terça-feira, 22 de setembro de 2015

Inventar “onda fascista” é o passatempo predileto das esquerdas: não caia nessa!


Quando você não tem razão, quando sua bandeira histórica está manchada de sangue, quando todo tipo de imoralidade se converteu em método para atingir seus objetivos e isso se torna patente a alguns dos olhos mais desavisados, o que resta fazer?

Em sendo essa a rotina das esquerdas, o que lhes resta é recorrer à criação de um inimigo imaginário, de uma suposta onda fascistóide de “extrema direita” que estaria semeando intolerância e violência pela sociedade, e que precisaria ser combatida pela “conscientização” em favor do “governo popular” e “democrático” – uma salvaguarda para propostas de criminalização moral do adversário que, pelo simples fato de professar convicções políticas liberais ou conservadoras, é associado a esse suposto inimigo imaginário.

Nada disso é novidade. De acordo com as esquerdas, a miscigenada e plural sociedade brasileira está dividida em basicamente dois lados: os “oprimidos” (gays, pobres, negros, nordestinos) e defensores de oprimidos, de um, e os “opressores” (brancos, cristãos e/ou moradores da Zona Sul), de outro.

O primeiro lado é imaculado e heroico, o segundo é invariavelmente racista e preconceituoso, fascista e assassino. Quando um gay, um pobre, um negro ou um nordestino não concorda com essa narrativa e se opõe às suas teses, trata-se de uma anomalia, que se deixou iludir pela cantilena ideológica da Veja ou da Rede Globo (sic).

Quando o “defensor de oprimidos” é, ele próprio, uma sumidade acadêmica sustentada pelo governo e que vive em cruzeiros internacionais, então dá-se uma anomalia diferente, positiva; a criatura se sente uma espécie de Sidarta Gautama que se compadece da dor dos fracos, embora na verdade dê todo o suporte ao sistema que os conserva na miséria – e claro, sem aquela parte chata e aborrecida em que o Buda renuncia aos prazeres da nobreza, que hoje, em nível muito superior, são proporcionados pelo progresso do capitalismo.

Dois exemplos de tentativas de fortalecer essa narrativa e fabricar um inimigo terrível para esconder a própria sujeira foram destaque recente. Um deles foi a imagem de um panfleto de uma suposta organização racista brasileira, inspirada na Ku Klux Klan, que foi colado no centro de Niterói.

A imagem repercutiu em diversos veículos jornalísticos e em páginas de esquerda, com dizeres ridículos. “Comunista, gay, judeu, muçulmano, negro, antifa (sic), traficante, pedófilo, anarquista, estamos de olho em você”.

Outro papel dizia, com um português bastante sofrível: “nós vamos caçar qualquer um que desejo (sic) nosso país e seus cidadãos mal. Temos operado nas sombras mais do que vocês, então não subestime o que você não entende. Gostaríamos de sugerir que todos os irmãos brancos se unissem contra o inimigo comum.” E bla bla bla. Poupo o leitor de mais detalhes. Alguns esquerdistas promoveram a versão de que a “direita” se omitiria e deixaria passar o incidente, mostrando conivência. Bobagem, mas vamos dedicar então algumas palavras a essa estupidez.

Não negarei a existência, no mundo, de extremistas lunáticos e xenófobos. Nem mesmo negarei que um ou outro clã de retardados possa existir no Brasil.

Já houve casos de malucos presos no Brasil portando suásticas, e até o icônico episódio televisivo dos anos 80 em que aparece um negro nazista dizendo que quem critica o genocida do Hitler é “mal-informado” (se você não viu isso ainda, não deixe de conferir esse clássico “viralizado” na Internet).


No entanto, é muito claro que são situações de exceção. Não têm nenhuma representatividade no corpo social. O discurso reducionista de limitar a oposição brasileira a esses grupos microscópicos de malucos psicopatas, supondo que eles sejam algo de realmente sério e epidêmico, é nada menos que repulsivo.

Panfletos, de qualquer maneira, são evidências muito frágeis da existência de alguma coisa, sobretudo em um momento em que as ilusões plantadas pelo governo de esquerda no poder e por suas linhas auxiliares não assumidas desmontam a olhos vistos e fica muito conveniente encontrar filhotes de Hitler para desviar as atenções.

O Instituto Liberal de São Paulo destacou em sua fan page no Facebook que ainda se pode ver um grande filete de cola fresca escorrendo por baixo do panfleto na imagem divulgada nas redes sociais por Rodrigo Mondego, da comissão de Direitos Humanos da OAB (sugestivo, não?) – em postagem em que ele comenta, aliás, que “a ultradireita, o nazismo e o fascismo estão crescendo de maneira vertiginosa no Brasil”, graças ao “discurso de ódio” pregado por páginas e perfis de oposição (sic). Bem provável, pois, que quem colou e quem tirou a foto sejam a mesma pessoa.

Tire suas próprias conclusões. Agora a culpa por essa babaquice é dos sociais democratas do PSDB, que inclusive, esquerdistas que são, embora pintados como “extrema direita”, defendem, muitos deles, todo esse discurso de proteção de minorias e até cotas raciais? É do Bolsonaro, do Malafaia, do Movimento Brasil Livre, do Olavo de Carvalho, do IL? É de quem mais? 

Até quando a esquerda vai ficar responsabilizando terceiros e desprezando a responsabilidade individual? Esse tipo de coletivização de responsabilidades já não cola mais entre quem tenha boa vontade e senso de valores.

O mesmo tentaram fazer também, e ainda tentam, em relação à crescente violência no país, em específico diante da onda de arrastões no Rio de Janeiro. Contida por ordens superiores, a polícia se deteve. Houve reação de “justiceiros” – nada que possamos aplaudir, mas que podemos entender, diante da tensão no ir-e-vir a que o cidadão se vê submetido todos os dias.

Como sempre responsabilizando a “sociedade opressora” e os “neoliberais conservadores e racistas da Zona Sul” pelas misérias do país, ignorando convenientemente o histórico estatizante e de governos de esquerda com que convivemos tanto no âmbito federal quanto em nosso estado, esquerdistas aos montes se manifestaram dizendo bobagens. Trazemos um exemplo que nos chamou a atenção.

Em artigo no Portal Fórum, a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Ivana Bentes, fez, como de praxe, uma exaltação explícita ao banditismo como método revolucionário. Segundo ela, “os meninos reagem, são pura potência e energia, não aceitam mais o racismo da polícia e de alguns moradores e comerciantes da Zona Sul”. Coitadinhos! Para variar, o grande opressor é a vítima, e não quem a agride.

Na cabeça da secretária, “se tem roubos pontuais, a maior parte das olas juvenis são um fenômeno coletivo das galeras que se juntam, se autoprotegem e “tocam o terror” com uma violência simbólica que responde a uma violência real”.

Arrastões se transformaram em “violência simbólica”. Acredito que a ilustre senhora em questão não tenha tido suas carteiras “simbolicamente” furtadas – mas se tivesse, muito provavelmente a “Sidarta Gautama” de ocasião, entrevistada sobre o caso, culparia “os outros brancos” pelo ocorrido.

Vivemos em um país governado por covardes que semeiam o ódio e não se envergonham de jogar o seu estrume nas costas dos outros. Não acredite em “intelectuais” e “intérpretes superiores” da realidade que tentam limpar a sujeira moral dos “infames reacionários”.

Estes últimos não são os monstros que se quer pintar; no fim das contas, são apenas a gente comum, que não passa o tempo bolando esquemas fantasiosos para salvar o mundo das forças do mal, e sim ganhando o pão de cada dia com o suor do rosto, e veem regimes nefastos como o lulopetismo fazerem seus recursos escorrerem pelos dedos.

Você não é fascista por discordar do governo. Não se permita estigmatizar e constranger por esse terrorismo barato.

Phonte: Instituto Liberal

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