quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Era o que faltava!


Começo pedindo perdão pelo atraso. Prometi escrever sobre o assunto em janeiro, mas só hoje consegui uma folga para fazê-lo.

O conhecido parlamentar Jean Willys foi o pivô de uma cena patética ocorrida em Brasília, no dia 22 de janeiro último. Por denúncia dele, além de várias outras ingerências suas, o Ministério Público Federal interrompeu um seminário ministrado pelo pastor e escritor Claudemiro Ferreira. Autor do livro Homossexualidade Masculina: Escolha ou Destino?, o ministro evangélico era o principal preletor do Seminário “Homossexualismo: Ajudando, biblicamente, a prevenir e tratar aqueles que desejam voltar ao padrão de Deus para sua sexualidade”.

Valendo-se de sua notoriedade como parlamentar, o Deputado Jean Willys mobilizou várias autoridades e convenceu os ocupadíssimos coordenadores do Ministério Público Federal de que uma sessão de curandeirismo e charlatanismo estava em andamento no referido evento. Agentes do MPF foram, então, destacados para ir ao local do seminário e interromperam o evento de cunho total e explicitamente religioso.

Depois, ao averiguarem o conteúdo da conferência, o próprio Ministério Público Federal apressou-se a divulgar que nada havia de ilegal no evento nem que justificasse a interrupção abrupta do seminário, arquivando imediatamente a denúncia do deputado e militante gay

O que me chama a atenção, antes de mais nada, é o fato de que uma instituição do quilate do Ministério Público ter se prestado ao papel de invadir e interromper uma reunião claramente religiosa, em absurdo e franco desrespeito aos Diplomas Legais que regem nossa nação, dos quais, diga-se não de passagem, o Ministério Público é (ou deveria ser) guardião. O que aconteceu no Distrito Federal no mês passado é injustificável sob qualquer ângulo, a não ser que admitamos haver uma caça generalizada aos evangélicos, sempre que o assunto homossexualidade estiver em pauta. E é exatamente isso que está ocorrendo. Quem puder, que me convença do contrário.

Acaso é proibido, agora, discordar de um comportamento? Todos nós temos, agora, de engolir a seco os que defendem o uso recreativo de entorpecentes, o direito de matar fetos indesejados e a manifestação despudorada da sexualidade? Tudo em nome da liberdade de expressão? Pois bem, essa tal liberdade é só para os que defendem essas práticas, mas NÃO VALE para quem se põe contra elas. Do contrário, como explicar o que houve em Brasília? Que o deputado gay fizesse o barulho que quisesse vá lá, está no direito dele, mas as instituições do país embarcarem de cara na onda dele do modo como aconteceu revela, no mínimo uma situação extremamente preocupante.

Ninguém é obrigado a concordar com os evangélicos em nada. A Constituição Brasileira garante esse direito. Só que os evangélicos TAMBÉM não são obrigados a concordar com os militantes gays que, aliás, não contam nem mesmo com a anuência de todos os homossexuais. Nenhum pastor ou terapeuta corre atrás de quem pratica a homossexualidade, oferecendo cura. Mas eu conheço muitos ministros do Evangelho que são procurados por gente desesperada em busca de ajuda. E não é para serem aceitos, como preconiza a militância gay, mas sim para serem transformados, exatamente como aconteceu em Corinto, nos dias do apóstolo Paulo (1Co 6.9-11).

Que o povo de Deus levante mãos santas, sem ira nem animosidade, intercedendo pelos militantes gays e pelas autoridades brasileiras, como ensinam as Escrituras Sagradas (Mt 5.44; 1Tm 2.1-3,8). Mas que de modo algum nos calemos diante da injustiça e do ministério da mentira.

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