domingo, 28 de janeiro de 2018

Centro de judeus messiânicos em Israel sofre hostilidade de novo


Lugar de reuniões havia sido temporariamente fechado depois de ataques no ano passado

(Morning Star News) — Depois que opositores fecharam um centro de reuniões de judeus messiânicos no sul de Israel em maio passado, judeus ultra-ortodoxos estão demonstrando hostilidade de novo desde que o centro reabriu no mês passado, disseram fontes.

Judeus ultra-ortodoxos protestaram contra a presença do centro em Dimona, Israel, na terça-feira (23 de janeiro) e ameaçaram alguns dos judeus messiânicos, seguidores de Jesus, de acordo com a organização de defesa de direitos Preocupação pelo Oriente Médio (POM).

“Protestos têm ocorrido nas últimas duas semanas depois da reabertura do centro no começo de janeiro,” de acordo com um comunicado à imprensa do POM.

O centro, em que judeus messiânicos se reúnem para conversar e tomar café e chá, havia sido temporariamente fechado no ano passado devido a protestos de judeus ultra-ortodoxos em 4 de maio de 2017. Depois disso, eles provocaram danos nas casas dos líderes judeus messiânicos, quebrando janelas e traumatizando duas crianças dentro de um lar, um dos líderes disse à agência noticiosa messiânica Kehila News Israel.

“Pelo fato de que nos abaixamos no momento exato, não fomos atingidos pelas pedras que haviam sido atiradas contra nós,” Albert Knoester, ancião numa congregação messiânica em Beersheba, disse dos ataques no ano passado numa entrevista publicada por Kehila News Israel. “Sem contar os danos, houve também trauma psicológico para uma das famílias em Dimona, devido às manifestações e também porque a casa deles foi danificada por pedras. Mas também por meio de bullying, etc., suas duas filhas novas foram traumatizadas pelo que aconteceu, e precisaram de ajuda psicológica.”

Knoester, da congregação Nachalat Yeshua (Herança de Yeshua), disse que não muito depois que os manifestantes filmaram secretamente os judeus messiânicos numa reunião da prefeitura no ano passado, os manifestantes, inclusive membros do grupo ultra-ortodoxo Yad L’Achim, apareceram na casa dele e provocaram mais danos, inclusive quebrando janelas.

No entanto, esses incidentes levaram as pessoas na rua a convidá-los para bebidas para conversar, ele disse para Kehila News.

“Um número significativo de ‘pessoas comuns’ está se sentindo envergonhado do que está sendo feito a nós,” ele disse para Kehila News. “Recebemos convites de pessoas para vir e ter café com eles. Tivemos pelo menos seis oportunidades de explicar para um rabino por que cremos que Jesus é o Messias — como resultado da pergunta dirigida a nós: ‘Por que vocês acreditam que Jesus é o Messias?’”

A mídia israelense tem apresentado o centro de forma deturpada como uma “organização missionária,” e reportagens falsas inclusive acusações de suborno para conversão ao Cristianismo estão também levando os judeus a conversar com eles, ele disse à agência noticiosa. Um grupo de rabinos foi interrogá-los, ele disse, e quando sua esposa Esther respondeu com versículos do Salmo 23, eles concordaram em temporariamente fechar o centro enquanto continuariam a discutir que lugar a “Casa Aberta” deveria ter na comunidade.

“Um dia mais tarde,” ele disse para Kehila News, “um dos rabinos escreveu num jornal local: ‘Fomos à casa a fim de silenciá-los à força, mas aquela mulher não queria parar de falar! Ela devia conhecer aquele outro versículo do Salmo 23 sobre o vale da sombra da morte. Deixem que ela o atravesse, junto com seu marido.’”

Nos dias seguintes a mídia local começou uma campanha de difamação, ele disse. Além da acusação de suborno — de que eles costumavam oferecer um carro em troca de conversão ao Cristianismo —, eles foram acusados de colocar um pó no café das pessoas “para mudar judeus, transformando-os em cristãos,” e de converter judeus à força, ele disse à agência noticiosa.

“Pelo fato de que eles não podem nos acusar, e não podem achar nada contra nós, outra arma que é usada em vez disso é: mentiras, fofocas, deturpação dos fatos e chantagem,” ele disse para Kehila News. “Há fotos de nós no centro da cidade com avisos severos. Além disso, grandes outdoors com textos torpes são usados. As pessoas são alertadas a tomar cuidado e proteger seus filhos contra nós.”
Em Tel Aviv, uma livraria da Sociedade Bíblia de Israel está sob ameaça de ser fechada.

O dono do prédio onde funciona a livraria alega que a Sociedade Bíblia está violando sua licença comercial ao mudar o propósito sob o acordo de locação de vender livros para administrar ou promover atividade missionária e, portanto, não deveria ser protegida sob a condição de locação, de acordo com o POM. O dono também acusa a Sociedade Bíblia de violar o acordo ao acrescentar outro sócio. A Sociedade Bíblia nega ambas as acusações. Sua livraria está no mesmo local há 55 anos.

Traduzido por Julio Severo do original em inglês do Morning Star News: Harassment of Messianic Jews’ Center in Israel Begins Anew

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