quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Ela se diz evangélica, usa bumbum como profissão e teve muro pichado por religiosos


Recentemente o portal ego (globo) publicou a matéria “Evangélica concorre ao título de Miss Bumbum: 'Julgarão como pecado' que diz respeito a candidata Rebeka Francis a miss bumbum 2014. Leia o que o portal escreveu sobre:

Rebeka Francis, a candidata de Rondônia ao título de Miss Bumbum 2014, vem sofrendo com uma pichação ofensiva no muro do prédio onde mora, em São Paulo. Recentemente, a moça - que divide apartamento com a amiga Andressa Urach (vice miss bumbum 2012) - se deparou com a frase ‘Miss Bumbum do Capeta’ em letras garrafais na entrada do prédio.

Inicialmente foi especulado que a mensagem seria para Urach, a mais famosa participante do concurso, mas isso foi logo desmentido pela própria Rebeka, que segue a religião evangélica. “Aquilo foi pra mim, pois há dias tinham uns perfis fakes em minhas redes sociais falando sobre minha religião. Como é algo que realmente me ofende, eles acharam meu ponto fraco e quiseram me humilhar. As pessoas são maldosas e acabam não tendo noção de seus atos”, disse a Miss Bumbum Rondônia.

Rebeka contou ao EGO que sempre sonhou participar de um concurso de beleza, mas que a sua família, que segue a mesma religião, não apoia. “Mas eles aceitaram”, garantiu ela, antes de completar: “Quando entrei no concurso, foi para ir até o fim. Posso sensualizar, sim, sem problema nenhum, mas uma coisa é o concurso, outra é a minha religião. Jamais vou sensualizar em uma igreja".

Em São Paulo, a candidata ao Miss Bumbum 2014 tem frequentado a Igreja Universal com a amiga Andressa Urach, a quem é só elogios. “Conheço uma Andressa que poucas pessoas conhecem, uma pessoa batalhadora, amiga, sincera e também temente a Deus. Sinto que Deus está fazendo a obra na vida dela e me sinto muito abençoada por estar participando disso”, declarou.

Preconceito e ensaio nu
Rebeka sabe que sua opção pode não ser bem aceita pela comunidade evangélica. A candidata, porém, está dedicada a seguir seu sonho. “Não estou me vendendo, nem nada parecido. Sou empresária, estudante e participante de um concurso, mas as pessoas com certeza vão me julgar como pecadora. Quem não tem pecado que atire a primeira pedra. Sei que Deus sabe meu coração e meus sonhos, o que me importa é ir buscar a palavra e alimento para meu espírito”, afirmou.

Ela ainda confessou que ficou tímida no começo por ter que ficar tanto tempo de biquíni, mas que, mesmo com um visual mais discreto, não teria como esconder seus ‘atributos’. “Acredito que dá para ser sensual com roupas mais fechadas também, depende da pessoa. Quando você tem um corpo escultural, qualquer roupa sendo justa deixa as curvas à mostra, mesmo estando toda vestida”, opinou. Já quanto a um possível ensaio nu no futuro, Rebeka ainda está em dúvida: “Não sei se faria, por respeito a minha família, acho que não”.
Fonte: Ego Globo.

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Nota do blogueiro 
Antognoni Misael, vide Arte de Chocar.

Quero pontuar quatro coisas rapidamente:

1) O termo “evangélico” em nossa nação não traz mais o antigo significado de ser seguidor do Evangelho. Ele hoje é um termo ressignificado, e suas conotações perpassam por uma banalização de massa como um fenômeno de democratização do rótulo religioso, até certo ponto compreensível, quando levamos em conta o retrato de uma igreja que tem se moldado a cultura do mundo, ao invés de ser a produtora de cultura.

2) No país onde uma bunda vale mais que uma idéia, e a religião é como cardápio a gosto do freguês, não me espanta a senhora Rebeka tentar conciliar sua poupança (em todos os sentidos) com sua espiritualidade.

3) Caso a igreja que a Rebeka congrega e confessa a sua fé for realmente a IURD, isso apenas corrobora para entender que ela não é genuinamente evangélica, e que o lugar onde ela busca auxilio espiritual é sem dúvida alguma, a maior seita existente no Brasil.

4) O mais triste é notar que já existe uma tentativa de conciliar a sensualidade e erotização com a vida cristã no meio da juventude dita evangélica. Desde as famosas selfie’s, imagens de adolescentes e moças trajando apenas biquíni, e o próprio comportamento feminino dentro de algumas comunidades tem dado uma demonstração clara de que a juventude feminina cristã tem muito mais sido influenciada do que influenciadora diante das imposições feministas do atual momento.

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Antognoni Misael, vide Arte de Chocar.

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