quarta-feira, 23 de março de 2016

Representantes do grupo extremista Estado Islâmico avisam: os EUA serão o próximo alvo


Nesta terça-feira, simpatizantes do grupo Estado Islâmico na Faixa de Gaza declararam aos correspondentes israelenses veículo de comunicação norte-americano Breitbart, Aaron Klein e Ali Waked, que "os militantes do ISIS na América realizarão ataques devastadores, com a ajuda de Deus" - os integrantes do movimento salafista também comemoraram o massacre realizado hoje, na Bélgica, que deixou trinta mortos e mais de duzentos feridos. 

A notícia foi disponibilizada hoje pelo portal Breitbart.

Metrô de Bruxelas: um dos locais onde ocorreram os ataques
que deixaram 30 mortos e mais de duzentos feridos
Imagem: Carl Court / Getty Images / Breitbart

Conforme o site jornalístico, a entrevista foi concedida por Abu Ayna Al-Ansari, um dos mais importantes líderes salafistas nos territórios atualmente sob controle do Estado palestino. Al-Ansari declarou que "os cruzados infiéis deverão se preparar para novos ataques". 

Ainda segundo o representante do movimento extremista, "o que aconteceu hoje em Bruxelas vai se espalhar por todos os países desses infiéis que lutam contra o califado do Estado Islâmico e que lançam bombas a partir de aviões sobre nossos irmãos. Esses ataques [contra os países ocidentais] serão a resposta natual às ações dos hereges e de seus Estados criminosos. Os mujahideen não serão derrotados e irão prosseguir com as retaliações contra os infiéis em suas nações e lares".

O representante do movimento salafista - corrente da ideologia conhecida como "totalitarismo islâmico" seguida pelo ISIS - acrescentou: "em breve, a América, que está no topo da pirâmide da heresia e do terror, irá se ver atingida por ataques sem precedentes. Nossos irmãos, incluindo aqueles que estão em território americano, irão atacar muito em breve, e com grande força". 

O veículo de comunicação dos Estados Unidos informa que esse tipo de provocação contra o governo americano e, eventualmente, contra Israel, é comum, após atentados terroristas - como ocorreu logo após o massacre de Paris - ou após situações nas quais os movimentos extremistas sofrem perdas significativas em seus territórios. 

O Estado Islâmico perdeu partes importantes de seu território na Síria, com o fortalecimento da ditadura de Bashar al-Assad e do grupo terrorista Hezbollah, apoiado pela Federação Russa. As derrotas nas regiões próximas ao Levante aconteceram apesar da expansão dos salafistas no norte da África, principalmente na Líbia, onde o mocimento controla grandes cidades tanto no leste quanto no oeste do país, assim como cerca de 150 milhas da costa.

O site jornalístico Breitbart destaca que "os apoiadores do Estado Islâmico e integrantes de outros movimentos jihadistas comemoraram o ataque de Bruxelas através de um serviço particular de mensagens eletrônicas", ao qual os repórteres do portal tiveram acesso. No sistema de mensagens, "os representantes do movimento salafista assumiram a responsabilidade pelos assassinatos cometidos na capital da Bélgica. Os soldados extremistas confessaram que 'explosivos convencionais e vestes-bomba' foram empregados no massacre".

Nas mensagens, um dos integrantes do Estado Islâmico declarou: "obrigado, Allah, por ajudar nossos irmãosmujahideen na condução desses ataques 'abençoados'. Nós juramos a Allah que os infiéis e seus aliados não estarão seguros até que estejam arrependidos por suas ações. Obrigado, Allah, por esses ataques que irão sacudir o mundo dos infiéis". Outro salafista, sob o condinome "Museer Harb" afirmou: "Allah nos prometeu vitória, e agora ela chegou. Eles não irão acabar com a determinação de nossos irmãos, Eles irão lutar contra os infiéis em suas nações e em suas casas, da mesma forma que nós lutamos na Síria".



Militantes do movimento terrorista Estado Islâmico convocam soldados a novos ataques contra o Ocidente - provocações
similares foram feitas após o massacre de Paris, no final do ano passado.
Imagem: The Clarion Project

As ações do grupo extremista na Europa podem ser vistas como uma resposta às perdas importantes que o ISIS está sofrendo na Síria, em decorrência dos ataques dos Estados Unidos, da Rússia e de seus respectivos aliados. 



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