sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Entre o Vale e a Vitória


Após a formidável vitória sobre Jericó, Israel segue adiante na conquista por territórios. A próxima disputa será contra a cidade de Ai, na terra de Canaã distante três quilômetros de Betel. Josué achou que seria uma vitória muito fácil, seu exército, possuía mais de 30 mil homens, mas menosprezando o inimigo, apenas três mil são convocados para batalhar na tomada de Ai. 

Certo de que Deus era com ele, o líder israelita, não O consulta nem toma conselhos sobre o evento. O resultado é desastroso. Morte e fuga diante dos inimigos. Sem entender o motivo da vergonha Josué se prostra diante de Deus a perguntar: Por que nos abandonaste? Por que nos deixaste perder?

O Deus das Muitas Chances

Israel perdeu porque havia maldição entre o povo. O roubo praticado por Acã impediu o agir de Deus. Era necessário haver uma consagração da nação para que novamente revivessem o tempo áureo de Jericó. Os culpados foram punidos e desaraigados da congregação, então puderam prosseguir no propósito de Deus em alcançar a promessa de herdar a terra prometida.

O mais maravilhoso de tudo isto, é que para cada tristeza que acontece com os servos de Deus, Ele suscita alegrias. O riso toma o lugar das cinzas. Porque ao Senhor não é agradável ter o justo como derrotado. Assim, é dada a ordem para que o exército tome posição para vencer a cidade de Ai. Trinta mil homens armam ciladas deixando os inimigos impossibilitados de vitória. Mais uma vez, o arraial dos Israelitas se transforma em festa de louvor e gratidão a Deus.

Os Exaltados Serão Humilhados

O quanto essa história nos ensina? Quantas vezes nós, confiados em experiências anteriores agimos sem consultar Deus? Menosprezamos o inimigo e baixamos a guarda? Sequer nos armamos para enfrentá-los? E depois, quando dá tudo errado culpamos a Deus: Por que Senhor? Por quê?

Pecados não confessados, ausência de oração e auto-suficiência podem resultar em vergonha para nós. O Salmo 116:5 diz: "Piedoso é o Senhor e justo; o nosso Deus tem misericórdia”. Ele está sempre disposto a nos abençoar, por este motivo, nunca, jamais devemos desistir de lutar. Deus é o que dá ânimo, força e direção para conquistar as “cidades perdidas de Ai”.

Havia Um Vale

“E aproximaram-se e chegaram defronte da cidade; e alojaram-se do lado norte de Ai, e havia um vale entre eles e Aí” Js 8:11. A conquista era certa, porém havia uma distância a ser obedecida, respeitada. Israel tinha que atravessar aquele vale para enfim conquistar todo o território.

Não existe conquista sem luta. Após cada vale atravessado em nossas vidas, existe uma “cidade de Ai” a ser conquistada. Com Deus, os vales servem de ponte: “Só Deus é a minha Rocha e salvação; é a minha defesa; não serei abalado” Sl 62:6.

A Restituição

A primeira batalha sobre Ai foi perdida porque Acã havia roubado uma capa babilônica, duzentos ciclos de prata e também ouro. Seu ato demonstrou, entre outras coisas, falta de fé na provisão divina. Acã amou ao mundo mais do que a Deus: “Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo” I Jo 2:16. Deus tinha muito mais para dar a Acã, mas ele se precipitou e resolveu agir à sua maneira.

Muitas vezes, o diabo nos oferta coisas que parecem grandes e agradáveis, mas não o são. É melhor esperar com confiança em Deus do que estender as mãos para segurar “as lentilhas”. O desejo de poder e de riqueza gera este tipo de pecado.

“Bom é o Senhor para os que esperam por Ele, para a alma que o busca. Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do Senhor” Lm 3:26. Por isso, se existe uma promessa para sua vida, o melhor é aguardar no Senhor. Ele é fiel para cumprir a seu tempo, à Sua maneira.

“Os Israelitas tomaram para si o gado e os despojos da cidade, conforme a palavra do Senhor que tinha ordenado a Josué” Js 8:27.

E Acã já não estava mais lá para se fartar das riquezas, porque foi desobediente e ganancioso. Deus não deixou faltar provisão para o seu povo. E se nós somos filhos, também não faltará para nós: “Bendito seja o Senhor, que de dia em dia nos carrega de benefícios; o Deus que é a nossa salvação” Sl 68:20.


O Conforto

“Então Josué edificou um altar ao Senhor Deus de Israel, no Monte Ebal” Js 8:30

Monte Ebal era conhecido como “O Monte das Maldições”, porque do seu alto foram pronunciadas por Moisés as maldições Dt 27. Atualmente ele se denomina Monte Nablus. Está separado do Gerizim ou “Monte das bênçãos”, onde foram proferidas as bênçãos Dt 28, por um vale.Vê, como aqui também pode se fazer uso da analogia Bíblica? Existe um vale entre a benção e a maldição. Está posto em Israel como monumento.

Josué edificou um altar a Deus, no mesmo monte onde foram proferidas as maldições. Ali, em um culto solene, a nação renovou os votos com o Senhor, rendendo-Lhe graças e louvores. Não existe maldição tão grande que não possa ser vencida. Não existe lugar definitivo de miséria.  No monte das maldições, Israel cantou vitória, zombou daqueles que zombavam deles. É assim que Deus faz. Quebra o jugo, despedaça cadeias. Conforta os aflitos.

“E há de suceder, ó casa de Judá e casa de Israel, que assim como fostes uma maldição, entre os gentios, assim vos salvarei, e sereis uma benção; não temais, esforcem-se as vossas mãos” Zc 8:13.

Que o Deus de toda graça nos conceda ânimo e sabedoria para vencermos batalhas. Que possamos prosseguir confiantes de que Ele é fiel e bom para nos guardar.

Em Cristo.

|  Autor: Wilma Rejane  |  Divulgação: estudosgospel.Com.BR

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