sábado, 25 de junho de 2016

O que o atentado de Orlando tem a ver com a guerra de narrativas



Leonardo Lisboa *

Inicialmente gostaria de registrar meu luto por todos aqueles que foram brutalmente assassinados em Orlando. Acredito que nada deve justificar o injustificável. Porém, não se pode deixar esse assunto passar em branco em nome de uma paz hipócrita e ilusória.

Algo que um dos lados prega, mas nunca pratica. O valor de um homem não deve ser medido pelas sua palavras floreadas, ou pela capacidade de agradar gregos e troianos, mas sim pelas suas ações que inevitavelmente irão desagradar alguém.

Vamos aos fatos: na madrugada desse domingo aconteceu um
‘’mass shooting’’ em Orlando. Um ato de terrorismo já considerado como o maior depois dos ataques às torres gêmeas em 11 de setembro de 2001. Assim que a notícia ganhou a internet e as redes sociais, surgiram inúmeras manifestações contra o ocorrido.

Muito conveniente se pronunciar contra esse crime hediondo. Mas, quem em sã consciência seria a favor de tamanha barbaridade? Talvez, os islâmicos mais radicais, , os fanáticos que acreditam na sua cultura deve ser imposta através da violência aos demais indivíduos e a toda civilização ocidental.

Após observar as notícias de inclinação esquerdista sobre o atentado em Orlando, tenho visto algumas declarações trágicas sobre o ocorrido, o que me leva a concluir que a TV brasileira é um antro de desinformação e de doutrinação marxista na área jornalística. 

A Globo News, por exemplo, fez sua cobertura do ataque terrorista e, mais uma vez, foi parcial na prestação do seu serviço de informação. Em um dos seus programas, ela convidou um especialista em relações internacionais, cujo nome prefiro nem citar, que fez o mesmo discurso de sempre: “A culpa é das armas e não devemos culpar o islamismo”. 
Se não bastasse esse tipo de declaração do especialista, os jornalistas complementavam com outras ainda mais pueris e chegaram a citar até mesmo o número de homicídios com armas de fogo em terras americanas.

A partir do ocorrido, vamos a alguns fatos importantes sobre o atentado: a boate gay era uma ‘’gun free zone’’ – um espaço livre de armas – e a mídia brasileira prefere ignorar esse fato. O lugar preferido por esses lunáticos e terroristas, áreas em que eles sabem que a chance de serem alvejados é menor. Afirmar que restringir o acesso a armas de fogo vai diminuir o número de homicídios e a probabilidade disso acontecer é ser desonesto intelectualmente. Não devemos esquecer que um criminoso tende a não obedecer as leis, por isso, chamamos ele de criminoso!

A jornalista da Globo News ainda trouxe um dado alarmante sobre os números de mortes por armas de fogo na terra do Tio Sam. Segundo ela, mais de 11 mil pessoas foram assassinadas em um país onde existe uma arma de fogo para cada cidadão americano. Só não informaram sobre o número de mortes por armas de fogo aqui no Brasil, que supera os 50 mil homicídios. Nesse ponto, os progressistas brasileiros preferem não tocar. 

Na defesa do desarmamentismo vale tudo, vale mentir, omitir ou inventar alguma pesquisa. No Brasil temos uma lei do desarmamento que só mostra o fracasso do governo em conter o aumento da criminalidade, e o brasileiro acredita que leis são mágicas e delegam ao governo a missão de ser o Gandalf (personagem com poderes mágicos criado por J.R.R.Tolkien) e resolver todos os nosso problemas.

Agora vamos falar sobre o islamismo: já conheci amigos praticantes dessa religião e posso afirmar que nem todos são radicais. Contudo, em nome da paz e com medo de receber a acusação de islamofobia – mais um termo criado pela nova esquerda – estamos deixando os radicais invadirem e dominarem o Ocidente. 

A posição dos radicais é clara: todos devem rezar para Alá e obedecer a Sharia; para os infiéis, que discordam disso, a punição deve ser a morte. O apoio velado da esquerda mundial aos grupos islâmicos é evidente, ainda que mitigável. Ele se sustenta na luta comum aos dois grupos contra o suposto imperialismo americano. Como diz o ditado: “o inimigo do meu inimigo é meu amigo”. Parece que esta regra se mantém, mesmo que esse inimigo seja violento com todos aqueles que não dancem a sua música.

A internet está repleta de vídeos que mostram como a ‘’minoria islâmica radical’’ trata os gays, cristãos, mulheres e qualquer um que se rebele contra sua lei divina. No entanto, o neoesquerdista paz e amor prefere ignorar isso em nome de uma convivência pacífica. Meu ponto sobre isso é que precisamos debater sobre a imigração islâmica sem a cortina do politicamente correto e sem transformar o debate em uma rinha onde quem grita mais acaba vencendo.

A mídia progressista e os ativistas de esquerda estão diante, mais uma vez, de uma guerra de narrativas. Já se posicionaram e teceram seu ponto de vista. Além disso, eles já culparam a homofobia, a islamofobia e até mesmo o candidato Republicano Trump, que já foi acusado do atentado, enquanto o verdadeiro culpado fica coberto sobre o manto do politicamente correto. 

Os liberais pacifistas e alguns conservadores preferem ficar em silêncio enquanto a new left toma mais uma vez para si o protagonismo do debate.

A esquerda aprendeu muito bem com seus mestres da escola de Frankfurt: eles defendem o multiculturalismo, mesmo que a omissão consequente a este pensamento favoreça os ataques em várias partes da Europa e do mundo. 

A New Left prega paz e amor, mas não enxerga que essa bandeira de tolerância a alguns preceitos da cultura islâmica são contrários aos seus ideias. É necessário que o debate seja feito, precisamos expressar que é preciso deixar a barbárie de lado para viver no mundo ocidental e usufruir das benesses de uma sociedade que preza pela liberdade individual, de pensamento e expressão.

O grande desafio será superar os liberais e conservadores “isentões” que ficam debatendo ciclos econômicos ou como a religião cristã é moralmente superior às demais, enquanto que a esquerda toma a frente no debate. Depois não adianta se arrepender por não terem tido coragem de tomar uma posição antes. Acredito que, na guerra política, quem se manifesta primeiro toma a vantagem.

Leonardo Lisboa é pós-graduando em Novas Tecnologias Educacionais, aluno do curso de Ciências Sociais da UFS (Universidade Federal de Sergipe) e Coordenador estadual dos Estudantes Pela Liberdade.

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