domingo, 24 de julho de 2016

E se o diabo se arrependesse?


Já imaginou o diabo arrependido, com a Bíblia debaixo do braço, pregando o Evangelho para os demônios? Será que ele poderia sinceramente se arrepender? E se isso acontecesse, será que haveria perdão para ele?

Segundo a doutrina católica (e nós evangélicos concordamos com isso), “o diabo não é a personificação das paixões, mas uma pessoa, criada por Deus como anjo e, tendo perdido a comunhão com Ele, converteu-se em espírito obscuro, o diabo. Como pessoa, o diabo tem
livre arbítrio, isto é, tem liberdade e esta liberdade não é violada por Deus (embora limitada nas suas ações). Ele é uma personalidade concreta, um ser concreto.

Introduz-se com a injúria, com a arrogância e o engano na história, com a pretensão de destruir a Deus e aos homens. O pecado, os sofrimentos, a morte são gerados por ele, pois espalha a ruína e o ódio, exercendo seu poder e domínio. 

Ele e os demônios, incapazes de prejudicar diretamente a Deus, se dirigem aos homens para, com seus poderes maléficos, travarem uma luta com eles, confundindo suas vontades, criando tentações, nos envolvendo em paixões, nos deixando confusos e obstruindo nosso tempo de oração ”.

Os demônios são anjos caídos, que pecaram junto com o diabo, sendo este o chefe deles. Embora para o pior dos homens haja perdão, não o há para o “menos ruim” dos demônios. Provaremos isso com quatro argumentos, ao mesmo tempo que aproveitaremos a discussão para uma agradável e rara abordagem sobre a natureza dos anjos maus em contraste com a humana. OBS: não há demônio menos ruim.

1. O diabo estava perfeitamente convicto do que estava fazendo

Certa vez um homem que tinha matado o assassino de sua filha foi perguntado se estava arrependido. A sua resposta foi: “Se tivesse uma segunda chance, faria tudo de novo e o mataria lentamente”.

Ele fez consciente, fez porque quis, fez o que achou que deveria ser feito. Não fez movido por impulso ou forte emoção. Não há lugar de arrependimento para quem age assim (não estou levando em conta a ação do Espírito Santo, que pode quebrantar o mais duro coração humano).

É esse argumento que é usado pelo autor do livro aos Hebreus para alertar os crentes sobre o perigo do pecado voluntário:
"Porque se voluntariamente continuarmos no pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma expectação terrível de juízo, e um ardor de fogo que há de devorar os adversários." 
(Hb 10:26-27)

O diabo morava com Deus, muito inteligente, traidor consciente, quis ser Deus no lugar de Deus.

O homem difere do diabo, entre outras coisas, porque enquanto na carne sofre de um “embotamento espiritual” que lhe impede de ser livre em suas atitudes. 
Segundo o apóstolo Paulo: 
“O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucura; e não pode entendê-las, porque elas só são entendidas espiritualmente" 
(1 Co 2:14). 
Mesmo o “homem espiritual” tem que aceitar muitas coisas pela fé, sem o completo entendimento.

Esse embotamento permite arrependimento ao maior dos pecadores, após ser iluminado em seu entendimento pelo Espírito Santo e ter sua maldade exposta diante de si, o conduzindo ao arrependimento. O arrependimento nos traz um tremendo pesar pelo mau cometido. 

Nas palavras de Deus: 
"Ali vos lembrareis de vossos caminhos, e de todos os vossos atos com que vos tendes contaminado; e tereis nojo de vós mesmos, por causa de todas as vossas maldades que tendes cometido” 
( Ezequiel 20:43 ). 

Esse nojo de si próprio é o genuíno arrependimento. Não remorso pelo que se fez, mas repúdio de si próprio por ter sido capaz de fazê-lo.

O mesmo não ocorre com o diabo que, antes de pecar, já tinha o completo entendimento e mesmo assim optou por agir deliberadamente contra Deus. Quando nós enxergamos do nosso ponto de vista meramente humano, onde freqüentemente nos arrependemos de algo, projetamos nos demônios aquilo que somos, como se eles fossem iguais a nós, mas no mundo espiritual arrependimento é um sentimento que não existe.

Espíritos não se arrependem, pois arrependimento é coisa de homem e homem mortal:

“Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele dito, não o fará? ou, havendo falado, não o cumprirá?” 
( Nm 23: 19 ). 

“Também aquele que é a Força de Israel não mente nem se arrepende, por quanto não é homem para que se arrependa”. 
( 1 Sm 15:29 ). 

Nenhum outro ser criado em todo o universo, animal ou espiritual, tem essa capacidade.

DEUS é espírito, os demônios são espíritos, depois que morrermos seremos espirituais:

Devido ao fato de seres espirituais não se arrependerem é que no inferno não haverá salvação e o tormento será eterno. Se fosse possível se arrepender no inferno, também lá haveria salvação . Em nenhum lugar da Bíblia qualquer anjo, bom ou mau, jamais se arrependeu de ter feito algo.

Apocalipse 9 fala de anjos caídos, representados como uma mistura demoníaca de gafanhoto/escorpião/cavalo/leão com cara de homem, que são libertos. O longo tempo na escuridão das trevas, sofrendo numa fornalha ardente, deveria ter sido suficiente para trazer-lhes arrependimento e desejo de salvação. 
Ao invés disso, durante os cinco meses em que ficarão em liberdade, eles sairão desejosos de destruir todos os homens que encontrarem, porém Deus não os permitirá fazerem isso, tão somente que os atormentem, como aconteceu com o pobre Jó:

“O quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caíra sobre a terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo. 
E abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço, como fumaça de uma grande fornalha; e com a fumaça do poço escureceram-se o sol e o ar. 
Da fumaça saíram gafanhotos sobre a terra; e foi-lhes dado poder, como o que têm os escorpiões da terra. Foi-lhes dito que não fizessem dano à erva da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm na fronte o sêlo de Deus. 
Foi-lhes permitido, não que os matassem, mas que por cinco meses os atormentassem. E o seu tormento era semelhante ao tormento do escorpião, quando fere o homem. 
Naqueles dias os homens buscarão a morte, e de modo algum a acharão; e desejarão morrer, e a morte fugirá deles. 
A aparência dos gafanhotos era semelhante à de cavalos aparelhados para a guerra; e sobre as suas cabeças havia como que umas coroas semelhantes ao ouro; e os seus rostos eram como rostos de homens. 
Tinham cabelos como cabelos de mulheres, e os seus dentes eram como os de leões. Tinham couraças como couraças de ferro; e o ruído das suas asas era como o ruído de carros de muitos cavalos que correm ao combate. 
Tinham caudas com ferrões, semelhantes às caudas dos escorpiões; e nas suas caudas estava o seu poder para fazer dano aos homens por cinco meses. Tinham sobre si como rei o anjo do abismo, cujo nome em hebraico é Abadom e em grego Apoliom." 
(Apocalipse 9:1-11)

Concluindo: demônios não se arrependem e por isso não podem ser salvos

2. O diabo não tem fé

“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem”. (
Hebreus  11:1)

Em outras palavras: “certeza de coisas de que se tem esperança. Não existe fé sem esperança: coisas que não vemos e esperamos. Nós temos fé num Deus que nunca vimos, num céu aonde nunca fomos - o diabo morava no céu, na presença de Deus, o via face a face. 
Como poderia ele ter fé? 
“Porque na esperança fomos salvos. Ora, a esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos”. 
(Romanos 8:24-25)

“Para que a prova da vossa fé, mais preciosa do que o ouro que perece, embora provado pelo fogo, redunde para louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo; a quem, sem o terdes visto, amais; no qual, sem agora o verdes, mas crendo, exultais com gozo inefável e cheio de glória, alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas." 
(1 Pd 1:7-9.) 

Sem ver, mas crendo, isso se chama fé.

Não há fé no mundo espiritual: não há fé no inferno, não há fé no céu, Deus não tem fé, Jesus não tem fé, os anjos bons não têm fé, os demônios também não.

Mas Tiago diz que os demônios Crêem, você argumentará. Vamos ao texto: 
“Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me a tua fé sem as obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Crês tu que Deus é um só? Fazes bem; os demônios também o crêem, e estremecem”. 
(Tg 2: 17-19)

Na verdade, à luz de Hebreus, os demônios não teriam fé. Eles não “crêem” que Deus existe, eles “sabem” da sua existência. O sentido com que Tiago fala não pode ser o mesmo ou haveria contraste entre os dois livros. 

Tiago diz apenas que saber que Deus existe e não fazer a sua vontade não conduzirá o homem ao céu. Seria uma fé intelectual, que sabe a verdade mas não a segue, pois os demônios são incapazes de ter a fé salvadora citada em Hebreus, onde os heróis da fé abandonaram tudo porque “almejavam uma pátria melhor, isto é, a celestial, invisível aos seus olhos ( Hb 11:6 ).

Se os anjos bons não têm fé, como conseguem agradar a Deus, já que as escrituras dizem que “ sem fé é impossível agradar a Deus?” (Hb 11:6).

Porque os anjos bons não precisam de Cristo para serem salvos, uma vez que, ao contrário dos homens e dos demônios, nunca estiveram perdidos. Mas se eles se rebelassem e necessitassem do perdão de Cristo, teriam que ter fé - ou seja, para eles seria impossível agradar a Deus, visto que demônios e anjos não têm fé.


3. O diabo não tem corpo

Nosso corpo, e não nosso espírito é templo do Espírito Santo. Ele habita em nosso corpo e fortalece nosso espírito contra as tentações. Recebemos em nosso corpo mortal o sêlo do Espírito Santo, que nele permanece e nos garante vitória sobre o mal, enquanto não vamos ao céu.

Anjos são espíritos: 

“Mas a qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha direita até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés? Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor dos que hão de herdar a salvação?" 
(Hb 1:13-14.) 

O diabo também é espírito e, ao contrário dos homens, não tem corpo.

Se tivessem corpo, não poderiam possuir os corpos humanos. Essa posse, de alguma forma, parece dar-lhes alguma espécie de repouso.

“Logo que saltou em terra, saiu-lhe ao encontro um homem da cidade, possesso de demônios, que havia muito tempo não vestia roupa, nem morava em casa, mas nos sepulcros. 
Quando ele viu a Jesus, gritou, prostrou-se diante dele, e com grande voz exclamou: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te que não me atormentes. 
Porque Jesus ordenara ao espírito imundo que saísse do homem. Pois já havia muito tempo que se apoderara dele; e guardavam-no preso com grilhões e cadeias; mas ele, quebrando as prisões, era impelido pelo demônio para os desertos. 
Perguntou-lhe Jesus: Qual é o teu nome? Respondeu ele: Legião; porque tinham entrado nele muitos demônios. 
E rogavam-lhe que não os mandasse para o abismo. Ora, andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos; rogaram-lhe, pois que lhes permitisse entrar neles, e lho permitiu. 
E tendo os demônios saído do homem, entraram nos porcos; e a manada precipitou-se pelo despenhadeiro no lago, e afogou-se"
( Lc 8: 27-33).

Eles disseram a Cristo: “Não me atormentes”, e Lucas explica: “Porque Jesus ordenara ao espírito imundo que saísse do homem”. Diz ainda que eles não queriam ir para o abismo. Deduzimos com cautela que estar no corpo humano, ou talvez até de um animal, é mais confortável que estar “no abismo”, para onde eles vão quando não estão no corpo. Parece que nosso corpo é um refúgio para eles. Por outro lado, fora do corpo vivem em tormentos.

Vejamos outro trecho de Lucas : 

“Ora, havendo o espírito imundo saindo do homem, anda por lugares áridos, buscando repouso; e não o encontrando, diz: Voltarei para minha casa, donde saí. E chegando, acha-a varrida e adornada. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali; e o último estado desse homem vem a ser pior do que o primeiro" 
( Lc 11: 24-26 ).

Dizem, isso eu não afirmo, que através do corpo ele sente os prazeres da carne como sexo, drogas, bebida... Isso talvez amenize a tremenda angústia de consciência, da ausência de Deus, do ódio tremendo que os angustia continuamente. Mas não quero me alongar naquilo que não posso biblicamente provar. 
OBS: Em Ap 20:1-3 o diabo é preso no abismo durante 1.000 anos. 

Outros trechos bíblicos falam de anjos presos (Ex 1 Pd 3:19); outra explicação é que os demônios temiam que Jesus os mandasse para a prisão.

O pensamento platônico valorizava o mundo inteligível em detrimento do sensível. Para Platão (427 a.C.) a alma era detentora da sabedoria e o corpo a prisão da alma , capaz de dominá-la e impedí-la de regrar os desejos e as tendências do mundo sensível. 

Em outras palavras, a alma seria boa e o corpo mau. Na linguagem evangélica já ouvi dizerem que “o homem é um espírito que habita num corpo”, que aprisiona aquele até libertá-lo na morte (na verdade o homem é corpo e alma - mesmo no céu teremos os dois, com um corpo glorificado. Só a alma não é o homem, só o espírito não é o homem). 
(OBS: tratamos alma e espírito como sinônimos, pois cremos no homem dicotômico).

Já ouvi dizer que no jejum a alma se fortalece enquanto o corpo se enfraquece. Resquícios platônicos. O bom é que os dois estejam fortes: o homem sadio serve muito mais a Deus. Não sou contra o jejum, mas enfraquecer o corpo não é o propósito dele e parece coisa de “penitente” (aqueles que andam de branco e se autoflagelam na quaresma). Porém, voltemos ao nosso tema.

Na verdade devemos amar nosso corpo, não apenas por ser ele o templo do Espírito Santo - Ele não habita na alma humana, mas no corpo humano - mas também por ser ele o nosso passaporte para o céu. 

Prestem atenção: só teremos chance de salvação enquanto estivermos no corpo

“Aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo” (Hb 9: 27) . 

Após a morte vem o juízo - purgatório é ilusão, assim como oração e missa pelos mortos. Só existe chance de salvação para quem ainda está no corpo. Seja um corpo aleijado, mudo, surdo, cego... tanto faz, é maravilhoso se me permite-me receber a Cristo pela fé e ir para o céu. Espírito sem corpo, uma vez longe de Deus, não tem como escapar das chamas ardentes do inferno.

“Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto"
(Isaías 55:6). 

Se tenho corpo ainda posso achar a Deus, se tenho corpo Ele está perto!.

Chego quase a ter pena dos demônios porque eles não tem um corpo mortal.

Mas não merecem compaixão, sua escolha foi consciente, são nossos inimigos e os únicos que não merecem clemência. Vivem sem descanso, ao nosso redor tentando nos devorar (1 Pedro 5:8), de dia e de noite nos acusam diante de Deus (Apocalipse 12:10).

OBS: sobre corpo mortal ver artigo anterior: “Deus quer que o homem morra”.

O diabo é 100% mau: Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira” (João 8:44) .

O homem quando fere alguém, geralmente se conforma em vê-lo derrotado. O diabo não, somente após vê-lo destruído. Se puder derruba-o, arremessa-lhe um paralelepípedo na cabeça e lhe estoura os miolos.

Seus pensamentos são maus, sua natureza é má 24 horas por dia, 365 dias no ano, não têm descanso. Isso lhe dá uma inquietação - ausência de frutos do Espírito: não tem amor, alegria, paz, paciência, bondade... O pior dos homens tem uma noção do bem e através da graça comum é capaz de amar alguém: seus filhos, uma mulher, sua mãe... Mas os espíritos ou são bons ou maus. Sua natureza é uma, não é dividida como a do homem.

Por esse motivo também, para o diabo e seus anjos não há qualquer chance de salvação.

4. CRISTO não morreu pelo diabo

Com esse último argumento, enterramos definitivamente qualquer dúvida sobre a possibilidade de salvação do diabo e seus anjos.

“Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, [o justo pelos injustos], para levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no espírito” (1 Pd 3:18). Essa morte só teve valor para a humanidade porque ele se tornou 100% homem, se identificando com a humanidade pecadora. Sem essa identificação, sua morte não teria valor algum para nós.

“Portanto, visto como os filhos são participantes comuns de carne e sangue, também Ele (CRISTO) semelhantemente participou das mesmas coisas, para que pela morte derrotasse aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos aqueles que, com medo da morte (a humanidade), estavam por toda a vida sujeitos à escravidão. 
Pois, na verdade, não presta auxílio aos anjos, mas sim à descendência de Abraão. Pelo que convinha que em tudo fosse feito semelhante a seus irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas concernentes a Deus, a fim de fazer propiciação pelos pecados do povo. 
Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados." 
(Hb 2: 14-18).

“Ele não presta auxílio a anjos”, em outras palavras, Jesus não morreu pelos demônios ou qualquer outro tipo de anjo, mas somente pela humanidade, portanto sua morte não tem qualquer valor para eles. 

Para que a morte de Cristo fosse capaz de purificar demônios, Cristo teria que se tornar anjo, não pecar, morrer como anjo (morte substitutiva) , ressuscitar; e mesmo se isso fosse possível, já que anjo não morre (não estou esquecendo Deus pode tudo ), os anjos teriam que se arrepender e receber a Cristo pela fé para, enfim, serem salvos

Teríamos alguns problemas: anjo não morre (ainda bem que Adão não comeu da árvore da vida), anjo não se arrepende nem tem fé . Conclusão: mesmo se Cristo, como anjo, morresse e ressuscitasse, teria morrido em vão.

Voltando ao texto de Hebreus 2, Cristo não presta auxílio aos anjos. Segundo A. A. Hodge (1823 – 1886), fora de Cristo Deus é "fogo consumidor", e o medo inextinguível de sua ira repele a alma. (Dt 4.24; Hb 12.29).

Fora de Cristo, aos demônios só resta o Deus que é fogo consumidor e seu fim já está determinado: 

“E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados pelos séculos dos séculos” 
Ap 20:10.

Conclusão:

Graças a Deus que não somos demônios e para nós há sim uma real salvação em Cristo: “Porque, se com a tua [boca confessares] a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo (Rm 10:9). E que Deus nos conduza à vida. Amém.

Autor: Laurentino Aguiar

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