sábado, 31 de dezembro de 2016

2017 - A promessa de amanhã, a indulgência de hoje

Por Jeremy Walker

O ano novo chegou. É a hora de começar o novo regime de dieta e exercício, de levar a saúde mais a sério, botar as coisas no lugar e entrar em forma. Amanhã será um novo dia, o começo de algo novo e bom.

E hoje? Bom, comamos, bebamos e nos alegremos, pois amanhã tentaremos. Talvez uma das razões pela qual a época das festividades é marcada por tantos excessos seja porque nos gratificamos com a certeza satisfatória de que iremos resolver tudo amanhã. Assim, seja comida, bebida ou gasto de dinheiro, preguiça ou ansiedade, nós deixamos tudo rolar porque amanhã será diferente.

Fazemos a mesma coisa espiritualmente. Prometemos a nós mesmos que amanhã é o grande dia, o dia em que realmente começaremos a orar contra um pecado em particular, lugar contra certa tentação, lidar com determinado hábito. E o que acontece? Em primeiro lugar, nossos corações pecaminosos se inclinarão para um último relaxo, uma última dose – afinal de contas, nós cuidaremos de tudo amanhã. 

Mas, mais que isso, satanás começa a sussurrar. Ele nos garantirá que devemos mesmo ceder à tentação – afinal de contas, podemos nos arrepender mais tarde e começar de novo no dia seguinte. E com que frequência isso acontece?

Além do mais, essa tentação de ter um último dia esbanjando enfraquece nossa resolução. Desistência gera desistência, em todas as áreas da vida. Uma pequena indulgência aqui enfraquece nossa determinação ali; satisfazer esse apetite nos leva a gratificar aquele outro. 

Pode parecer estranho, mas o muro da alma precisa ser mantido em toda a volta, o ano inteiro. Se convença de que você pode comer aquela comida, e será mais fácil assistir aquele filme. Deixe a raiva tomar o controle, e será mais fácil se submeter ao desejo sexual. Um hábito de vigiar todos os lados é o único caminho.


E então, é claro, uma vez que tenhamos afrouxado, o adversário irá retornar. Tendo nos assegurado de antemão que o Senhor irá nos perdoar, então não há porque não pecar, ele irá insistir agora que, uma vez que tenhamos pecado, não há perdão. O desespero surge. 

E o resultado? Bom, talvez seja melhor desistir de novo e mergulhar no poço da indulgência por completo – afinal de contas, a coisa toda já explodiu e fugiu do controle.

Assim, em qualquer esfera que seja, não caiamos na armadilha de fazer das promessas de amanhã uma desculpa para a indulgência de hoje. “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Coríntios 10.31). 

Especialmente em uma época onde a indulgência e até os excessos desenfreados são os nomes do jogo, mantenhamos a guarda levantada.

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Traduzido por Filipe Schultz

Com Informações: Eis-me Aqui

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