segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Sim, negros e gays também podem ser assassinos. Não, eles não matam porque são “vítimas”



Atenção: o que segue abaixo é a obviedade ululante, algo como dizer que 2 + 2 = 4, mas que, no mundo moderninho, soa como um absurdo, como uma afronta, como algo que fere a sensibilidade do politicamente correto. 

Lá vai: negros e gays também podem ser assassinos! Sim, há assassinos brancos, negros, altos, baixos, magros, gordos, gays, heterossexuais, de esquerda, de direita, cristãos, ateus e muçulmanos. Indivíduos matam. Não classes sociais, ou abstrações coletivas. Tampouco armas.


Após constatar essa obviedade, falemos do caso que chocou os Estados Unidos ontem. Uma repórter e o cinegrafista foram mortos ao vivo por um ex-colega da emissora americana WDBJ7, afiliada da rede CBS. 

A repórter Alison Parker, de 24 anos, e o cinegrafista Adam Ward, 27, foram surpreendidos por um homem armado que os matou e fugiu em seguida. Ele gravou o assassinato que cometeu:


A justificativa do assassino, que era negro e gay (minoria em dose dupla), foi a de que se tratou de uma reação ao massacre de Charleston. Mas o chefe do repórter que matou a tiros nesta quarta-feira os dois ex-colegas disse para ele ir procurar tratamento médico, segundo o jornal The Guardian. A informação consta em relatórios internos da WDBJ7, emissora em que Vester Lee Flanagan trabalhou durante cerca de um ano entre 2012 e 2013.

De acordo com os documentos, Flanagan foi repreendido por ter se dirigido a uma colega utilizando “linguagem dura” e “linguagem corporal agressiva” enquanto trabalhava como repórter. “Em três ocasiões distintas no mês passado ele se comportou de uma maneira que fez com que seus colegas se sentissem ameaçados ou desconfortáveis”, escreveu Dan Dennison, que na época era chefe de reportagem da WDBJ7.

Diante desse lamentável e terrível episódio, temos duas opções: a primeira é constatar que existem malucos de todo tipo, que usam ideologias como desculpa para praticar atos bárbaros; a outra é adotar a forma binária de enxergar o mundo, e já que o assassino era negro e gay, colocá-lo na categoria das “vítimas”, já que as “minorias” são sempre vítimas, por definição (ideológica). Pode-se culpar a arma também, e desviar o foco para fazer campanha de desarmamento. Fim de papo.

Estou terminando um livro interessante, End of Discussion, que mostra justamente como a turma do politicamente correto, em ampla maioria de esquerda, vem inviabilizando qualquer debate sério no mundo, por adotar estratégias como essa descrita acima. 

O duplo padrão é evidente. Se alguém mata em nome de alguma causa atribuída à direita, por exemplo, a cobertura da imprensa é incansável e sua ideologia será mencionada a cada instante, mesmo que o crime não tenha relação direta com sua ideologia. Se o assassino tem viés de esquerda, esse “detalhe” passa a ser ignorado, mesmo que seja a razão oferecida para o crime.

Os autores do livro mostram inúmeros casos assim, ou até piores, como quando de um lado há agressão efetiva e a imprensa joga para baixo do tapete, pois o agressor era de esquerda, e do outro lado sequer houve agressão, mas o linguajar já é suficiente para pintar uma direita “raivosa” que “incita a violência”. O que esse pessoal vai falar do repórter assassino? Que ele era uma vítima? Que a retórica da direita fomenta a violência?

O homem era gay e negro, e justificou seu crime hediondo, covarde, usando a cartada racial ideológica das “minorias oprimidas”. Como a esquerda vai fugir dessa? Se fosse o contrário, ela já estaria vociferando contra toda a direita, alegando que sua postura dissemina o ódio e coisa e tal. E agora? Vai assumir que a própria narrativa de “vítima oprimida” pode produzir monstros, “justiceiros” que saem matando inocentes por aí para “vingar” as “minorias”? Um peso, duas medidas. Como sempre.

O que os coletivistas que falam em nome das “minorias” nunca levam em conta é que indivíduos praticam crimes, não coletividades. E como eles só enxergam coletivos, ignoram todos os casos quando não se encaixam em suas narrativas. 

Por exemplo: a imensa maioria de assassinos de negros nos Estados Unidos é formada por… negros! Como adaptar esse fato ao discurso de branco malvado e negro vítima? 

Vejam esse cidadão Edward Watson, ele mesmo negro, que interrompe a coletiva de imprensa da prefeita de Rochester para deixar o seu recado destoante da visão “progressista”:



A demagogia das “minorias” já cansou. 

A “revolução dos oprimidos” acabou levando a uma mentalidade que tudo desculpa quando o marginal pertence às “minorias”, e adota um duplo padrão de moralidade para sempre encontrar um jeito de condenar o homem branco ocidental cristão, o maior vilão da humanidade!

Rodrigo Constantino

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