quarta-feira, 18 de junho de 2014

A lei veio por causa da transgressão

1. A lei é pecado? (Rm (7.7). Agora contamos com ajuda do apóstolo Paulo e, com muita alegria, que estamos livre da lei.

Todavia, temos de perguntar: A lei veio de Deus através de Moisés? (Jo 1.17). Ela não condena o pecado?

Antes que se levante conceito errôneo sobre a visão paulina da lei, o apóstolo pergunta: A lei é pecado? A resposta é dada imediatamente: “De modo nenhum!” Então, ele começa a segunda seção.

2. A lei veio revelar o pecado (Rm 7.7). O apóstolo disse que não conheceu pecado senão pela lei. Isso, ele já havia dito antes: “Pela lei vem o conhecimento do pecado” (Rm 3.20). O apóstolo afirma ainda que a lei serviu como um holofote para trazer à tona o pecado: “Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 5.20-21).

Por conseguinte, Paulo atribui a lei uma função terapêutica. Ou seja, a lei serviu para mostrar a causa do pecado e o remédio para curá-lo. Esse remédio, logicamente, não é a lei, mas o sangue de Jesus (Rm 3.24-26).


A lei é um “espelho” para revelar o pecado e não um sabão para limpar! O seu alvo é mostrar a necessidade de limpeza e não de tornar limpo. Deus não pode isentar ninguém do pecado, porque:

“Como está escrito: Não há justo, nem um sequer, todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Rm 3.10, 12).


Paulo é arrasador quando diz: “Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus” (Rm 3.19).

3. A lei veio provocar o pecado. Paulo declara que a lei despertou nele toda a concupiscência: “Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda sorte de concupiscência; porque, sem lei, está morto o pecado. Outrora, sem a lei, eu vivia; mas, sobrevindo o preceito, reviveu o pecado, e eu morri” (Rm 7.8-9).


a. Infância. No verso 8, ele diz: “Outrora, sem a lei, eu vivia”.

b. O bar mizvah. “Mas vindo o mandamento”, uma referência ao bar mitzvah, expressão aramaica que significa “filho do mandamento”. É a maioridade espiritual do judeu, cerimônia religiosa em que o menino faz pela primeira vez a leitura pública da Torah – Lei de Moisés -, ao completar 13 anos. Os judeus dizem que a partir, o menino passa a ser responsável diante de Deus. A passagem de Lucas 2.42 diz respeito ao bar mitzvah de Jesus.


c. O pecado foi ativado. Tendo passado por esse rito judaico confessa o apóstolo “Reviveu o pecado, e eu morri”. A lei provoca o pecado. Todos sabem que as proibições tendem a desperta o desejo (v.8).

4. A lei veio condenar o pecado. Dos dez mandamentos, o apóstolo não tomou o quarto que para os sabatistas é um dos mais importantes, mas sim o último. “Não cobiçaras (Êx 20.17). Esse mandamento era o que mais incomodava Paulo, pois refletia algo interior; não era meramente uma ação exteriorizada. Ele estava mostrando que o pecado não consiste apenas em atos exteriores, mas o que se passa no interior do homem (Mt 5.27-28). Um exemplo é a cobiça.


Pr. Elias Ribas

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