terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Coreia do Norte ameaça bombardear árvore de Natal de grupo cristão

Coreia do Norte ameaça bombardear árvore de Natal de grupo cristão
Desde o final da Guerra da Coreia, na década de 1950, que dividiu o país em dois, a questão religiosa tem sido um dos grandes pontos de conflito. Enquanto o Norte é oficialmente ateu, seguidamente perseguindo e torturando cristãos, o sul apresentou o maior índice de crescimentos do cristianismo na Ásia.

Agora, um grupo cristão anunciou que pretende erguer novamente uma árvore de Natal de 10 metros, com uma cruz no topo perto da fronteira. A estrutura de metal, ficará a cerca de 3 km da fronteira, no alto de um pico o suficiente para ser vista pelos norte-coreanos que vivem em cidade fronteiriças. Imediatamente o governo de Pyongyang ameaçou bombardeá-la.

O Ministro da Defesa da Coreia do Sul Kim Min-Seok afirmou que não via problemas na construção de uma torre iluminada em formato de árvore de Natal na fronteira. Seria uma manifestação religiosa válida. O responsável pelo custeio será o Conselho Cristão da Coreia e sua inauguração está programada para 23 de dezembro.

A Coreia do Norte, afirma ser uma provocação. Afinal, se todas as referências ao cristianismo são proibidas, ela incomoda por que seria vista pelos habitantes do Norte.  Para os comunistas, é um instrumento de “guerra psicológica”, que teria um impacto “catastrófico” sobre seus cidadãos.

Através da agência nacional de notícias do Norte, um pronunciamento oficial assegura que a torre “não serviria para propósitos religiosos, mas seriam apenas tentativas exasperadas de elevar tensões na fronteira e provocar conflitos armados”. O governo avisou que assim que ela for iluminada, irá lançar projéteis e explosivos.

Essa não é a primeira árvore. Uma maior, com 20 metros, foi construída na década de 1970. Por muitos anos não teve permissão de ser acesa. Acabou sendo desmontada dois meses atrás, quando foram comprovados problemas estruturais. Os dois países vivem um período constante de tensão militar na fronteira. 

Com informações de Wall Street Journal

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