segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Estado Islâmico, Al-Qaeda E Irmandade Muçulmana discutem uma ‘mega-fusão” na Líbia para receber o "Mahdi"

AFP

Desde que li o documento da década de 80 sobre “O Projeto da Irmandade Muçulmana”, que eu venho observando como há um trabalho de base por parte da Irmandade Muçulmana pelo globo de buscar unir diversos grupos islâmicos diferentes no intuito de diminuir suas diferenças e otimizar as forças envolvidas num objetivo comum. 

Isso pode ser percebido em diversos pontos do globo em muitos momentos da história nesses últimos 30 anos. Esse caso é apenas mais um exemplo disso e do quão perigoso é tal movimento. 

Muitos governos e agências de inteligência estão cientes de tudo isso, mas ou estão imobilizados por questões internas como o próprio documento do Projeto sinaliza ou estão coniventes (quem sabe ambos). Enfim, com os últimos movimentos das Forças Islâmicas pelo ocidente e no oriente, acredito que estamos no limiar de acontecerem sérios e grandes conflitos. Veja um pouco sobre isso na reportagem traduzida abaixo.

TEL AVIV – Os ramos da Líbia do Estado Islâmico, Al-Qaida e da Irmandade Muçulmana estão em discussões para concluir uma “mega-fusão”,informou o jornal A Sharq al Awsat com sede em Londres.

Documentos vazados revelaram que as maiores organizações islâmicas da Líbia estão considerando uma aliança e o estabelecimento de um conselho conjunto de sábios.

O movimento prospectivo surge na sequência de relatos de um esforço internacional iminente para formar um governo de união que traria juntos inúmeros partidos e milícias da Líbia.

O jornal disse que a Irmandade Muçulmana está considerando uma Frente Islâmica, mesmo que o movimento esteja oficialmente em favor de formar um governo de unidade. No entanto, fontes dentro do movimento disseram ao jornal que o seu apoio ao esforço internacional é meramente tático, e eles estão esperando que ele entre em colapso.

As negociações entre os três grupos islâmicos começou por causa de relatos de uma aproximação entre o governo internacionalmente reconhecido com base em Tobruk e o governo não reconhecido na capital Trípoli, informou o jornal.

Os grupos desejam enviar uma mensagem para as forças coalescentes em torno de um governo de unidade que não se opõe ao Estado Islâmico apenas, mas “todos os elementos de oposição islâmicos falam em uma só voz e devem ser tratados como tal”, disse uma fonte.

De acordo com os documentos, os líderes da Irmandade Muçulmana, disseram que o regime egípcio do Presidente Abdel Fatah al-Sisi “não é apoiado pelos americanos por causa de suas estreitas relações com a Rússia. Eles mal podem esperar para vê-lo sair de cena”.

As partes concordaram em formar um conselho Shura (consultivo) e os territórios que estão atualmente sob o controle islâmico conjunto serão divididos entre eles, ecoando um acordo semelhante ao que já está em andamento em Benghazi.

O representante da Al-Qaida foi citado como dizendo que o movimento iria inspirar os islamitas, na Argélia e no Egito, para seguirem o exemplo.

Isto segue a própria reportagem exclusiva da Breitbart Jerusalém sobre os esforços de mediação entre a Irmandade Muçulmana alinhado ao Hamas em Gaza e os salafistas alinhados com o Estado Islâmico.

A Breitbart Jerusalém relatou anteriormente que Shadi al-Menai, um dos líderes do Wilayat Sinai, o ramo do Estado Islâmico no Sinai, visitou Gaza em uma tentativa de mediar entre o Hamas e os grupos salafistas locais depois que os confrontos começaram, resultando na prisão de dezenas de jihadistas por forças do Hamas.

No início deste mês, uma fonte do líder Salafi revelou que Menai mediou um acordo pelo qual o Hamas daria aos grupos de oposição salafistas de Gaza mais liberdade em troca de ajuda do Wilayat Sinai, ignorando as restrições do exército egípcio nas peças de contrabando de foguetes em Gaza.

Este não é o primeiro relato sobre o Hamas e o Estado Islâmico em cooperação no contrabando de armas.

Um estrategista do Oriente Médio acusou no mês passado de que há informações de que o Hamas vem pagando o ramo do Estado Islâmico no Sinai para contrabandear armas para Gaza. “Ao longo dos últimos dois anos, o Estado Islâmico do Sinai ajudou o Hamas a mover armas do Irã e da Líbia através da península, tendo uma parte generosa de cada embarque”, afirmou um relatório do Instituto Washington para Política do Oriente.

Apesar da aproximação entre o Hamas e Estado Islâmico do Sinai, as tensões entre a facção dominante e os grupos de oposição Salafi em Gaza são galopantes.

O Exército do Islã, um grupo salafista que aspira a tornar-se o único representante do Estado Islâmico na Palestina, recentemente lançou um vídeo amargo em que culpa o Hamas por se afastar da Lei da Sharia e cooperar com os jogadores anti-islâmicos, incluindo o Irã xiita.

Via: http://dcvcorp.com.br/

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