terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Uma viagem ao passado



Por Arthur Chagas Diniz

Acabei de assistir a uma entrevista concedida por Armínio Fraga à jornalista Miriam Leitão. O entrevistado impressionou tanto pela qualidade das respostas quanto pela modéstia com que as enunciava. Tanto a entrevistadora quanto o entrevistado evidenciaram suas mais marcantes características. Ela, a acuidade das perguntas; ele, a clareza e a objetividade marcadas nas respostas pelo domínio da síntese.

Não tenho o prazer de conhecer pessoalmente Armínio, por um acaso da vida. Fui paciente
de seu pai, o médico Sílvio Fraga, falecido precocemente. Trabalhava, então, com o banqueiro Walter Moreira Salles.

Sílvio Fraga via grande afinidade entre o que eu pensava do Estado, do governo e de suas funções com o que pensava o então muito jovem economista Armínio.

Na entrevista a que me refiro neste pequeno artigo, Armínio deu um show de coerência e modéstia, a partir da existência de análise dos custos de um governo paquidérmico e de como isto obstaculiza o desenvolvimento do País. Paquidérmico, sim, porque, além de oscilar entre um personalismo absurdo, contrasta os resultados da gestão atual com a de um governo pelo menos mais econômico. Carente de privatizações e racionalizações, a Presidente não consegue enxergar um palmo adiante de seu nariz.

Mas gostei, especialmente, da entrevista do Armínio pela simplicidade e lógica do raciocínio. Ele não é o tipo de pessoa que um país como o Brasil possa deixar de incluir em seus quadros diretivos.

Se eu pudesse voltar no tempo, diria ao meu médico à época que Armínio é tudo o que ele pensava e muito mais.  

Fonte: Instituto Liberal

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