segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Patrulha ditatorial: Governo vai fiscalizar Twitter e Facebook em busca de “ódio”


Eles sempre usam um acontecimento isolado para provocar ações que cerceiam a liberdade...

O governo federal anunciou nesta quinta-feira (20) que um grupo de trabalho interministerial vai monitorar mensagens de “ódio” na Internet e mapear crimes contra os direitos humanos no Facebook, Twitter, Instagram, Youtube, Flickr, Tumblr e outras redes sociais. Também vai abrir um canal de denúncias sobre páginas da internet que promovam ódio, violência e discriminação por preconceito. 

O grupo terá poder para abrir processos para punir autores.

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti (foto), citou como um dos motivadores para a criação do grupo o assassinato da dona de casa do Guarujá (SP) Fabiane Maria de Jesus, que foi atacada por uma multidão depois da publicação de um retrato falado em redes sociais de uma mulher que supostamente realizava rituais de magia negra com crianças sequestradas. Fabiane tinha os traços parecidos com os descritos no retrato falado.

A Universidade Federal do Espírito Santo vai desenvolver um software de monitoramento para mapear, tabular e analisar em tempo real de onde partem atos de ofensa e apologia ao ódio nas redes sociais da Internet. O aplicativo vai permitir o cruzamento de informações de localização das mensagem com dados públicos do cidadão.

O grupo de trabalha é composto por membros da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), da Secretaria de Políticas para Mulheres, do Departamento de Polícia Federal, do Ministério Público Federal, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Colégio Nacional dos Defensores Públicos Gerais.

Existem mecanismos de fiscalização e punição para crimes reais e virtuais. O difícil é saber se os funcionários públicos que farão parte do grupo estarão preparados para o poder de polícia que terão. 

É bom que o governo se informe, como outros países estão fazendo, para que a iniciativa não se transforme em mais um instrumento político partidário.

Via: http://www.matheusleitao.com.br/

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