quinta-feira, 26 de junho de 2014

Vaticano demora 20 anos a destituir padre pedófilo

A Igreja Católica demorou quase 20 anos a destituir um padre acusado de abusar sexualmente de menores na Austrália, segundo foi discutido hoje na comissão governamental que investiga estes crimes.


John Gerard Nestor era sacerdote numa diocese da cidade de Wollongong quando foi acusado, em 1997, de ter abusado de um menino, disse o advogado Angus Stewart, que assiste a comissão no inquérito, citado pela agência AAP.

O caso de Nestor está a ser abordado hoje pela comissão governamental incumbida de investigar a resposta por parte das instituições aos abusos sexuais a menores cometidos no seio de instituições públicas, sociais e religiosas da Austrália.


A comissão centra-se na forma como a Igreja Católica, apoiando-se no direito canónico, enfrentou os casos de pedofilia cometidos por sacerdotes, explicou o advogado.

Nestor admitiu, em 1997, que dormiu num colchão colocado no chão com o adolescente e o seu irmão menor em julho de 1991, mas negou qualquer contacto sexual.

O ex-padre de 50 anos, que costumava dirigir acampamentos de verão para acólitos, foi condenado por atentado ao pudor agravado, apesar de depois, em 1997, ter sido absolvido.

Angus Stewart explicou hoje durante uma audiência na cidade de Sydney que essa decisão judicial veio pôr a descoberto queixas contra Nestor, como fazer com que os meninos nadassem nus e competissem entre si para comparar os seus atributos físicos durante os acampamentos.

Foi assim que, em 1997, o então bispo de Wollongong, Philip Wilson, expôs o caso de Nelson junto das autoridades eclesiásticas e decretou formalmente a sua cessão de funções como sacerdote.


Após 11 anos de investigações ao caso de Nestor, levadas a cabo em várias instâncias, incluindo no Vaticano, Bento XVI destituiu-o, em 2008, depois de as autoridades australianas e a diocese de Wollongong terem recebido novas informações relativas a graves ofensas cometidas por Nestor contra as leis da Igreja Católica.


"Foi assim que a ordenação de John Nestor como sacerdote e o seu trabalho na diocese de Wollongong terminaram, quase 20 anos depois de terem surgido acusações relativamente à sua conduta com menores", sublinhou o mesmo advogado.


A comissão, que prevê entregar um relatório preliminar ao Governo federal até ao final do mês antes de concluir o seu trabalho, em dezembro, recebeu em audiências privadas cerca de 1.700 denúncias de abusos sexuais, das quais mais de mil implicam instituições religiosas.


O estabelecimento desta comissão foi anunciado em novembro de 2012, depois de a polícia do estado australiano de Nova Gales do Sul ter acusado a Igreja Católica de encobrir casos de pedofilia, alegadamente organizada, de tentar silenciar as investigações e de destruir provas cruciais para evitar processos judiciais.


A Igreja Católica reconheceu, em setembro de 2012, a existência de 620 casos de abusos sexuais contra menores cometidos por sacerdotes na Austrália desde a década de 1930.


Fonte: Noticia ao Minuto


Irineu Siqueira Neto

  Isso é o fim da picada, perceba que a mais de vinte anos a pedofilia ronda a Igreja Católica, e só agora esses casos estão vindo a tona, imagine você quantos crimes sexuais piores que esses estão acontecendo, já aconteceram e ainda aconteceram no catolicismo, tudo por conta dessa pseudo santidade chamada celibato.


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