terça-feira, 9 de agosto de 2016

Caso Feliciano: Independente do desfecho, a farsa contra Feliciano será uma dos golpes mais bem sucedidos do ano


Aqui no Reacionário não se comentou coisa alguma sobre as graves acusações da jornalista Patrícia Lélis contra o deputado Pastor Marcos Feliciano, e isso por diversos motivos. O maior dos motivos foi a nebulosidade do caso, estranho e controverso desde que brotou nas redes sociais. 

Quem acompanha a página no Facebook deve ter lido os textos publicados por Luciano Ayan no Ceticismo Político, que discutia apenas os aspectos do caso sob a ótica da guerra política. Alguns não entenderam, achando que fosse uma condenação prévia do deputado em favor de Patrícia. Não era. E isso talvez fique mais claro agora.

As acusações feitas já são de conhecimento público, e suas contradições estão expostas à luz. A moça que se dizia conservadora foi recorrer à Maria do Rosário, deu entrevista ao Mídia Ninja e passou a se declarar feminista. E o fez depois que suas contradições começaram a se tornar indigestas.

Não há como defender Patrícia. Nenhum conservador ou liberal irá pedir guarida para Maria do Rosário, a defensora do Champinha. É como um judeu recorrendo a nazistas contra um ato de antissemitismo. Partindo do pressuposto que o deputado tenha praticado algum ato libidinoso com a jovem ou tentado, isso não diminui a monstruosidade da situação. 

Não torna Maria do Rosário menos andrajosa. Ela não é só defensora de estupradores e assassinos, também é seguidora de ditadores carniceiros. E o que dizer do Mídia Ninja, braço institucional dos Black Blocs que há menos de três anos assassinaram o jornalista Santiago de Andrade? Não, Patrícia. Você cruzou todas as linhas do defensável. Essa gente é leprosa, não há como se misturar com eles sem se sujar.

Mas não para por aí. Ela atacou a direita, alegando que quase todos ficaram contra ela. E ainda pediu em tom canastra para que Maria do Rosário “não deixasse o caso morrer, já que o deputado, o PSC e a direita iriam fazer de tudo contra ela, que iriam mostrar prints e áudios tentando desacredita-la”. “Malandramente”, a conservadora inocente se junta À extrema-esquerda. Antecipando previamente que pode ser desmascarada, ela tratou de desacreditar quem trouxer os indícios de seu estelionato. 

Não há como continuar ao lado de quem age de forma tão imoral. Não é sequer possível creditar inocência ou ingenuidade. O que Maria do Rosário pode fazer por Patrícia que a Polícia não possa fazer? Ou ainda, que poderes jurídicos a bancada feminina do PT possui? Aquele apelo foi político, de quem está a serviço do partido do plano criminoso de poder.

Alguém mais condescendente deve perguntar: quais são os motivos de Patrícia para tramar contra o deputado? Não é possível afirmar com precisão, mas sabemos que isso cai como uma luva para uma esquerda desacreditada e derrotada que se arrasta na lama do escárnio público. Não é uma tábua de salvação, isso é fato. Na enxurrada dos fatos, ter onde se agarrar pode ser o diferencial entre a sobrevivência e a morte. Não por acaso, são esses seres monstruosos que estão ao lado de Patrícia agora, os defensores de ideologias assassinas e ideólogos da indignidade. Isso diz muito sobre Patrícia.

Como Luciano Ayan afirmou, o estrago será irreversível para Feliciano. O deputado tergiversou em se defender, seguindo aquele velho receituário da direita catatônico de que se deve deixar a munição para o final. Não sabemos qual é o envolvimento do parlamentar com a moça, mas caso ele houvesse vindo a público no início, certamente ele não seria alvo dos abutres do Huffington Post, Folha e Quebrando o Tabu. Sua história ficará manchada para sempre, independentemente de sua inocência. 

Quem preza pela ética não precisa de ser simpatizante do deputado para perceber que ele foi alvo de uma trama muito bem montada. Alguns inocentes dirão que não foi bem montada por deixar vários furos no caminho, mas eu digo que não: Patrícia foi muito hábil. Ela agiu como quem conhece a natureza do oponente, e conseguiu colocá-lo em uma posição que não permite grandes movimentos. Não há como o deputado se sair bem dessa. 

Ou será um monstro abusador ou um hipócrita injustiçado. Ela conseguiu. Não esperem que os acusadores de hoje se retratem pelas acusações feitas, ou que a mídia reconheça o caráter político por trás dessas movimentações. Infelizmente, o deputado não é conhecido por neutralizar seus adversários de maneira competente.

Fica também a lição para a direita conservadora. Com injustificada frequência, adotam ídolos dos pés de barro. Qualquer um logo é chamado de mito ou musa, algo que deveria envergonhar até adolescentes. Também há o costume de celebrar moças bonitas que sequer produzem conteúdo relevante, apenas pelo fato de que elas se colocam como contraponto às monstruosas feministas. Não é verdade. Quem é contraponto às feministas são as mulheres que atuam nos diversos seguimentos da sociedade, que enfrentam a vida sem se escorar em uma ideologia vitimista. 

A bonitinha das redes sociais não é exemplo para ninguém, assim como o zé das tiradas matadoras não é a exódia contra o marxismo. A batalha política é uma disputa eterna, e não é pautada por “zuera”, “mitada” ou “opressão”. Enquanto a Direita se comportar assim, fará o papel daquele time africano que entra na Copa do mundo com danças exóticas e humor inigualável. Eles sempre vão embora na primeira fase, deixando a disputa para quem está ali para jogar.

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