quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

O Maior de Todos os Presentes



Robert M. Stahler

Ainda não posso acreditar que dormi demais e perdi a hora na manhã do Dia de Natal. Não acredito que uma criança de oito anos de idade seria capaz de dormir demais na manhã de Natal. Vi meu pai sentado perto da árvore de Natal, com os olhos brilhantes por causa da expectativa. Desci correndo os degraus e vi o presente pela primeira vez. 

Era o melhor presente de Natal que eu já havia ganhado – um caminhão de bombeiros com uma escada de um metro de comprimento, que ia para baixo e para cima. Até hoje, não creio
que alguma criança tenha tido mais prazer por ganhar um caminhão de bombeiros como aquele do que eu.

A história do Natal trata de um presente, mas um presente muito mais importante e duradouro do que qualquer coisa que se possa encontrar debaixo da árvore de Natal. É a história do maior presente que já foi dado à humanidade. Com base em Seu imenso amor, Deus deu ao mundo um Salvador há mais de 2.000 anos. O Natal é a celebração da vinda de Jesus, o Messias, à Terra. Ele veio a um mundo escuro e pecaminoso “como a luz que brilha nas trevas” (Jo 1.5).

Seu nascimento em Belém foi predito pelo profeta Miquéias 700 anos antes (Mq 5.2). Belém, de fato, data de muito tempo antes disso na história judaica. Foi ali que o patriarca Jacó sepultou sua esposa Raquel (Gn 35.19). Ali foi a cidade de Noemi, citada no livro de Rute (Rt 1.19), e ali Davi foi ungido rei sobre todo o Israel (1Sm 16.4-13).

Nos dias de Jesus, Belém era um pequeno vilarejo cerca de 8 quilômetros ao sul de Jerusalém. A palavra hebraica para Belém significa “casa do pão”. O mundo recebeu seu maior presente quando Jesus, “o pão da vida” (Jo 6.35) nasceu na “casa do pão”.

O relato do nascimento de Jesus é encontrado no Evangelho de Lucas:

“Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se. Este, o primeiro recenseamento, foi feito quando Quirino era governador da Síria. Todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade. José também subiu da Galiléia, da cidade de Nazaré, para a Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém, por ser ele da casa e família de Davi, a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias” (Lc 2.1-6).



Aqueles foram dias difíceis em Israel. Sob a pesada opressão do governo romano, os cidadãos judeus estavam pagando impostos cada vez mais altos para apoiar os exércitos, as estradas e os projetos de construção do Império Romano. Certamente que, quando José e Maria fizeram a árdua caminhada de cerca de 150 quilômetros, eles viram grupos de soldados romanos ao longo do caminho que lhes fizeram lembrar da ocupação de seu país.

Incapazes de obter alojamento na pequena cidade, que estava lotada de visitantes devido ao recenseamento, eles encontraram refúgio em um humilde estábulo onde Maria deu à luz o herdeiro do trono de Davi. Eles lhe deram o nome de Jesus, como o anjo lhes havia dito enquanto ainda estavam em Nazaré: “E lhe porás o nome de Jesus [em hebraico, Yeshua], porque ele salvará [em hebraico, yoshea] o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.21).

Maria colocou seu filho recém-nascido em uma manjedoura (Lc 2.7), a qual provavelmente era um cocho para alimentos dos animais. Aquele que alimentaria as multidões, foi colocado em um lugar usado para alimentar animais.

Nas vastas trevas das colinas que cercavam Belém, os pastores em um campo próximo estavam guardando suas ovelhas. Subitamente, os céus ficaram iluminados. Depois de 400 anos de silêncio, Deus falou ao Seu povo naquela noite, usando um anjo para proclamar o nascimento do Salvador: “É que hoje vos nasceu na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11).

A luz aumentou à medida que o anjo se reuniu a uma miríade de anjos que estavam adorando a Deus. Os pastores se apressaram na ida para Belém, onde encontraram a Criança e Seus pais, exatamente como lhes havia sido dito. Eles saíram anunciando as boas-novas de que o Messias havia nascido.

Deus também estava trabalhando fora da terra de Israel. Ele colocou uma estrela especial no céu, que guiava as pessoas ao Seu Filho:

“Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do Rei Herodes, eis que vieram uns magos do oriente a Jerusalém. E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente, e viemos para adorá-lo” (Mt 2.1-2).

Herodes não nasceu “rei”. Ele havia sido designado rei da Judéia por Roma, e governava sobre o povo judeu. Ele sentiu-se ameaçado pela revelação dos sábios. Conhecido por ser um diplomata sutil e talentoso, bem como por ser completamente tresloucado, Herodes perguntou aos estudiosos das Escrituras hebraicas onde o Messias haveria de nascer. Quando soube que seria em Belém, disfarçadamente disse aos sábios para encontrarem a Criança e: “quando a tiverdes encontrado, avisai-me para eu também ir adorá-lo” (v.8).



A estrela os levou à Criança. Mas, em obediência a uma revelação vinda de Deus através de um sonho, os sábios tomaram uma rota diferente e voltaram para casa, evitando Herodes. Em um acesso de raiva, este ordenou que todos os meninos de dois anos para baixo em Belém fossem mortos. 

Sem que Herodes soubesse, Deus avisou a José que fugisse para o Egito, onde Jesus estaria a salvo do tirano. Depois que Herodes morreu, José, Maria e Jesus voltaram para Israel. Deus havia protegido Seu Filho, por meio de quem Ele planejava abençoar o mundo.

A história do Natal é um relato sobre o notável amor de Deus pela humanidade. Em amor, Ele trouxe José e Maria exatamente ao lugar certo, exatamente no momento certo. Em amor, Ele proporcionou exatamente o lugar certo para Jesus nascer; e, em amor, Ele preservou a vida de Jesus.

Em amor, Ele também revelou o nascimento aos pastores e aos homens sábios e proclamou Seu amor por meio dos anjos. Em Seu amor pela humanidade, Deus tem preservado a história do nascimento do Messias por mais de 2.000 anos. E, em amor, Ele dá o presente [ou o dom] da vida eterna a todo aquele que se arrepende de seus pecados, deixa de confiar nas boas obras e vem a Jesus para pedir perdão: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora” (Jo 6.37).

Disse Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24).

Ano após ano, meus pais me davam muitos presentes. O caminhão de bombeiros foi o brinquedo que lembro ter ganho quando ainda era muito pequeno. Finalmente, ele perdeu seu atrativo. A pintura ficou desbotada, e a escada já não subia e descia mais. Um dia, ele foi jogado fora.

Nada jamais diminuirá o glorioso dom que Deus deu à humanidade em Jesus Cristo. Um dia, o Bebê nascido em uma manjedoura retornará à Terra. Mas, nessa ocasião, Ele será o Rei dos reis e o Senhor dos senhores – o Messias de Israel, que reina e governa. Todo joelho se dobrará e toda língua confessará “que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai” (Fp 2.11). (Robert M. Stahler — Israel My Glory — Chamada.com.br)

Robert M. Stahler é o pastor da Great Comission Baptist Church em Cape May Courthouse, Nova Jersey (EUA).

Fonte: A Chamada

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