quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Jean Wyllys e os judeus esquerdistas

Julio Severo

Com o tema “Novos Desafios da Esquerda Brasileira e Israelense,” Jean Wyllys deu uma palestra na Federação Israelita do Rio de Janeiro em 21 de fevereiro, a convite do rabino Nilton Bonder.

Jean Wyllys dando palestra contra "homofobia" em sinagoga do Rio

Em post de Facebook, Wyllys destaca que o evento entre os judeus tratou de “homofobia, antissemitismo, islamofobia, a complexidade do conflito israelo-palestino, as múltiplas definições do termo ‘esquerda’ e até mesmo as posições do papa Francisco foram temas desse encontro de alto nível.” 

Em janeiro deste ano, o deputado homossexualista já havia visitado Israel para dar uma palestra na Universidade Hebraica de Jerusalém. Em sua palestra na universidade, ele tratou de “antissemitismo, racismo, homofobia e outras formas de ódio e preconceito e suas relações com a política contemporânea.”

O que está unindo Wyllys e os judeus? A resposta é o esquerdismo. O esquerdismo anda junto com a ideologia homossexual. E infelizmente, o esquerdismo tem andado junto com os judeus há muito tempo.

Nos EUA, por exemplo, a maioria dos judeus tem preferências políticas esquerdistas que vão contra os interesses do Estado de Israel. Em sua primeira eleição em 1980, Reagan ganhou 39% dos votos dos judeus

Em sua reeleição de 1984, ele conseguiu ganhar apenas 31%. Em comparação, o socialista Barack Obama ganhou surpreendentemente 78% dos votos dos judeus em 2008, ainda que Obama seja mais pró-islamismo e anti-Israel do que Reagan.
A maioria dos judeus americanos não votou no conservador Reagan porque eles eram esquerdistas.

Contudo, o esquerdismo entre judeus não é um problema restrito aos EUA. Em Israel, há o mesmo problema, especialmente porque o nascimento do moderno Estado de Israel foi feito por judeus marxistas

O problema também não está restrito à esquerda. O direitismo do atual primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não inclui luta contra o aborto e a agenda gay. Ele é direitista apenas no aspecto econômico e sobre questões territoriais.

Em 7 de junho de 2015, quando o governo direitista de Israel lançou sua celebração anual de Semana do Orgulho Gay, Netanyahu disse: “A luta para que todas as pessoas sejam reconhecidas como iguais diante da lei é uma luta longa, e há ainda um logo caminho para ir. À medida que a Semana do Orgulho Gay prossegue, quero dar minha bênção para a comunidade LGBT. 

Tenho orgulho que Israel está entre os países mais abertos do mundo.”
Embora a ideologia gay seja abraçada com paixão ardente pela esquerda israelense, em Israel até num governo direitista como o de Netanyahu a causa homossexual não é vista como ameaça ou inimiga dos interesses políticos israelenses. Apesar disso, direitistas do mundo inteiro veem Netanyahu como um grande direitista.

O esquerdismo faz parte integral e inseparável da vida de Israel e da maioria dos judeus dos EUA. Aliás, Israel tem uma das piores leis de aborto do mundo e é o único país com paradas gays no Oriente Médio. Tem altos impostos. Tem ideologia de gênero. Como disse o escritor judeu Joel Pollak, “Israel é o único país do mundo em que o socialismo fracassado é um sucesso.” Nesse sentido, o entrosamento entre Jean Wyllys e a comunidade judaica brasileira e israelense é compreensível.
Talvez por causa do nascimento marxista de Israel em 1948, tanto a esquerda quanto a direita israelense não têm preocupações pró-vida sobre questões como aborto e homossexualidade.
A esquerda judaica vê a ideologia de Wyllys com prazer. A direita israelense nada vê de mal em Wyllys e sua agenda.

Para aqueles que amam Israel por causa das promessas da Bíblia, tanto o esquerdismo quanto o envolvimento de Israel com ativistas gays representam um dos muitos episódios de desvio de Israel do padrão de Deus.
O seguidor de Jesus ama e defende Israel, mas não ama nem defende suas apostasias e pecados.

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