sábado, 24 de março de 2018

Evangelismo é visto como ato de “terrorismo” na Turquia, conclui organização

Imagem ilustrativa. Evangelismo é visto como ato de terrorismo na Turquia. (Foto: Reprodução)
Imagem ilustrativa. Evangelismo é visto como ato de terrorismo na Turquia.

O pastor Andrew Brunson foi acusado de fazer parte de uma organização terrorista apenas por ser cristão.


O pastor americano Andrew Brunson, que está preso há mais de 500 dias na Turquia, corre o risco de passar o resto da vida na prisão. Na última semana, o tribunal turco emitiu uma acusação de 62 páginas, indiciando o pastor pelo envolvimento com uma organização terrorista e espionagem militar.

Segundo o Centro Americano de Direito e Justiça (ACLJ), que está trabalhando em parceria com o advogado turco do pastor, as acusações tornam a pregação do Evangelho um ato de terrorismo.

“A Turquia assumiu literalmente a posição de que a cristianização é terrorismo”, disse à CBN News a assessora sênior da ACLJ, Cece Heil. “Eles não têm nenhuma evidência específica de que o pastor Brunson tenha cometido algum crime. O fato de ele ser cristão, e especificamente pastor cristão, é o que eles estão equiparando ao terrorismo”.

“Eles alegam que ele ‘agiu como um agente de guerra não convencional, sob a máscara de pastor da igreja evangélica’. Algumas dessas atividades que eles chamam de atos terroristas são ajuda humanitária, educação e treinamento”, acrescentou Heil.

O advogado que está processando Brunson está pedindo uma condenação total de 35 anos, que efetivamente daria ao pastor de 50 anos de sentença.

Brunson foi um dos cristãos que foram presos ou deportados do país após o golpe de 2016, que deixou pelo menos 161 pessoas mortas na Turquia.

“O presidente Erdogan basicamente fez um expurgo, se livrando de qualquer um que ele considerasse não estar do seu lado, incluindo naturalmente os cristãos, quando se trata de um país totalmente muçulmano”, explicou Heil. “O pastor Brunson foi um dos cristãos arrebatados neste expurgo. A maioria dos pastores cristãos foram deportados e o pastor Brunson não foi”.

Jogada política

Heil acredita que Brunson está sendo usado como um peão político. “O próprio presidente Erdogan exigiu uma troca entre o pastor Brunson e o clérigo Fethullah Gülen”, disse ela sobre o imã muçulmano que Erdogan acredita ser o responsável pelo último golpe.

Enquanto isso, o governo Trump vem trabalhando para libertar Brunson. “O governo assumiu uma posição muito empenhada neste caso. O presidente Trump levou esta situação várias vezes ao presidente Erdogan. Isto é algo realmente sem precedentes neste tipo de caso”, avalia.

Heil pede que os cristãos de todo o mundo se lembrem de orar pelo pastor. “Ore por paz e conforto. Ele perdeu momentos importantes da vida com sua família. Ele perdeu o casamento de sua filha. Ele perdeu formaturas, aniversários, coisas que ele nunca poderá ter de volta”, disse ela.

Phonte: Guia-me

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