segunda-feira, 3 de outubro de 2016

PT xingou o povo brasileiro de “golpista” por longos meses. Teve a resposta.


by Luciano Ayan

Há muitos motivos para o fracasso retumbante da extrema-esquerda petistas nas eleições deste domingo. Curiosamente, um dos principais tem a ver com a narrativa principal adotada pelo partido após o início do processo do impeachment.

A narrativa simulada de que sofriam "um golpe" foi construída a partir de algumas motivações. Entre elas, estava a tentativa de falar ao coração da militância, recobrando a mística dos tempos de João Goulart.

Também havia o fato de que no final de 2014 e início de 2015 alguns intervencionistas
decidiram participar das manifestações pelo impeachment, o que serviu para dar alguma coerência ao frame de que "há um golpe", mesmo que isso não fosse o suficiente para tornar o frame verdadeiro.

Até o momento em que eles basicamente utilizavam o frame de que "há um golpe", a coisa funcionou perfeitamente para a propaganda petista. A coisa começou a degringolar quando eles resolveram partir para o ataque aos opositores de modo mais direto, com escrachos e diversas formas de violência. 

Eles passaram a rotular os indivíduos posicionados contra eles de "golpistas" e, a partir daí, merecedores de violência, ao menos no julgamento petista.

Quem não se lembra, por exemplo, do ridículo escracho fascista (também por ser excessivamente violento) lançado contra Janaína Paschoal? Ou mesmo dos diversos ataques ao juiz Sérgio Moro? Várias outras pessoas, até então não diretamente envolvidas na guerra política, se tornaram alvos.

Mas enquanto isso, quase 70% da população apoiava o impeachment. Isso significa que o PT decidiu xingar 70% dos possíveis eleitores. Até um certo momento o PT jogou o jogo direitinho, mas nos últimos meses começaram a praticar excessos. Adotaram a estratégia "sem limites".

Como nas boas táticas do judô, aproveitamos os defeitos do adversário e muitas vezes deixamos eles irem adiante em um movimento que os derrubará. E foi aí que víamos os petistas aumentando o tom no ataque "aos golpistas". Já imaginávamos que isso ia ter um preço. Em resposta, a população percebeu, dentre outras coisas, o óbvio: qual o sentido de votar em alguém que vive o dia inteiro nos xingando?

Nas urnas o povo brasileiro deu a resposta. Um partido golpista, como o PT, que em vez de pedir desculpas ao povo por ter destruído nossa economia intencionalmente a partir de crimes fiscais, resolveu xingar as vítimas de "golpistas" agiu quase como se dissesse para o povo: "que se danem os seus votos". 

O povo entendeu a mensagem.

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