sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Cardeal desmente papa: “Cristãos e muçulmanos não adoram o mesmo Deus”


Papa Francisco lendo o Alcorão!

Raymond Burke não acredita que Alá seja um deus de amor


De acordo com o cardeal Raymond Burke, ex-chefe do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, a mais alta corte teológica dentro do Vaticano, o papa está errado.

“Muçulmanos e cristãos não adoram o mesmo Deus, uma vez que Alá é um “governante”, enquanto o cristianismo “baseia-se no amor”. Esse é mais um ponto de discórdia entre ele e o pontífice, que estão em meio a uma disputa teológica sobre os ensinamentos morais que envolvem a família.

Em uma entrevista recente ao jornal Catholic Register, o cardeal norte-americano destacou
que essa “crença moderna de que o Islã e o Cristianismo são fundamentalmente os mesmos
é muito influenciada por um relativismo religioso”.

Enfatizou ainda que é preciso cautela. “Eu ouço pessoas me dizendo, olha, estamos todos adorando ao mesmo Deus. Nós todos acreditamos no amor. Mas eu digo: ‘pare um minuto, e vamos examinar cuidadosamente o que é o Islã e o que nossa fé cristã nos ensina’. Eu não acredito nisso, pois o Deus do Islã é apenas um governante”, lembra Burke. “A sharia é sua lei, e essa lei, que vem de Alá, acabará sufocando cada homem na terra.”

Cardeal Raymond Burke

O cardeal contrasta com o princípio do cristianismo, que possui “uma lei fundamentada no amor”. Para o teólogo, não se pode esquecer que “essa lei [cristã] está escrita em nosso coração, sendo iluminada pelo espírito. Recebemos a graça divina para viver de acordo com essa lei”. Além disso, não existe no Alcorão uma ligação de Alá com o conceito de amor, que é o centro da mensagem de Jesus aos seus discípulos.

Em seu livro Hope for the World: To Unite All Things in Christ [Esperança para o mundo: Unindo todas as coisas em Cristo], ele aborda essa questão a fundo.

O título da obra, baseado em Efésios 1:10, pode parecer enganoso, pois sua abordagem é bem diferente dos ensinamentos do papa Francisco, o qual defende que cristãos e islâmicos são “irmãos” e que os membros de todas as religiões são “filhos do mesmo Deus”.

Burke definitivamente não pensa assim. Conhecedor profundo dos ensinamentos do islamismo, ele sabe que o cristianismo e o Islã diferem na natureza de suas leis, especialmente na abordagem sobre a conquista de convertidos. Temos de lembrar que “o que eles acreditam mais profundamente, aquilo propuseram em seus corações, é a exigência de que governem o mundo”, assevera.

Estado Islâmico: “Matem os descrentes”

Curiosamente, os jihadistas do Estado Islâmico (EI) na última edição de sua revista eletrônica, Dabiq, disseram a mesma coisa. Eles criticaram Francisco por sua afirmação de que “a leitura adequada do Alcorão mostra que o Islã se opõe a toda forma de violência”.

Para os membros do EI, o Papa Francisco “luta contra a realidade” nos seus esforços para retratar o Islã como uma religião de paz. Por isso, lembram a todos os muçulmanos que assumir a espada da jihad é a “maior obrigação” de um fiel verdadeiro.

Argumentam ainda que o líder católico – e todos os cristãos que pensam como ele – “tem lutado contra a realidade” em seus esforços para retratar o Islã como uma religião de paz. Na revista, fazem questão de asseverar: “De fato, a jihad – espalhar a lei de Alá pela espada – é uma obrigação encontrada no Alcorão, a palavra de nosso Senhor”.

“O sangue dos descrentes deve ser derramado obrigatoriamente. A ordem é clara. Matem os descrentes, como disse Alá: “Matai os idólatras, onde quer que os acheis” [Sura 9:5]”, ressalta outra parte do texto.

Phonte: Gospel Prime

3 comentários:

  1. É incongruente quem diz e quem aceita que cristãos e muçulmanos não adoram o mesmo Deus, pois Deus é um só, independente do nome dado a Ele; o que acontece é que alguns líderes religiosos mais radicais não aceitam que o Deus que eles adoram seja o mesmo que o adorado pelos fiéis de outras religiões não pertencentes às facções de raiz judaica; por que digo isso? Simplesmente porque Deus é um só, independentemente da quantidade de religiões que o homem crie e do nome que se Lhe dê.


    Tanto assim, que o próprio Jesus afirma que na casa do Pai há várias moradas. (Jo 14,2) E essas moradas nada mais são do que as religiões, conforme se depreende do que é dito em Jo 2,16, em relação ao Templo onde os judeus prestavam culto a Deus, e que Jesus considerou como a casa do Pai; ou não foi isso o que Ele fez?


    Abraços. Frazão

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    1. Prezado Frazão, se você acha que se trata do mesmo DEUS:

      DEUS manda oferecer a segunda face e outro deus que manda decapitar infiéis...

      DEUS pede o coração. O outro manda "evangelizar" a força...

      DEUS que dá o melhor desta terra e cura todas as nossas enfermidades. O outro indica consumo de urina de camelo para fins medicinais...

      (Confira:
      http://oseias46a.blogspot.com.br/2016/02/a-urina-de-maome-e-urina-de-camelos-sao.html)

      Se O DEUS que é Amor, você considera ser o mesmo onde seus seguidores são as pessoa mais sanguinárias de nosso tempo...

      Depois desta comparação, ainda você considerar como única diferença a nomenclatura...

      Você precisa urgentemente voltar para a realidade, pois esta é tão somente uma, e não duas como você imagina!

      Teus valores estão deveras deturpados e definitivamente não abe o que é Cristianismo!


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    2. Caro Irineu.

      Teu comentário de 4 de dezembro de 2016 00:27.

      Seguindo esse teu entendimento de que as atitudes das pessoas, tomadas em virtude do que elas entendem sobre o que está escrito, a conclusão a que se chega é de que o Deus de um determinado segmento religioso não é o mesmo que o do outro segmento, o que me faz supor que, no caso do Cristianismo, segundo teu entendimento, o Deus do Antigo Testamento não é o mesmo do Novo Testamento, tendo em vista que o do AT é um Deus sanguinário; veja o que Moisés diz em Êxodo 32,27:

      “Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Cada um ponha a sua espada sobre a sua coxa; e passai e tornai pelo arraial de porta em porta, e mate cada um a seu irmão, e cada um a seu amigo, e cada um a seu próximo.”

      Como se vê, meu caro, comparando-se o temperamento do Deus do AT com o do NT, vê-se que o Deus cultuado no Cristianismo é diferente do cultuado no Judaísmo; e diferente para melhor, já que deixou de ser sanguinário e passou a ser um Deus de amor, conforme você diz ser o Deus dos Cristãos...

      Para melhor compreensão do que digo, vamos a um exemplo simples:


      Um rio, originário da mesma fonte, sofre uma bifurcação em um determinado ponto do seu trajeto, passando um braço por terreno pedregoso sem se contaminar e o outro braço passando por um terreno pantanoso, cheio de lama, decorrente de materiais em decomposição. Daí, pergunto:


      A culpa é da água, ou do terreno por onde ela passa, se quando ela, antes de entrar no terreno pantanoso, era pura como a do outro braço?


      Agora, por analogia, consideremos duas comunidades religiosas que tenham entendimentos diferentes sobre o que seja Deus, o único Criador do Universo:

      – uma que pratica o bem, em nome do amor ao seu Deus; e

      – a outra, que mata, castiga, também em nome do amor ao seu Deus;

      sendo o Deus de ambas o mesmo.

      Como se vê, não é o Deus que muda, mas o entendimento de cada religião que diz segui-lo; logo, meu caro, Deus continua sendo imutável, apesar de alguns líderes religiosos e seus seguidores entenderem ao contrário, como o articulista e você; espero que tenha compreendido que Deus é um só, embora haja uma infinidade de formas de entendê-lo...

      Abraços. Frazão

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