sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Mídia anti-Israel: Revista Exame publica falsa notícia sobre assentamentos israelenses na Cisjordânia e é desmascarada


A revista Exame online anunciou em uma falsa manchete que haveria mais israelenses do que palestinos na Cisjordânia. 

No final das contas, a revista deixou a comparação populacional de lado, e simplesmente criou uma matéria sem lógica alguma, onde diz que a quantidade de unidades habitacionais israelenses na Cisjordânia – o que ela generaliza como assentamentos – é maior que a quantidade de palestinos na região (sem fornecer quaisquer dados ou números sobre isso).




Para começar, um falso título.

Vejamos o que os números dizem sobre a população da Cisjordânia:
População total da Cisjordânia: 2.747.943 (julho de 2017)
Colonos israelenses na Cisjordânia: aproximadamente 391.000 (2016)

Uma rápida matemática revela um número de aproximadamente 2.35 milhões de palestinos vivendo na Cisjordânia. Além de uma manchete completamente falsa, a matéria em momento algum fornece dados sobre a população da Cisjordânia.

Um falso subtítulo:

Em primeiro lugar, foram aprovadas mais de 6.700 unidades habitacionais em assentamentos já existentes há décadas, e não novos assentamentos. Um edifício dentro de um assentamento pode conter dezenas ou centenas de unidades habitacionais. E se existisse de fato este número de assentamentos israelenses (que na realidade figuram pouco mais de 100), ainda não chegariam perto da quantidade de palestinos na Cisjordânia.

Algo a ser levado em conta: unidades habitacionais aprovadas não significa unidades construídas. Sua construção pode levar um bom tempo para ocorrer, se ocorrer.

A matéria:


Tirando fatos já abordados acima, alguns pontos a esclarecer:

Faz 25 anos que Israel não constrói um novo assentamento. Um foi recentemente aprovado, mas ainda não foi construído.

Israel tem construído novas casas dentro de assentamentos já existentes na área C da Cisjordânia, que não é território palestino, é território em negociação.

Os conflitos na região não vão se agravar pela futura construção de um muro de 760 km. Há uma barreira de segurança, feita mais de 90% de cercas e não de muros de concreto, construída há anos por motivos de segurança. Durante a chamada “Segunda Intifada”, terroristas palestinos mataram uma média de 200 israelenses por ano e feriram milhares. No entanto, quando Israel construiu a barreira, as mortes e lesões israelenses diminuíram em aproximadamente 90%.




Os números aqui figuram casas aprovadas para construção na Zona C da Cisjordânia, e não “assentamentos na Palestina”.


Não há uma disputa entre Estados, mas entre governos. Por mais que se aspire a um Estado palestino, este ainda não foi criado.

A Cisjordânia nunca foi inteiramente um território palestino. Sua área fora designada pela ONU em 1947 para compor um Estado árabe, mas o plano nunca foi concretizado por conta da recusa árabe e início da Guerra de 1948. 

Em 1949, a Cisjordânia ficou sob poder da Jordânia até o fim da Guerra de 1967 quando Israel conquistou a área em uma guerra defensiva, e nos anos seguintes foi se retirando aos poucos em diferentes acordos para a paz. 

Os acordos interinos entre Israel e a OLP de 2000 estipularam o tipo de controle em três áreas diferentes da Cisjordânia: Zona A, principais áreas árabes, controlada civil e militarmente pela Autoridade Palestina (AP); Zona B, cidades e vilas palestinas onde a AP exerce o controle civil e a IDF, o controle militar; e Zona C, considerada em disputa, onde estão os assentamentos israelenses.

Falar metaforicamente em uma cidade israelense não faz sentido algum quando os assentamentos compõem menos de 2% da área total da Cisjordânia.

Finalmente os números mostrados neste último gráfico são falsos. Pode-se falar em aproximadamente 600 mil colonos israelenses se juntarmos os moradores de Jerusalém oriental e da Cisjordânia, o que não vem ao caso nesta matéria. E não existe uma população de 200 mil palestinos em lugar algum. O que existem são mais de 2 milhões de palestinos na Cisjordânia. Talvez a redação da Exame tenha comido um zero.

Uma matéria desastrosa, tendenciosa e extremamente falsa, que compara populações sem ao menos mostrar uma estatística. E o pior, muitas pessoas compram o que lêem como verdade.

Se os assentamentos israelenses são ou não um obstáculo à paz, isto é assunto para outras discussões. Mas definitivamente matérias falsas e claramente anti-Israel que trazem ao mundo uma realidade que não existe, somente afastarão o diálogo, e consequentemente a paz.

O texto é do site Honest Reporting

Phonte: Jornal Livre

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