terça-feira, 17 de outubro de 2017

Joel: O Terrível Dia do Senhor


O nome Joel significa “Jeová é Deus”. Ele era filho de Petuel, também desconhecido fora deste livro. Quando se trata do contexto histórico de Joel, alguns sugerem uma data no século IX a.C., mas as evidências internas parecem mais favoráveis a uma data depois do cativeiro na Babilônia.

Obviamente algo havia interrompido o serviço a Deus no templo em Jerusalém: “Cortada está da Casa do SENHOR a oferta de manjares e a libação; os sacerdotes, ministros do SENHOR
, estão enlutados” (Joel 1:9).

Pode ser apenas uma referência à falta de produtos do campo para as ofertas ao Senhor, devido à praga de gafanhotos, ou pode se referir ao resultado da destruição do templo. 

Mais tarde, Deus fala sobre as nações que espalharam os israelitas “por entre os povos, repartindo a minha terra entre si” (Joel 3:2). Ele também comenta sobre as coisas preciosas que foram levadas para colocar nos templos das nações, linguagem que corresponde à pilhagem do templo em Jerusalém em 586 a.C. (Joel 3:5).

No mesmo contexto, comenta sobre os filhos de Judá que foram vendidos aos gregos, outra referência que se enquadra no período depois da queda de Jerusalém (Joel 3:6).

Na leitura de Joel, observamos que:

Os capítulos 1 e 2 falam da praga de gafanhotos como castigo divino.

Capítulo 2 frisa a misericórdia do Senhor e inclui uma profecia importante sobre a salvação que seria oferecida pelo Espírito Santo.

Capítulo 3 fala do castigo das nações que maltrataram o povo de Deus e olha para a expiação e habitação segura do povo do Senhor.

Independente da data de composição, a mensagem do livro é clara. Joel avisa sobre a vinda do Dia do Senhor, um dia de escuridão e castigo (Joel 2:1-2). Ele emprega no livro referências a uma praga devastadora de gafanhotos que é comparada à invasão de um exército forte: 

“Correm como valentes; como homens de guerra, sobem muros; e cada um vai no seu caminho e não se desvia da sua fileira.... Assaltam a cidade, correm pelos muros, sobem às casas; pelas janelas entram como ladrão.” (Joel 2:7,9). 

O castigo é tão terrível que as luminárias do céu retêm a sua luz: “Diante deles, treme a terra, e os céus se abalam; o sol e a lua se escurecem, e as estrelas retiram o seu resplendor” (Joel 2:10; veja 3:15).

Depois destas descrições do castigo, o profeta levanta uma pergunta que pede resposta: “O SENHOR levanta a voz diante do seu exército; porque muitíssimo grande é o seu arraial; porque é poderoso quem executa as suas ordens; sim, grande é o Dia do SENHOR e mui terrível! 

Quem o poderá suportar?”A resposta implícita nos versículos seguintes é uma das lições mais valiosas do livro, pois mostra que o homem que pode suportar um julgamento divino é aquele que se converte ao Senhor de fato:

 “Ainda assim, agora mesmo, diz o SENHOR: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto. Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR, vosso Deus, porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal” (Joel 2:12-13). 

Deus avisa sobre o castigo iminente e chama seu povo a se arrepender. A resposta depende de cada um!

Mas, a mensagem de Joel inclui um outro lado muito mais positivo. Joel profetiza sobre a descida do Espírito Santo e as consequentes bênçãos espirituais derramadas sobre os que invocam o nome do Senhor (compare Joel 2:28-32 com o cumprimento identificado pelo apóstolo Pedro em Atos 2:16-21). 

Depois de falar sobre o castigo do próprio povo do Senhor, ele mostrou que o povo fiel seria vindicado num grande julgamento das nações ímpias no vale da Decisão, permitindo a habitação segura dos fieis.

Quem pode suportar o juízo de Deus? Somente aquele que rasga o coração e se converte ao Senhor!

–por Dennis Allan

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