanos é explicitamente favorável à promoção e proteção dos direitos das minorias. [12]

Então, na visão do governo brasileiro, os praticantes do homossexualismo são uma minoria “desprotegida”. Conforme declara a resolução brasileira:
…os direitos humanos e as liberdades fundamentais são inatos de todo ser humano, que a natureza universal desses direitos e liberdades está acima de qualquer dúvida e que a satisfação de tais direitos e liberdades não deve ser obstruída de forma alguma com base na orientação sexual.

O Ministro Samuel Guimarães, do Ministério das Relações Exteriores, declarou: “O objetivo principal do projeto, portanto, é afirmar o princípio da não-discriminação — pedra fundamental da arquitetura da promoção e proteção dos direitos humanos desde a origem do sistema das Nações Unidas — em relação a grupos discriminados mundialmente em razão da orientação sexual. Essa posição se funda na idéia de que avanços na área dos direitos humanos que beneficiem uma minoria discriminada representam ganho para outros grupos que sofrem discriminação…”[13]
Felizmente, a resolução do governo Lula não obteve sucesso em 2003. 

Os embaixadores brasileiros na ONU fizeram novos esforços em 2004, e se defrontaram com a oposição dos países muçulmanos. Em 2005, o governo Lula desistiu prematuramente de sua resolução, por respeito aos líderes muçulmanos que estavam para participar da Cúpula dos Países Árabes-Sul-Americanos em Brasília. Por respeito a eles, o governo Lula também removeu Israel do mapa usado pelo Ministério das Relações Exteriores na Cúpula.

Na estratégica agenda socialista de Lula, o homossexualismo pode ser sacrificado por interesses muçulmanos, mas não por interesses bíblicos ou morais. Sacrifica Israel com muito mais facilidade do que sacrifica o homossexualismo.

Estratégias gays para obter visibilidade
As iniciativas principais do movimento homossexual são seus esforços para obter visibilidade, principalmente por meio de paradas gays e beijos públicos, onde “casais” gays se beijam desafiando os costumes sociais. Por meio de tais ações, os militantes gays chamam a atenção pública para si e sua causa. Ao desafiar leis que restringem ou proíbem seus beijos públicos, suas manobras apelam por leis para protegê-los e eliminar o preconceito. Assim um mero beijo num movimentado shopping center pode lhes parecer uma importante oportunidade para conquistas legais.

A maior estratégia deles para obter visibilidade são as paradas. Em 2005, registraram-se 75 paradas em todo o Brasil. Em 2006, o Brasil viu algumas 102 paradas. A parada gay de São Paulo em 2006 atraiu 2.4 milhões. De acordo com a Associated Press:
A décima Parada do Orgulho Gay anual de São Paulo viu rapazes exibicionistas e drag queens dançando em cima de caminhões de som explodindo músicas enquanto passavam pela Avenida Paulista enfileirada de arranha-céus — o coração financeiro da maior cidade do Brasil.
A marcha ocorreu dois dias depois que a polícia disse que cerca de 3 milhões de pessoas haviam participado de um ajuntamento evangélico na mesma avenida de São Paulo, demonstrando sua crescente influência no maior país católico do mundo.

“A igreja tradicional não nos quer”, disse o Pastor Justino Luís, 42, que iniciou uma igreja que ministra para 200, principalmente membros gays e lésbicos.
Agitando uma bandeira com as palavras, “Sou Feliz, Gay e Cristão”, Luís disse: “Sei que Deus me ama do jeito que sou, e sei que quando ele me fez ele me planejou para ser do jeito que sou”. [14]

Essa estratégia de visibilidade é bem eficiente, pois dois dias antes da parada gay, os evangélicos tiveram sua Marcha para Jesus, mas os grandes meios de comunicação focalizaram sua atenção no evento gay. A Marcha para Jesus foi em grande parte ignorada, exceto por alguns gays que participaram e tentaram mostrar que eles também eram evangélicos.

As ações políticas são bem intensas também. Por meio da assistência de grupos do lobby gay e políticos esquerdistas, fundou-se a Frente Parlamentar pela Livre Expressão Sexual, consistindo de muitos membros da Câmara dos Deputados. Busca introduzir projetos de lei que favoreçam os interesses do lobby gay.

Quanto ao lobby gay, busca
1) Implementação e monitoramento do Programa Brasil Sem Homofobia; 
2) Descentralização dos recursos e ações em DSTs e AIDS com gays e outros;
3) Aprovação de duas leis federais pelo Congresso Nacional (proibindo discriminação devido à orientação sexual e registro de parcerias civis); 
4) a Resolução brasileira na Comissão de Direitos Humanos da ONU contra discriminação devido à orientação sexual; 
5) a defesa de um Estado secular que seja contra a intolerância religiosa contra os GLTB; 6) o Dia Nacional Contra a Homofobia e o Dia do Orgulho Gay.

O ativista gay e petista Beto de Jesus, que viajou aos EUA alguns anos atrás para ser treinado por gays americanos e que participou da delegação brasileira na ONU, disse: “Temos uma Frente Parlamentar pela Livre Expressão Sexual que inclui quase 80 deputados e senadores, mas não conseguimos passar leis federais devido à intolerância de deputados religiosos (católicos e evangélicos). 


Nosso Projeto de Lei de Parceria Civil está parado no Congresso desde 1996, apesar dos esforços dos grupos GLBT — mais de 200 no país.”[15] Esse projeto de parceria foi introduzido pela ex-deputada Marta Suplicy, considerada a Rainha dos Gays no Brasil desde a primeira conferência da ILGA na América Latina no Rio em 1995.

Muito embora o Congresso Nacional não tenha aprovado o projeto de parceria civil para indivíduos do mesmo sexo, os ativistas gays estão tendo sucesso em conquistar a simpatia de juizes ativistas. No Rio Grande do Sul, tais juízes estão abrindo caminhos para o casamento gay dando aos casais gays vitórias significativas. 

O juiz Roberto Arriada Lorea disse: “Em lugar algum se diz que os homossexuais não têm permissão de casar e não têm permissão de adotar uma criança”. Desde 2004, os cartórios do Rio Grande do Sul são obrigados a aceitar o registro de união estável para os homossexuais, que têm também o direito de adotar.[16]

Enfrentando o tsunami
As grandes denominações liberais do Brasil adotaram um posicionamento secularista e psicológico acerca do homossexualismo. Por exemplo, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana, uma denominação em grande parte de etnia germânica, declarou oficialmente sobre o homossexualismo em 2001:
Não há entre os especialistas um consenso absoluto nem na ciência quanto à natureza da homossexualidade, nem na interpretação bíblica daquelas passagens que fazem alusão à homossexualidade. Tampouco há na IECLB ainda esse consenso.[17]

A Igreja Católica Romana tem um documento oficial do Vaticano sobre o homossexualismo, mas seus bispos progressistas do Brasil têm dificuldade de divulgá-lo publicamente. Muitas igrejas protestantes têm basicamente a mesma posição do documento do Vaticano, mas a maioria delas não proclama suas opiniões publicamente. Nas grandes igrejas protestantes liberais, a posição é pública, mas há um esforço de evitar a condenação bíblica ao homossexualismo. E enquanto a maioria das igrejas conservadoras se mantém em silêncio na questão, o Brasil tem visto o crescimento de igrejas evangélicas gays como a Igreja Comunidade Metropolitana, uma denominação gay dos EUA. 

Excetuando os religiosos, a desaprovação moral ao homossexualismo é rara, por causa das pressões sociais condenando o preconceito e a homofobia.
Entretanto, muitos brasileiros, principalmente os pobres e os menos intelectuais, são protegidos dos meios eletrônicos de comunicação, e eles representam um sério empecilho para o estabelecimento do liberalismo amoral, onde o homossexualismo é apenas mais um item de uma agenda sinistra maior.

Entre os evangélicos, há algumas campanhas para alcançar os homens e mulheres no homossexualismo. O Movimento pela Sexualidade Sadia, um grupo evangélico dirigido por um ex-homossexual, conduz iniciativas para evangelizar nas paradas gays, conversando sobre Jesus com os participantes e entregando folhetos com testemunhos de ex-gays e lésbicas.

Políticos católicos e evangélicos vêm também tentando reagir ao tsunami gay por meio da introdução de projetos de lei, entre os quais estão: PL 2279/03 de autoria do Dep. Elimar Damasceno que torna ilegal o ato de beijar entre pessoas do mesmo sexo em público; PL 2177/03 de autoria do Dep. Neucimar Fraga que cria um programa de ajuda e assistência para a reorientação sexual de pessoas que voluntariamente escolhem mudar sua orientação sexual da homossexualidade para a heterossexualidade.

O deputado estadual Édino Fonseca, pastor da Assembléia de Deus, introduziu um projeto de lei na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro para estabelecer serviços sociais para apoiar homens e mulheres que querem deixar o homossexualismo. Ele também introduziu um projeto de lei para proteger os grupos evangélicos que oferecem assistência a tais homens e mulheres contra discriminação e perseguição. 

Seu primeiro projeto foi derrotado pelo poderoso lobby gay. O último projeto está enfrentando oposição pesada. Diz: "Não constitui discriminação a divulgação de informações sobre a possibilidade de apoio e/ou possibilidade de reorientação sexual das pessoas que vivenciam a homossexualidade".

Com a bondosa assistência de Focus on the Family, do Dr. James Dobson, em 2004, pude publicar em vários sites brasileiros o documento “A Agenda Gay e a Sabotagem dos Direitos Humanos”, escrito pelo Dr. Yuri Mantilla e traduzido e adaptado por mim, expondo a resolução brasileira de orientação sexual na ONU. Os trechos seguintes são do documento:
O reconhecimento da orientação sexual como direito humano demolirá a natureza universal dos direitos humanos. 

Se a orientação sexual (homossexualidade) for reconhecida como direito humano, as leis que protegem a família em todos os países sofrerão uma séria agressão e precisarão ser mudadas a fim de que os praticantes do homossexualismo possam ter o direito de se casar, adotar crianças, se alistar no serviço militar e gozar a proteção de leis de ação afirmativa, entre muitos outros privilégios. Se o modo de vida gay receber proteção como questão de direito humano, então o significado universal da família desaparecerá. 

Tal aceitação do homossexualismo violará os direitos da família e o significado legal do casamento da maioria esmagadora das pessoas no mundo inteiro. Se direitos humanos forem reconhecidos com base na conduta sexual dos indivíduos que praticam os atos homossexuais, então por que deixar de fora os pedófilos e outros pervertidos? Esse tipo de abordagem, extremamente subjetiva, abate a essência dos direitos humanos. O homossexualismo não é um direito humano, nem é uma necessidade humana, mas apenas um desejo de se conduzir e viver contra a natureza, e tais desejos e condutas não podem receber privilégios e proteção legal.


A resolução do governo brasileiro também diz:“Chama a todos os Estados para promoverem e protegerem os direitos humanos, independente da orientação sexual”. Essa ação será uma ameaça séria à liberdade religiosa, um direito humano fundamental universalmente reconhecido. 

O Cristianismo e outras grandes religiões mundiais consideram a conduta homossexual uma violação das leis de Deus. Assim, se a resolução for aprovada na reunião da CDHONU de 2004, o direito à liberdade religiosa será colocado em perigo e milhões de cristãos no mundo inteiro poderão sofrer perseguição apenar por expressar suas convicções sobre a conduta homossexual e por citar trechos da Bíblia que condenam os atos sexuais de homens que se relacionam com homens.

 Mesmo sem a aprovação da resolução, já é praticamente impossível tratar do problema da propagação da conduta homossexual sem sofrer, principalmente por parte da imprensa liberal, acusações de homofobia (um termo inventado para desanimar os que querem debater o problema com seriedade), intolerância e extremismo religioso. No entanto, a promoção da conduta gay, principalmente entre os homens, inevitavelmente promove a propagação de doenças atrozes. [18]

A resolução também declara: “Note-se a atenção dada à violação dos direitos humanos na base da orientação sexual, por procedimentos especiais nos relatórios da Comissão de Direitos Humanos, bem como no monitoramento a ser feito, e encoraja a CDHONU a dar uma merecida atenção à matéria”.

É muito difícil de entender como um país grande como o Brasil, com sua imensa população católica e evangélica, está liderando, como prioridade de sua política externa, a invenção de direitos especiais para indivíduos que praticam o homossexualismo. Muito embora os outros países da América Latina pudessem ver a posição pró-homossexualismo do governo brasileiro como uma maneira totalmente inovadora de tratar as questões de direitos humanos, essa posição, além de não ser nova, não teve origem em nenhum país da América Latina. 

Há vários anos os países moralmente decadentes da Europa Ocidental têm, sob a (o)pressão dos ativistas pró-homossexualismo, promovido tais idéias e eles sempre buscaram influenciar os países menos desenvolvidos. O atual governo brasileiro tem demonstrado sua disposição de seguir e se adaptar a essas influências.

O Canadá e os países da Europa sistematicamente promovem planos e políticas que são contrários aos valores legais, históricos e morais da América Latina. A promoção do aborto e direitos especiais para indivíduos que praticam o homossexualismo é parte desses planos e políticas. O que é realmente de surpreender é a posição do governo brasileiro, o principal defensor dos “direitos” homossexuais na Comissão de Direitos Humanos da ONU. O novo governo socialista do Brasil está imitando o radicalismo pró-homossexualismo da Europa e tal radicalismo desrespeita as leis e a cultura da maioria das nações da América Latina.[19]

No documento, introduzi todos os nomes, endereços e contatos de telefone e email dos embaixadores brasileiros na ONU. Esse alerta ajudou a mobilizar alguns líderes católicos e evangélicos. Mais tarde, grupos gays internacionais se queixaram dos esforços bem-sucedidos de cidadãos brasileiros para pressionar o governo Lula a abandonar sua resolução de orientação sexual na ONU.

A luta de uma psicóloga evangélica
Geralmente, a literatura médica no Brasil não se refere ao homossexualismo como uma conduta anormal, pois muitos temem a polícia politicamente correta. Contudo, uma corajosa psicóloga evangélica, Dra. Rozangela Justino, fundou a ABRACEH, a Associação de Apoio ao Ser Humano e à Família, uma ONG para ajudar os homens e as mulheres que querem deixar o homossexualismo voluntariamente.
Por sua atitude de mostrar compaixão aos homossexuais em necessidade, a Dra. Justino vem sofrendo ameaças e intimidações, até mesmo do Conselho Federal de Psicologia do Brasil.

De acordo com a Dra. Justino: “A maioria dos psicanalistas considera a homossexualidade uma perversão e os psicólogos de maneira geral entendem a homossexualidade como uma imaturidade no desenvolvimento psicossexual. A Organização Mundial de Saúde classifica vários comportamentos ligados a homossexualidade como transtorno, orientando pessoas a procurarem tratamento para alterá-lo. Do ponto de vista espiritual é pecado. Ainda assim, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) baixou a Resolução abaixo. Porque o CFP baixou esta resolução queer, os ativistas do  movimento pró-homossexualismo acionam o CRP-RJ para que me puna. Respondo a processos administrativos junto ao CRP-RJ, mas eles sabem que a Constituição Federal e a Declaração de Direitos Humanos me favorecem, pois ainda temos liberdade científica, de expressão e religiosa no Brasil”.

Abaixo trechos da RESOLUÇÃO CFP N° 1/99 DE 23 DE MARÇO DE 1999
Estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da Orientação Sexual”
CONSIDERANDO que a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão;
CONSIDERANDO que a Psicologia pode e deve contribuir com seu conhecimento para o esclarecimento sobre as questões da sexualidade, permitindo a superação de preconceitos e discriminações;
RESOLVE:
Art. 2° - Os psicólogos deverão contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexão sobre o preconceito e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles que apresentam comportamentos ou práticas homoeróticas.
Art. 3° - os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.
Parágrafo único - Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades.
Art. 4° - Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.

O que os evangélicos brasileiros devem fazer?
A expansão homossexual tem sido extraordinária no Brasil, porque os ativistas gays e seus aliados estão completamente focalizados em suas metas. De forma semelhante, as igrejas evangélicas precisam focalizar em conduzir os homens e mulheres no homossexualismo a um relacionamento com Cristo.
Tanto os católicos quanto os evangélicos precisam ser libertos da Teologia da Libertação e sua versões protestantes, que os mantêm focalizados em muitas questões irrelevantes e distrativas. A fim de enfrentar os desafios sociais, políticos e legais do ativismo gay, os cristãos no Brasil precisam ter um envolvimento social e político livre das “cadeias progressistas”.

Ainda que muitos evangélicos discordem da posição pró-aborto e pró-homossexualismo do governo Lula, eles são encorajados pela propaganda “progressista” a desviar sua atenção para muitas outras questões: saúde, educação e assistência de emprego aos pobres, etc. O homossexualismo e o aborto são apenas itens menores numa longa lista de interesses esquerdistas na agenda dos evangélicos progressistas. Lamentavelmente, os evangélicos no Brasil são enganados e levados a crer que a ação social cristã pregada pelos progressistas é o evangelho.

Portanto, para se opor às idéias erradas entre os evangélicos acerca da ação social, é preciso lançar campanhas para educar o público evangélico de que há ação social real diferente da abordagem progressista. Assim, eles seriam mais bem preparados para enfrentar de forma adequada grandes desafios, tais como o aborto e o homossexualismo. É claro que as outras questões também seriam tratadas, mas não a partir de uma perspectiva esquerdista.

Os brasileiros escolherão seu novo presidente em 2006. De novo, os candidatos prometem milagres sociais e políticos e tudo o mais que apele ao coração dos eleitores. A grande tragédia é que, de acordo com as pesquisas de opinião pública, a maioria dos evangélicos votará naquele que durante todo o seu governo promoveu exatamente os valores que a Bíblia condena.



Julio Severo é o autor do livro O Movimento Homossexual, publicado pela Editora Betânia. Em novembro de 2004, ele deu, na Câmara dos Deputados em Brasília, a palestra introdutória na Primeira Conferência da Frente Parlamentar Evangélica. A primeira revista da Frente também publicou artigo de Julio Severo sobre o homossexualismo. Seu livro foi a primeira obra em português a expor o movimento homossexual e tem sido referência para parlamentares cristãos.

Notas Finais:
1 www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u38532.shtml
2 www.lula.org.br/noticias/not_int.asp?not_cod=731&cf_cod=21&sis_cod=37
3 http://www.trekshare.com/travel/travelogue.htm?journalid=3484
4 http://gonline.uol.com.br/livre/gnews/html/gnews3316.shtml
5 http://oglobo.globo.com/online/educacao/mat/2006/03/09/192206378.asp
6 Sodomy means the homosexual perversion committed by the city of Sodom in the Bible.
7 http://gazetaweb.globo.com/gazeta/Materia.php?c=82176&e=1236
8 http://www.pt.org.br/site/noticias/noticias_int.asp?cod=43692
9 http://www.unis.unvienna.org/unis/pressrels/2005/ga10407.html
10 LifeSite Daily News, July 3, 2003. See also: http://www.un.org/News/Press/docs/2003/wom1404.doc.htm
11 Requerimento de Informações nº 408, de 2003, do Dep. Elimar Máximo Damasceno, Câmara dos Deputados, Brasília.
12 Ofício nº 34, do Ministério das Relações Exteriores, Brasília, datado de 11 de julho de 2003.
13 Ofício nº 34, do Ministério das Relações Exteriores, Brasília, datado de 11 de julho de 2003.
14 http://www.cnn.com/2006/WORLD/americas/06/17/ brazil.gay.parade.ap/index.html
15 http://www.ilga.org/news_results.asp?LanguageID=1&FileCategory =44&FileID=153
16 http://www.gtpos.org.br/index.asp?Fuseaction=Informacoes&ParentId =329#anc340205
17 http://www.luteranos.com.br/posicionamentos/homossexualismo.htm
18 The Religion & Society Report, November 2003, p. 6.
19 Traduzido da versão em inglês, onde há muitas contribuições de Julio Severo

Fonte: Julio Severo

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