quinta-feira, 2 de abril de 2015

"Não julgueis" se tornou clichê para censurar a verdade

Por Wesley Moreira 

O liberalismo teológico continua a se movimentar no meio cristão, buscando sempre relativizar as escrituras e mesclar a doutrina bíblica com filosofias humanas. Os discursos politicamente corretos de líderes e cristãos em evidência estão saturados de liberalismo. 

A famosa cantora evangélica, Carrie Underwood, expressou seu apoio ao casamento gay em entrevista ao jornal britânico The Independent, ao dizer que os crentes devem ser menos críticos sobre a questão. Desde que venceu o American Idol em 2005, Underwood teve uma seqüência de sucessos, incluindo sua música "Jesus Take the Wheel", que ganhou um Grammy. 

A base do argumento da popstar evangélica para apoiar o casamento gay foi, "Não cabe a mim julgar a ninguém". Carrie também confessou frequentar uma igreja gay com seu marido. Confusão é a palavra que melhor define a situação de parte da igreja no mundo, que como Carrie, é refém do clichê "não podemos julgar". Me admira o fato de que esse ensino de Jesus tenha perdido seu sentido original para ser usado como propaganda anticristã homossexual. 


Ao seguir o clichê "não julgueis" qualquer comunidade cristã será tentada a recuar de questões morais e doutrinarias, até chegar ao ponto onde não poderão distinguir o certo do errado. Primeiramente no comportamento e crença dos outros, e, finalmente, em suas próprias vidas. Goebbles foi sem duvida um gênio do mau. "A propaganda deve afetar a ação e crenças do inimigo, de maneira a confundi-los e paralisa-los." Joseph Goebbles Os ativistas anticristãos homossexuais estão usando o próprio discurso da igreja como propaganda para seu estilo de vida. 

Ao recitar 'não julgueis' eles estão alegando, usurpando a autoridade da Bíblia, que não podemos rotular qualquer comportamento ou crença como certo ou errado. Esta atitude surgiu a partir de uma compreensão defeituosa, filosófica, carnal e demoníaca da palavra 'julgar' feita pelo liberalismo teológico. 

A leitura mais básica do Novo Testamento revelará que a palavra 'krino' no grego (geralmente traduzido como 'juiz') é usada de diversas maneiras. Assim lemos na palavra que o 'Pai a ninguém julga' (João 5:22), mas (evidentemente em outro sentido), Ele realmente 'julga' (João 08:50). Cristo não veio para 'julgar' (João 8:15), mas na verdade ele 'julgou' (João 5:30; 8:16,26). Não há aqui contradições, é nossa ignorância que nos afasta da verdade. 

 Paulo diz aos da igreja de Corintios para que não 'julguem' nada, e logo depois critica-os por 'não julgar' o caso (1 Coríntios 4:5. 6:1-3). Krino (julgar) pode significar simplesmente, tomar uma decisão, ou analisar consequências (Atos 20:16; 26:8; 27:11, 1 Coríntios 2:2; 7:37., 2 Coríntios 2:1. ;. Tit 3:12). Por isso, somos encorajados a 'julgar' as situações de acordo com a Palavra de Deus e seus princípios, assim 'julgar' pode significar 'formar uma opinião' com base na interpretação correta da palavra (Jo. 7:24,. 1 Coríntios 10:15; 11:13, 2 Coríntios 5:14). Aqui está a beleza da contextualização bíblica. 

Os Judeus não faziam sua leitura da Bíblia como a um exercício intelectual, mas como uma adoração devocional. Para os judeus, como Jesus, Paulo e os outros apóstolos, qualquer atividade de raciocínio, mental ou filosófica que não fosse baseada na palavra de Deus era considerada carnalidade, e sua conclusão como "julgamento carnal". 

O julgamento condenado por Jesus nas escrituras é toda a conclusão ou veredicto, a respeito de qualquer assunto ou pessoa, que não tenha como base a palavra de Deus. Portanto, julgar ou formar opinião sobre qualquer outra base, senão a Bíblia, é 'julgar segundo a carne', e isso é errado (Lucas 12:57, João 8:15). Julgar com justiça é ser dirigido pela palavra. 

Figuradamente seria exatamente isso que, teoricamente, os Juízes deveriam fazer a respeito da constituição, não julgar segundo lhes parecer bem, mas segundo diz a lei. Julgar corretamente faz parte da nossa base de aceitação com o Senhor Jesus. Replicou-lhe Jesus: Julgaste bem. Lucas 7:43 Com esse entendimento de 'julgar', é inevitável que temos de aplicar nosso 'julgamento' a outras pessoas, especialmente dentro da igreja. 

A decisão de batizar Lydia para a comunhão do corpo envolveu o "julgar" de sua "fidelidade". Se haveis julgado que eu sou fiel ao Senhor, entrai em minha casa, e ficai ali. E nos constrangeu a isso. (Atos 16:15) Se não podemos julgar, em qualquer sentido, seria impossível fazer qualquer decisão na igreja e na vida. Não poderiamos escolher o melhor candidato ao emprego, escolher com quem andamos, decidir com que devamos nos casar, e não poderíamos decidir realmente coisa alguma, pois julgar é tomar decisão. 

Tiago foi confrontado com o problema de decidir se a consciência de alguns irmãos judeus deveriam ser impostas sobre os gentios convertidos. Ele argumentou a partir dos princípios bíblicos e deu a sua "sentença" (krino grego), seu julgamento foi que eles não precisavam ser circuncidados (Atos 15:19). 

Os anciãos da igreja de Jerusalém "ordenaram" (krino), ou seja eles 'julgaram', que deviam haver algumas regras para as igrejas dos gentios (Atos 16:14; 21:25). É evidente de tudo isto que não há nada de errado com o fato de "julgar" os nossos irmãos no sentido de formar uma opinião sobre seu comportamento ou doutrina, baseado nas escrituras. 

A igreja de Corinto caiu no mesmo erro 'politicamente correto' de deixar de julgar o próximo segundo a palavra. Se justificavam em não lidar com o caso do incesto irmão com a desculpa de que 'Não podemos julgar nosso irmão'. Paulo respondeu dizendo: 'Se vocês fossem espiritualmente maduros, perceberiam que é uma vergonha para vocês viverem sem julgar as coisas morais". 

No mesmo contexto, Paulo repreende os irmãos por não retirarem a comunhão do irmão incestuoso, e lhes diz que seu 'julgamento' é "que o irmão deve ser expulso" (1 Coríntios 5:3). Paulo disse que disputas dentro da igreja deveriam ser julgados pelos irmãos em vez de resolvidas no judiciário do mundo, justamente por causa da excelência do julgamento à luz da palavra da verdade. (1 Coríntios. 6:1-3). "Não julgueis, para que não sejais julgados" Mateus 7:1 O texto acima implica em qualquer julgamento fora dos princípios das escrituras. 

Um exemplo disso está em João 5:45. Entenda pelo contexto que os judeus comumente se referiam aos cinco primeiros livros da bíblia por 'Moises', o nome do autor. Por isso Jesus disse, não vos 'acuso', Moisés, se referindo ao Pentateuco, é quem vos acusa. Jesus não precisava acusar quem já era acusado pela palavra. 

 Minha conclusão, segundo está nas escrituras, é que não devemos tecer julgamentos a partir de nossa analise intelectual ou impressões aparentes. Mas devemos sim, aceitar, repetir, proclamar, declarar todo julgamento que Deus já fez na escrituras. Deus já julgou o homossexualismo e o condenou como pecado a ser punido no Último Dia. Está escrito, e é verdade! 

Qualquer conclusão, filosófica, intelectual e politicamente correta que discorde das escrituras é carnal, animal e diabólica. 

http://pulpitocristao.blogspot.com/

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