quinta-feira, 30 de março de 2017

A guerra calvinista cessacionista contra Silas Malafaia



Julio Severo

Nos últimos dias, o nome do Pr. Silas Malafaia, fundador e presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, vem sendo atacado com todos os tipos de rótulos negativos possíveis: herege, ditador da fé, pastor despótico e terrorista espiritual. Todas essas acusações vieram de fontes calvinistas.

O que os calvinistas têm contra Malafaia? Pelo menos, os calvinistas americanos que conheci dificilmente teriam grandes problemas, como irmãos em Cristo, de convivência com Malafaia.

Tive contatos no passado com o ministério Vineyard, no seu apogeu, quando seu fundador, John Wimber, estava vivo, e eram pastores na sua igreja-sede Wayne Grudem e Jack Deere. 

Todos eles calvinistas que creem no Espírito Santo. Aliás, Wimber e seu movimento eram conhecidos por seus sinais, prodígios e maravilhas. Muitas profecias e revelações. Muitas curas. Muitas expulsões de demônios, inclusive de bruxos.

Já frequentei a igreja da Vineyard e gostei muito do calvinismo deles.

Contudo, a elite calvinista que se vê no Brasil pouparia o calvinismo de Wimber, Grudem e Deere de ataques? Ambos não têm os mesmos fundamentos bíblicos e espirituais.

Enquanto os calvinistas americanos que conheci creem no Espírito Santo e eram usados por Ele para realizar sinais e maravilhas, por pura arrogância teológica os calvinistas elitistas brasileiros condenam tais sinais e maravilhas e os homens e mulheres que são usados por Deus.

Em grande parte, Malafaia está sendo atacado por essas razões por esses calvinistas brasileiros, embora os motivos alegados por eles sejam outros.

Um crítico calvinista que chamou Malafaia de herege fez uma pregação sofista com base em 1 Coríntios 4:20, que diz: “O Reino de Deus não consiste em palavras, mas em virtude.”

Sua interpretação sofista desvirtuou a palavra “virtude,” dando-lhe um significado vago, abstrato e invisível, só visto por Deus, fazendo parecer que nem o Apóstolo Paulo, nem Jesus e seus apóstolos nunca pregaram um Evangelho com virtude: cura de enfermos e expulsão de demônios.

Para desculpar então seu evangelho sem poder, ele interpretou o comentário de Paulo como se Paulo tivesse tido um Evangelho tão oco e fraco quanto o dele.

Um teólogo ou pastor que prega um evangelho sem curas e expulsão de demônios tem incredulidade de sobra para criticar pastores que pregam o Evangelho com poder: com curas e expulsão de demônios. De raiva, ele critica nos outros o que ele não tem. Em vez de buscar de Deus, ele se revolta contra quem tem.

Os fariseus, que eram os teólogos da época de Jesus, O criticavam e condenavam porque achavam seus atos ministeriais “bizarros.” Eles não concordavam que Jesus e seus discípulos curassem os enfermos, especialmente porque os fariseus falavam das Escrituras sem tal poder. E eles especialmente não concordavam que Jesus expulsasse demônios.

Eles achavam que o que Jesus estava fazendo era prática comum de bruxos. Na mente teológica deles, Jesus fazia coisas bizarras. Portanto, para eles Jesus era um satanista, um feiticeiro, um bruxo. Para eles, Jesus estava bruxificando as Escrituras.

“Alguns mestres da Lei, que tinham vindo de Jerusalém, diziam: —Ele está dominado por Belzebu, o chefe dos demônios. É Belzebu que dá poder a este homem para expulsar demônios.” (Marcos 3:22 NTLH)

Os mestres da Lei eram os teólogos. O fato de que vieram de Jerusalém, a sede mundial da teologia das Escrituras, revela que a teologia oficial mais importante da época estava presa a uma visão literal sem nenhuma comunhão com Deus. Eles se tornaram meros demonizadores. Tudo o que eles sabiam fazer era demonizar Jesus.

Outra versão diz:

“Os líderes religiosos de Jerusalém espalharam o boato de que ele estava praticando magia negra, fazendo truques diabólicos para impressionar o povo, mostrando poder espiritual.” (Marcos 3:22 A Mensagem)

Os maiores teólogos das Escrituras condenaram Jesus como satanista. Eles o demonizaram em todas as suas redes sociais da época — a pé e de jumento. O que esperar dos teólogos reciclados de hoje?
Os teólogos demonizadores de hoje usam suas redes, conferências, blogs e outros canais para demonizar tudo o que não se enquadra em sua visão teológica morta das Escrituras. 

Não perdem o hábito: continuam espalhando boatos de que seguidores de Jesus praticam magia negra fazendo truques diabólicos para impressionar o povo.

Malafaia crê em experiências com o Espírito Santo. Embora seus críticos e acusadores calvinistas aleguem focar na questão da Teologia da Prosperidade (enquanto o problema maior entre os calvinistas não é essa teologia, mas a Teologia da Missão Integral), a verdade é mais profunda.
Um pastor calvinista que chamou Malafaia de “herege” trouxe ao Brasil o calvinista americano Justin Peters, que já havia dito na VINACC em 2015 que Deus não fala hoje por meio de profecia e revelação.

Peters não é o único calvinista incrédulo. Mauro Meister, pastor da IPB e teólogo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, alertou contra o livro “Surpreendido com a Voz de Deus,” escrito pelo calvinista Jack Deere. Meister disse:

“Certamente não posso recomendar a leitura do livro como proveitosa, e sim alertar pastores e estudiosos de que este livro irá trazer mais confusão do que esclarecimento.”

O livro de Deere contém inúmeros testemunhos de calvinistas abertos ao Espírito Santo e foi recomendado por Wayne Grudem, renomado calvinista autor de uma Teologia Sistemática. Mesmo assim, por amor à mesma incredulidade que os fariseus tinham, Meister rejeitou e atacou toda possibilidade de ouvir a voz de Deus hoje.

Essa postura incrédula se chama cessacionismo. Meister, que é colega teólogo de Augustus Nicodemus, o “apóstolo” do cessacionismo no Brasil, tem para sua incredulidade e cessacionismo pleno apoio do Bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, que também é contra profecia e revelação em nossos dias.

Cessacionismo não é monopólio dos calvinistas radicais. Macedo também está nesse barco com eles.
Independente então da questão da Teologia da Prosperidade, calvinistas radicais condenarão Malafaia, assim como já condenam calvinistas que aceitam os dons e as obras sobrenaturais do Espírito Santo.

John MacArthur é o “apóstolo” mundial da incredulidade calvinista, ou cessacionismo. Ele é o teólogo calvinista boçal que chama o movimento pentecostal de demoníaco. Ele é o teólogo calvinista boçal que chama de “demoníacas” todas as manifestações como línguas estranhas, profecias e revelações hoje. Ele é cessacionista.

Cessacionismo é a doutrina espúria e extra-bíblica que diz que depois da morte de Jesus e seus apóstolos, o Espírito Santo parou de conceder profecia, línguas, revelações e outros dons. Na visão teológica cessacionista, as manifestações de profecia, línguas, revelações e outros dons hoje são demoníacas. Daí, os calvinistas cessacionistas crerem que tanto o pentecostalismo quanto o neopentecostalismo são “heréticos.”

MacArthur é o guru de todos os calvinistas cessacionistas radicais do Brasil. Ele se diz fiel à Bíblia, mas a ataca ao rejeitar o que Deus determina e colocando no lugar as determinações dele.

Boçal é o termo que Malafaia usou para se referir a um pregador calvinista que ele pensou ser o MacArthur. Por falta de assessoria adequada, em vez de acertar em MacArthur, ele mirou num calvinista inocente, embora não seja totalmente inocente, pois ele, que critica a Teologia da Prosperidade, que não afeta as igrejas calvinistas, estranhamente nunca criticou a Teologia da Missão Integral, que afeta grandemente as igrejas calvinistas há décadas com seu liberalismo teológico.

Malafaia errou também, no vídeo (https://youtu.be/UvKgMUqmi5s), chamando a Teologia da Missão Integral de “Teologia Integral.” Mas independente dos lapsos cometidos, MacArthur é um boçal.

Boçal é um termo extremamente leve, se considerarmos que os adeptos brasileiros de MacArthur não têm pudores de chamar de “herege” todo e qualquer cristão que hoje afirmar que ouve a voz de Deus e tem o dom de profecia. Como os fariseus faziam com Jesus, eles só faltam dizer que os pentecostais e neopentecostais expulsam demônios por Belzebu, o chefe dos demônios.

MacArthur e Justin Peters nos EUA e Augustus Nicodemus, Mauro Meister, Paulo Júnior e outros calvinistas extremistas do Brasil têm problemas com a Bíblia e com cristãos calvinistas, pentecostais, carismáticos e neopentecostais que aceitam o que a Bíblia diz sobre o Espírito Santo concedendo dons e manifestações sobrenaturais.

Mais de 90% dos evangélicos brasileiros creem no que a Bíblia diz sobre o Espírito Santo e seus dons. Mas os calvinistas boçais preferem estar contra 90% dos evangélicos brasileiros e contra 100% da Bíblia.

Qualquer calvinista incrédulo tem o direito de discordar da Teologia da Prosperidade de Malafaia. Aliás, muitos assembleianos têm tal discordância. Mas usar ataques a essa teologia como pretexto para avançar o cessacionismo e a TMI é malandragem.

Ao levarem a sério um extremista como MacArthur e ao atacarem os dons sobrenaturais do Espírito Santo para hoje, calvinistas cessacionistas mostram que seu problema não é apenas com Malafaia. É com 90% dos evangélicos brasileiros. É com 100% da Bíblia. É com o Espírito Santo.

Essa não é uma guerra apenas contra Silas Malafaia. É contra a Palavra de Deus e contra o próprio Espírito Santo.

Phonte: Gospel Prime

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