terça-feira, 25 de abril de 2017

Pastor faz congregação queimar Bíblias por não concordar com tradução


Justificativa é que texto seria “enganoso”

O pastor Aloysius Bugingo, do Ministério Internacional Casa de Oração, de Uganda, gerou surpresa e revolta no país africano ao divulgar imagens de uma grande queima de Bíblias promovida por ele em sua igreja.

Divulgadas nesta segunda-feira (24), ele explicou que recolheu as Bíblias da maioria dos 6 mil membros de sua igreja na tentativa de livrar as pessoas de traduções “enganosas” e que não poderiam ser “uma fonte confiável do Evangelho”.

A atitude do pastor Bugingo foi recriminada por diversos líderes evangélicos do país africano, que classificaram a atitude como “ignorância”, “intolerância” e “blasfêmia”. A associação local
de pastores pediu que ele se se arrependesse e pedisse perdão pela atitude.

As fotos das pilhas de Bíblias em chamas viralizaram nas redes sociais de Uganda, gerando um grande debate sobre as minúcias da tradução.

Segundo os membros da igreja, no domingo de Páscoa o pastor explicou que as versões King James e Good News não eram corretas por que usavam mais vezes a expressão “Holy Ghost” [Fantasma Santo, em tradução literal que “Holy Spirit” [Espírito Santo].

Bugingo insiste ainda que vários textos foram “adulterados” e que alguns versículos foram omitidos sem explicação. Para ele, mais que problemas de tradução, esses textos eram obra de “adoradores do diabo” e, portanto, só iriam confundir os verdadeiros cristãos.


“Satanás está tentando torcer as mentes daqueles que pensam ter conhecimento. Não há nenhuma palavra usada por Satanás que seja usada por Deus. Muitos de seus agentes se chamam pastores aqui em Uganda se levantam contra o que nós estamos fazendo aqui”.

O mistério liderado pelo pastor, que possui uma rádio e um canal de TV, anunciou que irá começar a imprimir suas próprias Bíblias “autorizadas”. Em resposta a seus colegas pastores, que condenaram a queima das Bíblias, disse não temer que Deus o repreenda, pois fez a coisa certa.

A Sociedade Bíblica de Uganda também manifestou contrariedade com a atitude, lembrando que algumas divergências são conhecidas pelos estudiosos, mas que não há alteração no sentido.

A tradução King James, primeira versão para o inglês, foi publicada originalmente em 1611, sendo revisada em 1769. Como acontece em várias línguas do mundo, há termos que caíram em desuso ou perderam seu sentido original com o passar do tempo.

Os casos de ‘omissão’ de versículos apontados pelo pastor se dão pela escolha dos manuscritos no qual a tradução se apoia, por isso muitas Bíblias dizem “baseado nos melhores manuscritos”.

Com informações de All Africa

Phonte: Gospel Prime

Irineu Siqueira Neto

Prezados irmãos e leitores do Blog, Paz e Graça.

Existem alguns fatores que devemos levar em conta em um caso assim. 

Primeiro, que a versão King James é uma das melhores traduções existentes e de um acurado desenvolvimento em sua confecção.

Segundo, as versões que chegaram até este pastor podem estar realmente adulteradas. Ou seja, o problema não está na versão em sí, e sim em quem fez essa tradução e a chamou de King James.

Terceiro, o pastor foi muito precipitado em tudo o que ocorreu. Ele não deveria permitir uma versão que, segundo ele está deturpada, chegasse às mãos de sua congregação, pois pela quantidade de Bíblias em chamas, muitos irmãos compraram ou ganharam esta Bíblia.

Quarto, é uma blasfêmia tal ato, me fez lembrar as fogueiras nazistas com livros não aprovados pelo regime, inclusive a Bíblia.

E para finalizar, uma medida extrema como essa deve ser tomada após oração, e não sei se ele assim procedeu, embora eu tenho uma percepção que não.

Como eu disse no começo deste texto, a King James é uma belíssima tradução a qual eu estou fazendo sua leitura e adotei-a para estudos.

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