segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Todos os fatores apontam para a CIA no assassinato por meio de um acidente aéreo do candidato à presidência do Brasil

Wayne Madsen
O acidente de avião que matou o candidato à presidência do Brasil, Eduardo Campos, que estava cotado em segundo lugar, atrás da atual Presidente Dilma Rousseff, tem prejudicado gravemente as chances de Dilma à reeleição. A substituta de Eduardo Campos na linha de sucessão, a ex-líder do Partido Verde, Marina Silva, é uma fantoche de George Soros, que agora tem uma boa chance de derrubar Dilma Rousseff, num provável segundo turno da eleição. A derrota de Dilma sinalizaria uma vitória para as atividades secretas do governo Obama para eliminar de cena os presidentes progressistas em toda a América Latina.
Uma revisão da história pós-Segunda Guerra Mundial revela que, de todas as muitas maneiras que os serviços de inteligência têm usado para eliminar as ameaças políticas e econômicas, o assassinato através de um acidente aéreo classifica-se em segundo lugar, à frente de acidentes automobilísticos e envenenamento, só ficando atrás do uso de armas de fogo e munições, como o “modus operandi” favorito da Agência Central de Inteligência (CIA) para efetuar um assassinato político.

Os assassinatos por meio de acidentes aéreos do secretário-geral das Nações Unidas, Dag Hammarskjöld, do presidente de Ruanda, Juvenal Habyarimana, do presidente do Burundi, Cyprien Ntaryamira, do primeiro-ministro português, Francisco Sá Carneiro, do presidente do Paquistão, Muhammad Zia Ul-Haq, do futuro primeiro-ministro indiano, Sanjay Gandhi, do presidente da União dos Trabalhadores Automotivos Unidos dos EUA, Walter Reuther, do ex-senador pelo Texas, John Tower, e do senador de Minnesota, Paul Wellstone, todos eles traziam as marcas do envolvimento de uma ou mais agências de inteligência dos EUA no intuito de pôr um fim à carreira política que ameaçava os fundamentos da América imperial.
A América Latina, em particular, tem sido marcada por acidentes aéreos que mataram dois líderes que estavam determinados a se afastar da influência da política americana, o presidente Jaime Roldós Aguilera, do Equador e do presidente Omar Torrijos do Panamá. Ambos os líderes morreram em 1981, com Roldós morrendo poucos meses antes de Torrijos. John Perkins, o autor de “Confissões de um Assassino Profissional Econômico” e ex-membro dos serviços de inteligência dos EUA, apontou os Estados Unidos em ambos os assassinatos realizados através de um acidente aéreo.
Esse antecedente do envolvimento dos EUA em assassinatos através de acidentes aéreos torna a queda da aeronave Cessna Citation 560XLS, no dia 13 de agosto, em Santos, Brasil, que matou o candidato “pró-negócios” à presidência, pertencente ao Partido Socialista Brasileiro, Eduardo Campos, seus assessores e a tripulação, ainda mais suspeita. O momento do acidente, durante uma campanha eleitoral que favorecia uma vitória fácil para Dilma Rousseff, provoca questões significativas entre os investigadores brasileiros e o público em geral.
Desde a sua introdução em 1996, o modelo Cessna Citation 560XLS tem desfrutado de um histórico de segurança perfeito. A morte repentina de Campos inverteu a campanha presidencial brasileira de uma forma que pode beneficiar os Estados Unidos e a agenda de longo prazo da Agência Central de Inteligência (CIA) para a América Latina.
Questões perturbadoras estão sendo levantadas sobre a propriedade da aeronave que carrega o número de cauda PR-AFA. Os obscuros registros da inscrição e dos proprietários do avião, juntamente com a falta da gravação do áudio do voo, graças a uma aparente avaria no gravador de voz da cabine do avião, têm levado um grande número de brasileiros a quererem saber se o avião foi sabotado pelos Estados Unidos. Ao invés de ter a gravação das conversas da tripulação do voo do acidente de Eduardo Campos, o gravador só tinha as gravações de voz de um voo anterior.
O avião estava voando na rota do Rio de Janeiro – Aeroporto Santos Dumont – para o Guarujá, quando caiu em uma área residencial de Santos.
O avião era operado pela AF Andrade Empreendimentos e Participações, que tem sede em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo, mas arrendado da Cessna Finance Export Corporation, uma divisão da Textron, um dos principais fornecedores de defesa e inteligência dos EUA. A Cessna é uma divisão da Textron. O gravador de voz com defeito foi fabricado por outra fornecedora de defesa e inteligência dos EUA, a L-3 Communications. Os negócios da AF Andrade estão centrados em sua propriedade de uma destilaria. Um porta-voz da AF Andrade disse que a aeronave de 9 milhões de dólares não tinha sido recentemente inspecionada, mas salientou que tinha um registro perfeito de manutenção.
No entanto, o porta-voz da AF Andrade não podia declarar especificamente quem era o proprietário da aeronave, mas admitiu provavelmente apenas o contrato de arrendamento, que o avião estava à venda e, recentemente, tinha sido comprado por um grupo de “donos de fábricas e importadores” de Pernambuco. Campos era um ex-governador de Pernambuco.
Os compradores fizeram um consórcio que incluía a Bandeirantes Pneus Ltda. A empresa de pneus disse que as negociações sobre a transferência de propriedade estavam em curso quando o avião caiu e que a Cessna Finance Export Corporation ainda não tinha aprovado os direitos finais de leasing. Observadores brasileiros acreditam que o Cessna que caiu era um “avião fantasma”, com propriedade obscura, a fim de acobertar o uso do avião para operações secretas envolvendo a CIA. Aviões similares com registros de propriedade e registros manchados foram usados pela CIA para sequestros de muçulmanos rendidos para interrogatório e aprisionamento nos “locais negros” da América em todo o mundo.
O Conselho de Segurança Nacional de Transporte dos Estados Unidos (National Transportation Safety Board – NTSB) enviou um equipe ao Brasil para investigar o acidente aéreo. No entanto, se o desempenho do NTSB sobre acidentes, como o TWA 800 e o voo 587 da American Airlines, é alguma indicação, a agência só se destaca no acobertamento de ações criminosas.
Eduardo Campos foi substituído na chapa por Marina Silva, que é uma queridinha financiada por George Soros e direcionada para os movimentos de globalização e a “sociedade civil”. Marina Silva, que é membro pró-Israel da Igreja Pentecostal da Assembleia de Deus, é muito mais pró-negócios e pró-EUA do que Dilma Rousseff do Partido dos Trabalhadores, um partido de esquerda brasileiro. Recentemente, Dilma Rousseff, junto com seus colegas líderes dos BRICS da Rússia, Índia, China e África do Sul, criaram um novo banco de desenvolvimento que desafia a supremacia dos EUA que opera o Banco Mundial. A criação do banco enfureceu Washington e Wall Street.
Marina Silva pode estar desfrutando de mais do que um mero voto de simpatia, recentemente adquirido nas pesquisas contra Dilma Rousseff. A presidente brasileira é vista por Washington como uma adversária, especialmente depois que os detalhes foram divulgados, por Edward Snowden, da enorme vigilância da Agência de Segurança Nacional (NSA) sobre a presidente brasileira.
Se Dilma Rousseff foi forçada a ir para um segundo turno com Marina Silva, como primeiro ou segundo lugar no primeiro turno, Aécio Neves, do “conservador” Partido Social Democrata afirmou que ele endossaria Marina Silva se ele ficar em terceiro lugar. A aritmética política poderia significar problemas para Dilma Rousseff, que provavelmente teria deslizado para a vitória se não tivesse sido o avanço de Marina Silva para a cabeça de chapa do Partido Socialista Brasileiro. O candidato à vice-presidência na chapa de Marina Silva é Beto Albuquerque, cujas credenciais na “sociedade civil” estão na proteção dos direitos humanos e do consumidor, o que indica uma “criação” ao estilo Soros.
As pesquisas atuais para 5 de outubro no primeiro turno é de Dilma Rousseff, com 36% dos votos, Marina Silva, com 21%, e Aécio Neves, com 20%. No entanto, com Aécio Neves fora da disputa no segundo turno, agendado para o dia 26 de outubro, algumas pesquisas mostram Marina Silva batendo Dilma Rousseff com 47% contra 43%, enquanto outros mostram Marina Silva derrotando Dilma Rousseff por uma margem de 9%. É claro que as pesquisas de opinião já não são independentes, mas são artifícios de agências de inteligência corporativas e ocidentais usados para influenciar a opinião pública e se envolver na “programação preditiva” de populações inteiras.
O ambiente favorável para Marina Silva como resultado do possível assassinato através do acidente aéreo de Eduardo Campos e seus assessores possui muitas suspeitas sobre o papel da CIA na queda do avião, especialmente depois que impressões digitais da CIA foram descobertas em assassinatos através de acidentes aéreos dos presidentes Torrijos e Roldós, em 1981. Recentemente, em fevereiro deste ano, o helicóptero presidencial normalmente usado pelo presidente do Equador, Rafael Correa, um forte opositor das políticas de Washington e um aliado de Dilma Rousseff, caiu nas montanhas em um voo de Guayaquil a Quito. O piloto pessoal de Rafael Correa morreu no acidente. Rafael Correa, que estava se dirigindo a um comício de campanha no momento do acidente, ressaltou que ele não estava programado para estar no voo helicóptero Dhruv, produzido na Índia. Entretanto, a suspeita de sabotagem pela CIA não podia ser contida entre a população equatoriana.
Marina Silva está sendo apontada como uma candidata de “Terceira Via” no Brasil. A “Terceira Via” é um movimento internacional que tem sido usado por políticos corporativos, muitos deles financiados por George Soros, para se infiltrarem e assumirem partidos historicamente pró-trabalhista, socialistas e progressistas. Os políticos mais notáveis das “Terceiras Vias” incluem Bill Clinton, Tony Blair,  Gerhard Schroeder da Alemanha, Justin Trudeau do Canadá, o presidente Francês françois hollande, o primeiro-ministro francês manuel valls, o primeiro-ministro italiano matteo renzi e o ex-primeiro-ministro italiano Romeo Prodi, José Sócrates de Portugal, Ehud Barak de Israel e funcionários do Partido Socialista Brasileiro, do Partido Verde e dos Partidos Sociais-Democratas, incluindo Marina Silva, Aécio Neves, o falecido Eduardo Campos e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. No entanto, quando se torna vantajoso assassinar um membro da “Terceira Via” a fim de promover outro, não há nenhum problema em eliminar alguém como Eduardo Campos, a fim de abrir caminho para um político mais popular (e controlado) como Marina Silva, especialmente quando os interesses de Israel e Wall Street estão em jogo.
O Cessna levando o primeiro-ministro português Sá Carneiro, que caiu enquanto o primeiro-ministro estava voando para um comício de reeleição em Porto, destruiu as perspectivas futuras da esquerdista Aliança Democrática, porque os dois sucessores leais a Sá Carneiro que o substituíram não tinham o seu carisma. Eventualmente, Mario Soares, da “Terceira Via” e pró-OTAN, “socialista apenas no nome”, tornou-se primeiro-ministro e conduziu Portugal no caminho da “Terceira Via” subserviente a uma Europa unida e à globalização. O embaixador de Portugal, na época da morte de Sá Carneiro, era o agente da CIA Frank Carlucci, cujas impressões digitais estavam no assassinato do ex-primeiro-ministro Patrice Lumumba, no Congo, em 1961. Carlucci tornou-se vice-diretor da CIA, Conselheiro de Segurança Nacional e o secretário de Defesa no governo do presidente Ronald Reagan. Carlucci também é o presidente emérito do Grupo Carlyle, conectado a CIA. A morte suspeita de Eduardo Campos no Brasil parece ser uma cópia exata da execução rápida de Sá Carneiro efetuada pela CIA, com Dilma Rousseff como o alvo final da ação e Marina Silva e seus apoiadores globalistas como beneficiários.
Traduzido por Dionei Vieira do artigo da Fundação de Cultura Estratégica: All factors point to CIA aerially assassinating Brazilian presidential candidate
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