domingo, 19 de junho de 2016

EUA pressionam ONU para exigir direitos gays no mundo inteiro

Samantha Powers
Julio Severo

Depois do pior massacre a tiros da história dos EUA, o governo americano apelou na segunda-feira para que a Organização das Nações Unidas (ONU) se unisse para exigir direitos lésbicos, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT) no mundo inteiro.

Ausente na exigência americana em prol da agenda gay na ONU está o fato de que o islamismo ou terrorismo islâmico está por trás do pior massacre a tiros nos EUA.
O Conselho de Segurança da ONU, também na segunda-feira, condenou fortemente o atentado de Orlando, pela primeira vez mencionando a seleção de pessoas na base da orientação sexual, sem condenar o terrorismo islâmico.

O atentado islâmico deu ao governo dos EUA a desculpa perfeita para trabalhar ainda mais para criminalizar posturas morais e cristãs contra a conduta homossexual nas nações ocidentais e oprimir nações como a Rússia, que criminalizam a propaganda homossexual para crianças e adolescentes, mas não criminalizam a conduta homossexual e não matam homossexuais. Especificamente, o governo dos EUA nunca usou o sistema da ONU para condenar a Arábia Saudita, que proíbe a conduta homossexual e mata homossexuais.

O assassino que cometeu o assassinato em massa no domingo numa boate gay em Orlando, Florida, havia jurado lealdade ao Estado Islâmico. Seu ato de terrorismo é o ataque mais mortal em solo americano desde 11 de setembro de 2001, quando sequestradores muçulmanos sauditas treinados pela al-Qaeda explodiram aviões comerciais a jato no World Trade Center de Nova Iorque, no Pentágono e num campo na Pensilvânia, matando umas 3 mil pessoas.

Embora os EUA, sob o presidente conservador George W. Bush, tenham usado o Iraque e outras nações como distração para os atentados islâmicos sauditas, hoje a grande mídia dos EUA usa outros bodes-expiatórios, principalmente os cristãos, como distração para o atentado islâmico.

“Se nos unirmos em nossa indignação com a matança de tantos — e estamos nos unindo —, vamos igualmente nos unir em torno da premissa básica de sustentar a dignidade universal de todas as pessoas independente de quem amam, não só em torno de condenar os terroristas que as matam,” disse David Pressman, vice-embaixador dos EUA na ONU com relação à campanha homossexual dos EUA na ONU depois do ataque em Orlando.

Apesar de campanhas intensas lideradas pelos Estados Unidos, os termos “orientação sexual” e “identidade de gênero” são parte de apenas uma resolução da Assembleia Geral. Pressman se queixou sobre isso, dizendo que “há uma batalha campal sobre se é conveniente incluir orientação sexual nessa proteção.” Inclusões de “orientação sexual” e “identidade de gênero” são esforços para exigir a agenda gay na ONU, mas esses esforços recebem oposição feroz de grupos pró-família.

Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, há muito tempo defende direitos gays, mas tem enfrentado oposição da Rússia, países africanos, árabes e muçulmanos. Sob o Papa João Paulo II, o Vaticano também era uma oposição proeminente. Mas o atual papa não parece querer desempenhar um papel importante nessa oposição.

Em 2014, Ban anunciou que a ONU reconheceria todos os “casamentos” de mesmo sexo de seus funcionários. A Rússia tentou, sem êxito, derrubar essa medida no ano passado, com muitos governos apoiando a Rússia.

Em seu esforço pró-homossexualismo, Ban tem recebido apoio do “Principal Grupo LGBT,” um grupo de onze país comprometidos em realizar “ações conjuntas” para promover direitos LGBT. O “Principal Grupo LGBT,” liderado pelos EUA, é composto pela União Europeia, Israel e Brasil. (O Brasil sob a presidente marxista Dilma Rousseff era uma apoiadora leal de todas as causas de aborto e homossexualidade defendidas pelo governo de Obama na ONU.)

A embaixadora dos EUA na ONU Samantha Power e embaixadores especiais de 16 países na ONU se reuniram num bar gay histórico de Nova Iorque na quinta-feira para estimular campanhas mundiais para avançar direitos LGBT depois do atentado numa boate gay de Orlando.

Os diplomatas mais experientes, em grande parte da Europa e América Latina, se reuniram para discutir novas iniciativas para promover direitos homossexuais no mundo inteiro.

“Como local para nos reunirmos, não conseguimos pensar num lugar mais simbólico do que este depois do atentado monstruoso em Orlando,” Power disse no Bar Stonewall, considerado o berço do movimento homossexualista americano.

A embaixadora holandesa Karel van Oosterom, membro do Principal Grupo LGBT, pediu uma “ação mundial para tratar disso,” e disse que “o Principal Grupo LGBT muito ajudará nisso.”

Com o atentado terrorista islâmico numa boate gay em Orlando, os EUA estão renovando sua exigência em prol da agenda gay na ONU sem condenar o islamismo ou o terrorismo islâmico.
Com informações da Reuters e Yahoo News.

Versão em inglês deste artigo: U.S. Urges UN to Push for Global Gay Rights

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