segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Natureza contraria supercomputadores e chuva cai em demasia no Nordeste brasileiro


Natureza contraria supercomputadores e chuva cai em demasia no Nordeste brasileiro

As projeções numéricas de todos os modelos numéricos nacionais e internacionais enfatizavam que o mês de janeiro seria de muita chuva na Região Sul e pouca umidade no Nordeste, basicamente devido ao enfático fenômeno El Niño, que tem como principal impacto no território brasileiro justamente o que foi previsto.

Só que não! Perturbações em altos níveis da coluna troposférica trouxeram mais umidade com sistemas sinóticos como o Vórtice Ciclônico em Altos Níveis (VCAN), a Alta da Bolívia (AB) e a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) e a chuva caiu com gosto no Nordeste do país nos últimos dias.

De todo o território nacional, o noroeste da Bahia, uma das áreas com menos precipitação ao longo de todo o ano, acumulou até este domingo (24), quase 700 milímetros de chuva.

Fato histórico para mais de 30 municípios baianos e outros do Maranhão e Piauí, que acumularam no período mais que o dobro da média climatológica (1961-1990) proposta para todo o mês de janeiro.

Oposto do previsto pelos modelos e sacramentado pelos meteorologistas na mídia, a chuva literalmente desapareceu da Região Sul contrariando previsões pessimistas de muita água e até enchentes ainda no final de 2015. Vários municípios do Rio Grande do Sul sequer acumularam água em janeiro.

O De Olho No Tempo Meteorologia pesquisou os maiores volumes de chuva cujo acumulado entre 01 e 23 de janeiro e em estações meteorológicas automáticas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) foi o maior de cada estado.

Vale ressaltar que outro tipo de estação, a convencional, também operada pelo Inmet, pode ter somado mais chuva do que a rede automática, mas que não entra na contagem por se tratar de outra metodologia de aferição de dados (manualmente).

AC: 279,8 mm em Cruzeiro do Sul.
AL: 144,6 mm em São Luís do Quitunde.
AM: 294,0 mm em Lábrea.
AP: 64,8 mm em Oiapoque.
BA: 660,6 mm em Santa Rita de Cássia.
CE: 203,2 mm em Tauá.
DF: 319,2 mm em Águas Emendadas.
ES: 273,8 mm em Santa Teresa.
GO: 427,6 mm em Caiapônia.
MA: 427,6 mm em Carolina.
MG:493,2 mm em Florestal.
MS: 303,6 mm em Campo Grande.
MT: 461,6 mm em Querência.
PA: 518,2 mm em Santana do Araguaia.
PB: 169,2 mm em Areia.
PE: 198,6 mm em Cabrobó.
PI: 384,2 mm em Canto do Buriti.
PR: 306,0 mm em Joaquim Távora.
RJ: 568,4 mm em Teresópolis.
RN: 197,8 mm em Mossoró.
RO: 245,8 mm em Ariquemes.
RR: 0,0 mm em Boa Vista.
RS: 103,0 mm em Cruz Alta.
SC: 248,2 mm em Rio do Campo.
SE: 176,4 mm em Itabaianinha.
SP: 459,8 mm em Votuporanga.
TO: 526,2 mm em Pedro Afonso.


Os mapas de precipitação acumulada e anomalia de precipitação gerados pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe) deixa nítido o erro que os supercomputadores tiveram diante da natureza.

Jamais haverá inteligência criada pelo homem que supere a natureza. Isso é questão de ordem natural da vida, não de tecnologia ou sabedoria. Somos um grão de areia no universo e mesmo assim nos consideramos melhores ou superiores que os outros! Sendo que o final é o mesmo para toda a espécie!

(Crédito das imagens: Reprodução/Cptec/Inpe)

(Fonte da informação: De Olho No Tempo Meteorologia)

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