sexta-feira, 1 de abril de 2016

Defensores do aborto alegam que é necessário usar fetos em pesquisas sobre o Zika vírus

Defensores do aborto alegam que é necessário usar fetos em pesquisas sobre o Zika vírus

Ativistas defensores do aborto nos Estados Unidos têm argumentado que as leis do país têm prejudicado as pesquisas sobre o Zika vírus ao impedir a venda de partes do corpo de bebês abortados.

Uma dos maiores defensoras da questão tem sido a clínica de aborto Planned Parenthood, a qual em julho do ano passado teve vídeos divulgados mostrando que médicos estava comercializando partes de fetos, ato ilegal no país.

A situação do crescente aumento dos casos de Zika vírus na América do Sul já foi declarada pela Organização Mundial de Saúde como uma emergência de saúde pública internacional. 


A relação entre o vírus e a microcefalia (doença neurológica em que o cérebro da criança é menor do que o tamanho normal) ainda está sendo estudada, mas no Brasil, do total de casos de microcefalia confirmados, 130 tiveram resultado positivo para o Zika vírus, segundo o Ministério da Saúde. 

Os Estados Unidos não sofrem com a contaminação do mosquito, mas o país tem lidado com casos de cidadãos que contraíram a doença enquanto viajavam para regiões infectadas. O Centro de Controle de Doenças já confirmou 116 norte-americanos que tiveram Zika até o fim de fevereiro, dentre eles nove mulheres grávidas, com uma delas dando à luz a um bebê com microcefalia.

O jornalista Brett Norman, em sua coluna na revista Politico lançada neste domingo (27), culpou os líderes de movimento pró-vida por prejudicar as pesquisas sobre a relação do Zika vírus com a microcefalia e sobre o desenvolvimento de uma vacina. 
Segundo Norman, os ativistas estão atrapalhando o desenvolvimento das pesquisas ao bloquear o caminho para a legalização de vendas de partes do corpo de bebês abortados.

Nos últimos meses legisladores de vários estados norte-americanos, como Winconsin, Arizona, Iowa, Ohia, Indiana e Flórida, têm usado a legislação para condenar os atos da Planned Parenthood. A lei federal tecnicamente proíbe a venda de partes do corpo de bebês abortados, mas ao mesmo tempo abre brecha para que em alguns casos o processo seja possível. Por esse motivo, deputados nos Estados Unidos lutam para fechar essa brecha e tornar a lei infalível.

Ativistas defensores do aborto têm criticado a legislação, com o argumento de que proibir a venda de fetos impede o progressos das pesquisas. O jornalista Brett Norman afirmou que “as partes dos corpos de bebês podem ser as chaves para desvendar o mistério da Zika e para prevenir os defeitos de nascença que talvez tenha relação com a doença”.

No entanto, tanto o jornalista quanto ativistas e pesquisadores que expressam o mesmo ponto de vista, ignoram outras pesquisas médicas que afirmam que o tecido fetal não é necessário para a pesquisa científica, e muito menos ético. 

De acordo com o The Washington Post, pesquisadores já usaram células-tronco de adultos para entender o efeito do Zika vírus no cérebro de fetos. Outros relatórios também indicam que os testes de primeiro nível com seres humanos para o desenvolvimento de uma vacina contra Dengue têm sido um sucesso, e nenhuma destas pesquisas necessitou de partes do corpo de bebês.

Thomas D. Williams, colunista do site Breitbart, rebateu os argumentos de Brett Norman, levando a discussão para a questão ética envolvendo o uso de fetos para pesquisas científicas: “Historiadores reconhecem os avanços significativos na ciência médica que foram resultados de pesquisas feitas com prisioneiros do Terceiro Reich durante a Segunda Guerra Mundial. Mas nenhuma quantidade de benefícios médicos podem de forma alguma justificar as atividades imorais que foram realizadas para obtê-los”.

A Planned Parenthood parece usar o argumento da suposta necessidade do uso de fetos em pesquisas científicas como desculpa para viabilizar as atividades ilegais da própria clínica, que desde o escândalo do ano passado envolvendo médicos que vendiam partes de corpos de bebês abortados, ainda não foi responsabilizada.

Por Ana Louise

Phonte: Consciência Cristã

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