domingo, 21 de agosto de 2016

O Desejo de Mudar é Uma Grande Prova de Amor


“Ninguém pode dizer que ama se não deseja mudar” (Mt 5.3)

Mudar alguma coisa dentro de nós é sempre um grande desafio porque mexe em áreas que na maioria das vezes não queremos que ninguém toque. A pergunta-chave quando refletimos sobre este tema é: “Por que todos nós relutamos tanto em mudar?”. 

A resposta parece simples mas não é, pois, para que haja mudança verdadeira, é necessário reconhecimento (autocrítica), renúncia, perseverança, disciplina e coragem. E tudo isso só é possível se houver humildade.

O casamento em si já exige mudanças significativas porque não há como manter um relacionamento a dois de forma séria vivendo como se fosse uma pessoa solteira.

Certo dia, em um seminário que tratava sobre o tema “Família”, eu ouvi de um senhor casado a seguinte frase: “Como marido e como pai, sou nota 10. Eu vim até aqui apenas para acompanhar minha esposa.” Ao ouvir aquela auto-avaliação, peguei um questionário que tenho que trata exatamente sobre “O perfil do marido ideal” e pedi a ele que respondesse as 30 perguntas, explicando: “Aqui, as notas vão de 0 a 10. 

Se você tirar de 8 para cima, você está liberado para ficar na piscina do hotel e não vai precisar assistir a nenhuma palestra, pois estará, sim, muito bem classificado”. Quando ele terminou de responder as perguntas e conferiu a pontuação, veio até mim e disse: “Pastor, o senhor precisa orar por mim. Tirei nota 3”.

Todos nós estamos em processo de cura e de libertação. Não existe uma pessoa que possa dizer: “Eu não preciso melhorar em nenhuma área”.

O primeiro passo a ser dado para que haja mudanças necessárias é reconhecer onde precisamos mudar. Minha esposa, Rousemary, e eu aprendemos logo no início da caminhada conjugal, há vinte e quatro anos atrás, que o segredo para se construir um casamento duradouro e feliz é manter-se aberto às mudanças.

1. O casamento pode nos libertar de nós mesmos

Quando uma pessoa se casa, ela acaba levando consigo hábitos negativos, como traumas da infância e vícios, além de uma bagagem emocional e espiritual adquirida e desenvolvida na família de origem. Dentro dessa “mochila” que cada um traz da casa dos pais muita coisa boa que deve ser preservada e outras tantas ruins que devem ser eliminadas. Isso faz parte do processo de libertação. 

A forma de como você foi criado dentro seu núcleo familiar, ou seja, a sua referência paterna e materna e o que você ouviu e viu desde criança, passando pela adolescência, acabou moldando sua forma de pensar e de agir. 

Se a família de origem era disfuncional e o padrão que se tinha para seguir era ruim, isso foi internalizado como valores que determinam o comportamento. Eis a razão por que na “escola” chamada “Casamento” ambos, marido e mulher, têm que substituir o que foi aprendido de forma “errada” por aquilo que é considerado certo, justo e honesto. 

O comportamento e o estilo de vida de uma pessoa só mudam quando há mudança de mentalidade. Tudo começa a partir da forma de como pensamos.

Não há um homem ou uma mulher que possa dizer: “Eu me casei com uma pessoa completamente liberta, curada e perfeita.” O casamento é a união entre duas pessoas cheias de imperfeições, pecadoras e limitadas.

Sabemos que durante o namoro, o período de noivado e também no início do casamento, o casal vive um tipo de amor-sonho. Ambos não enxergam a realidade, mas cada um projeta no outro aquilo que idealizou ou sonhou como parceiro(a) ideal. Quando estou proferindo minhas palestras, costumo dizer aos casais que todo quadro à distância é perfeito, porém, ao aproximarmos dele, percebemos algumas imperfeições na obra do artista.

O casamento traz à tona aquilo que à distância estava escondido. Na proporção em que cresce a familiaridade entre o casal, vão também surgindo os defeitos, as manias e os hábitos negativos. Quando isso acontece, é imprescindível a participação do cônjuge no processo de libertação e cura.

| Autor: Pr. Josué Gonçalves 

| Divulgação: estudosgospel.Com.BR 

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