quinta-feira, 27 de março de 2014

Pergunta: "O dilúvio de Noé foi global ou local?"

Resposta:  Quando se examina as passagens bíblicas, fica claro que o dilúvio foi global. Gênesis 7:11 afirma que “se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram”. É aparente, a partir de Gênesis 1:6-7 e 2:6 que o ambiente pré-dilúvio era muito diferente do que o que temos hoje. Baseados nesta e em outras descrições bíblicas, assim como em registros fósseis e achados geológicos atuais, é razoavelmente especulado que outrora a terra se encontrava coberta por algum tipo de toldo de água. Este toldo poderia ser um toldo de vapor ou consistir de anéis, de alguma forma parecidos com os anéis de Saturno. Isto, em combinação com a grande camada de água subterrânea, ambas jorrando sobre a terra, (Gênesis 2:6) teria resultado em um dilúvio global.

 Os versos mais claros que mostram a extensão do dilúvio são Gênesis 7:19-23: “E as águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu, foram cobertos. Quinze côvados acima prevaleceram as águas; e os montes foram cobertos. E expirou toda a carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de gado e de feras, e de todo o réptil que se arrasta sobre a terra, e todo o homem. Tudo o que tinha fôlego de espírito de vida em suas narinas, tudo o que havia em terra seca, morreu. Assim foi destruído todo o ser vivente que havia sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; e foram extintos da terra; e ficou somente Noé, e os que com ele estavam na arca.”

Na passagem acima, não apenas encontramos a palavra “todo” (e suas derivadas) usada repetidamente, mas também encontramos expressões como “e todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu, foram cobertos”, “Quinze côvados acima prevaleceram as águas; e os montes foram cobertos” (o suficiente para permitir a passagem da arca com segurança acima deles), e “E expirou toda a carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de gado e de feras, e de todo o réptil que se arrasta sobre a terra, e todo o homem. Tudo o que tinha fôlego de espírito de vida em suas narinas, tudo o que havia em terra seca, morreu”. Se estas descrições não forem para descrever um dilúvio universal cobrindo toda a terra, não sei como Deus poderia tê-lo feito de forma mais clara. Além disso, se o dilúvio foi somente localizado, por que Deus instruiu Noé a construir uma arca ao invés de simplesmente fazer com que os animais migrassem e dizer a Noé para fazer o mesmo? E por que Ele instruiu Noé a construir uma arca grande o suficiente para abrigar todos os diferentes tipos de animais terrestres encontrados na terra nos dias de hoje? Pode-se notar que até os dinossauros começam pequenos, e não teria sido necessário que Noé tivesse trazido para dentro da arca animais já crescidos.

 Deus instruiu Noé a colocar dois de cada animal terrestre (vida aquática estava excluída) para dentro da arca (Gênesis 6:19-22) com exceção de “animais limpos”, e em relação a todas as aves, deveria haver sete de cada tipo na arca (Gênesis 7:2-3).

 Pedro também descreve a universalidade do dilúvio em II Pedro 3:6-7, onde afirma: “Pelas quais coisas pereceu o mundo de então, coberto com as águas do dilúvio, Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios.” Nestes versos Pedro compara o julgamento “universal” vindouro ao dilúvio do tempo de Noé e afirma que o mundo que outrora existia foi inundado com água. Também, a promessa de Deus (Gênesis 8:21; 9:11; 15) de nunca mais mandar tal dilúvio já teria sido quebrada se se tratasse apenas de uma inundação local. Além disso, todos os homens no mundo de hoje, segundo Gênesis 9:1,19, descendem dos três filhos de Noé, e muitos escritores bíblicos posteriores aceitaram a historicidade do Dilúvio mundial (Isaías 54:9; I Pedro 3:20; II Pedro 2:5; Hebreus 11:7). Por último, o Senhor Jesus Cristo creu no Dilúvio universal e o tomou como o tipo de destruição vindoura do mundo, quando Ele retornar (Mateus 24:37-39; Lucas 17:26-27).


 Há muitas evidências fora da Bíblia que apontam para uma catástrofe mundial como um dilúvio global. As várias sepulturas fósseis encontradas em todos os continentes, a grande quantidade de depósitos de carvão que exigiriam que grandes quantidades de vegetação fossem cobertas rapidamente, o fato de que fósseis oceânicos foram encontrados em topos de montanhas ao redor do mundo, as mais de 270 histórias de dilúvios vindas de todas as partes do mundo, e a grande extensão de formações geológicas mostrando vastas camadas de depósitos de sedimentos (incluindo aqueles encontrados no Grand Canyon (Estados Unidos), tudo isto validando a ocorrência de uma inundação global.

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