terça-feira, 2 de setembro de 2014

Sobre Apologética: O ponto mais positivo (talvez o único) do filme Deus Não Está Morto.

Por Pedro Pamplona

Você com certeza já deve ter escutado alguém falar "Deus não precisa ser defendido". É bem comum ouvir isso quando se fala de apologética nas igrejas. Muitos olham para a apologética como uma prática teológica prepotente que tenta defender a Deus e a fé através de raciocínios humanos. Argumentam que Deus é maior e não precisa ser defendido por homens pequenos. Nesse sentido, Deus Não Está Morto fez um grande serviço ao que pensam dessa maneira ao despertar um interesse pelo assunto. Na verdade, ao fazer apologética estamos apenas cumprindo o chamado de 1 Pedro 3:15:

"Antes, santifiquem Cristo como Senhor no coração. Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês."

Creio que esse é um chamado para todos e quero, rapidamente, desmitificar alguns conceito e dar alguns conselhos sobre nossa defesa da fé. Vamos começar pelos mitos:

Mito 1: Apologética é somente para pastores, teólogos e cientistas cristãos. Não, o chamado de Pedro é para todos. Como você tem respondido aos que pedem a razão da sua esperança?

Mito 2: Eu preciso estudar filosofia, biologia, física quântica e evolucionismos para ser um apologeta. Não, o conhecimento bíblico é suficiente. Não devemos desprezar o conhecimento, mas é somente na Escritura que encontramos a razão da nossa esperança.

Mito 3: Apologética é feita apenas nos seminários teológicos, nas universidades e debates científicos. Não, a defesa da fé deve ser feita em todo lugar que existir um cristão. Nossa esperança deve ser explicada em cada casa, rua, empresa e colégio desse mundo.

Mito 4: Apologética atrapalha o evangelismo. De maneira nenhuma, uma boa defesa da fé trabalha junto com o evangelismo para ganhar almas. Ao defender estamos apresentando o evangelho.

Entendo que apologética também é tarefa nossa e que deve ser feita em todos os lugares, vamos aos conselhos simples e práticos:

1. Estude a palavra. Esse é o único conhecimento que, no final das contas, importa. Uma apologética vencedora é aquela que apresenta o evangelho fielmente.

2. Não vise ganhar debates. O mundo é hostil ao evangelho e a tendência é que mesmo ganhando nós saiamos deles derrotados. Uma apologética vencedora não ganha debates, ganha corações.

3. Não deixe de orar. Só se ganha corações através da obra do Espírito que chama pessoas através da proclamação do evangelho. Defenda a fé na dependência do Espírito e em oração.

4. Não caia no discurso da neutralidade. Não existe ambiente religiosamente neutro, nem mesmo o científico ou acadêmico. Quando alguém te convida para um debate neutro geralmente está te convidando para um debate segundo pressupostos do ateísmo. Fique com os seus pressupostos, use a palavra, não tente fazer apologética apenas com argumentos humanos (neutros). É aqui que começo nossa derrota.

5. Identifique os elementos da sua cultura que apontam para uma necessidade de Deus e vazio existencial. Use sua cultura para apresentar a Deus de uma forma mais ilustrativa com Paulo vez em Atenas em Atos 17.

6. Não faça isso apenas pela internet. Apologética pessoal é muito mais eficaz, pois podemos demonstrar nossas emoções, sentimentos e cuidado para com o outro.

E pra finalizar, antes que saiamos por ai defendo fielmente nossa fé, lembremo-nos do versículo seguinte de 1 Pedro 3:15:

"Contudo, façam isso com mansidão e respeito, conservando boa consciência, de forma que os que falam maldosamente contra o bom procedimento de vocês, porque estão em Cristo, fiquem envergonhados de suas calúnias." (1 Pedro 3:16)

Que nossa fé seja defendida e proclamada em todos os lugares por todos os cristãos! #SolaScriptura


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Pedro Pamplona, editor do Vida de Graça

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