sexta-feira, 28 de julho de 2017

Polícia chinesa detém 18 membros de culto religioso de 'Gesuiza' mulher


Os detidos pertencem ao movimento Igreja de Deus Todo-Poderoso, criado na década de 90 com a crença de que Jesus Cristo ressuscitou no corpo de uma mulher chinesa


As autoridades chinesas prenderam recentemente 18 membros do grupo religioso Luz Oriental, também conhecido como Igreja de Deus Todo-Poderoso, depois de este ser banido por homicídio, ataques ideológicos ao Governo e outras acusações jurídicas.

O grupo ficou conhecido em maio de 2014, após membros fanáticos terem matado uma mulher num restaurante, em Zhaoyuan. A mulher, Wu Shuoyan, de 35 anos, depois de alegadamente recusar dizer o contacto de telemóvel a um dos membros do culto que a tentava recrutar, foi atacada com uma cadeira.

Zhang Lidong, o principal agressor acusado da morte de Wu, foi condenado à pena de morte, assim como a sua filha. Durante o julgamento foi incapaz de expressar qualquer ato de arrependimento ou sentimento de culpa: "Nós tínhamos de destruí-la, estava possuída por um espírito maligno", justificou.

Desde esse assassínio, o culto, criado em 1992, é descrito como inimigo da população e do governo chinês, e centenas de membros foram detidos pelas autoridades. Nesta última operação, a polícia confiscou ainda computadores e livros de propaganda usados para recrutar novos adeptos.

Descrito pelas autoridades chinesas como um "clássico exemplo de um culto maldoso", "que toma o nome de uma religião falsa para realizar ações que magoam outros", o grupo é acusado de propagandear mentiras, de ameaçar a vida humana e a estabilidade social e de atacar o Governo. A Igreja do Deus Todo-Poderoso é ainda acusada de isolar os seus membros de familiares e amigos e de pressionar para que estes doem dinheiro para a causa em troca de salvação

Os seus elementos acreditam que Jesus Cristo regressou à Terra, como uma mulher chinesa, para causar o apocalipse. O seu fundador, Zhao Weishan, antigo professor de Física e única pessoa que reivindica ter mantido contacto direto com a suposta mulher, refugiou-se nos Estados Unidos onde continua a liderar o movimento.

Para além das crenças religiosas, o movimento apresenta convicções sociais e políticas, como a ideologia anticomunista, descrevendo o Governo chinês como o "dragão vermelho".

Phonte:  Expresso

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