quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Após vergonha moral, Claudia Leitte desiste de publicar livro bancado com Lei Rouanet



by lucianohenrique

A Lei Rouanet todos os dias nos brinda com mais uma baixeza, uma vergonha, uma dedada no traseiro do brasileiro. Uma das leis mais porcas já criadas no Brasil, a Lei Rouanet virou apenas uma forma de financiamento de campanha em prol do governo petista a partir do uso de verba estatal sob o pretexto de "financiar a cultura" - como se não tivéssemos outras prioridades a resolver com uso de verba estatal.

O tapa na cara da vez foi a aprovação, por parte do ministério da cultura, para que "a pobre coitada" Claudia Leitte captasse R$ 356 mil junto a empresas privadas, que em troca teriam renúncia fiscal, ou seja, deixariam de pagar em impostos ao estado valor equivalente a 130 mil litros de leite (ótima dica do Movimento Brasil Livre, ao ter feito a conversão para litros
de leite). É ou não é provocação demais?

Os protestos chegaram em tal escala que a fizeram recuar, como lemos no UOL:

Após ter o projeto de um livro promocional aprovado via Lei Rouanet, Claudia Leittedesistiu de utilizar o mecanismo para lançar a publicação, que seria distribuída gratuitamente no país. O "Livro Claudia Leitte", proposto pela Ciel Empreendimentos Artísticos, produtora que tem a cantora como sócia, foi autorizado pelo Ministério da Cultura a captar R$ 356 mil junto a empresas privadas.

"A Ciel repudia notícias maldosas que sugerem que Claudia Leitte se beneficia de incentivos fiscais e informa ainda que o mesmo já estava abortado —sendo assim, como o recurso não foi captado, será arquivado no MinC", divulgou a produtora, que não informou se o livro ainda será editado.

Procurada pelo UOL, a assessoria de Claudia Leitte, que inicialmente solicitou a quantia de R$ 540 mil, não se manifestou sobre o caso até a publicação deste texto. Já o MinC afirmou que soube da desistência nesta quinta (18) e que a repercussão negativa do episódio provavelmente foi um dos motivos para o recuo da cantora.

Mais cedo, o ministério divulgou uma nota afirmando que o projeto, aprovado no dia 28, tramitou regularmente em todas as fases de análise antes de obter autorização da CNIC (Comissão Nacional de Incentivo à Cultura), que é formada por representantes de artistas, empresários e membros da sociedade civil.

No comunicado, o ministério cita ainda o artigo 22 da Lei Rouanet, que sustenta que projetos enquadrados no mecanismo "não poderão ser objeto de apreciação subjetiva quanto ao seu valor artístico ou cultural". Os "critérios objetivos" utilizados incluem a natureza cultural do projeto, a qualificação do proponente e a garantia da democratização do acesso e acessibilidade.

Na proposição do projeto, a Ciel Empreendimentos Artísticos argumentava que o livro, com tiragem de 2.000 exemplares, possuía um "impacto cultural positivo" ao oferecer uma entrevista exclusiva da artista, fotos, letras e partitura de músicas. Do total, 900 livros seriam distribuídos a bibliotecas, patrocinadores e à imprensa.

Em 2013, Claudia Leitte já havia obtido autorização para captar R$ 5,8 milhões para uma turnê de 12 apresentações que rodou as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste.



E pior é que a notícia ainda tem mais pontos para nos causar ânsia de vômito, pois ela nos lembra que em 2013 Claudia já captou R$ 5,8 milhões, equivalendo a 2,1 milhões de litros de leite. Vá gostar de mamar no estado assim lá longe, hein.

Depois de tanta mamata, se o projeto fosse levado até o final seria o definitivo livro da vergonha. Assim, voltou atrás. Mas ela ainda deve se envergonhar de ter recebido tanta verba no passado, que poderia ter sido usada para um fim mais decente.

Enfim, no país do PT, sempre que achamos que nossos artistas já chegaram baixo demais, sempre aparece algo para nos surpreender, não é mesmo?

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