quarta-feira, 18 de abril de 2018

Pastor americano é preso, acusado de “terrorismo,” na Turquia

Imagem relacionada
Andrew Craig Brunson

Julio Severo

Um pastor americano está preso na Turquia desde outubro de 2016 acusado de ter ajudado grupos terroristas ou de ter espionado contra a Turquia.

Andrew Craig Brunson, um pastor evangélico de 50 anos da Carolina do Norte, enfrenta até 35 de prisão por acusações de “cometer crimes em prol de grupos terroristas” e “espionagem.”

Brunson, que nega ter cometido algum crime, foi preso em 2016 por ligações alegadas com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, o partido socialista curdistão que tem lutado pela independência da Turquia.

“Não vimos nenhuma prova credível de que o sr. Brunson seja culpado de um crime e estamos convencidos de que ele é inocente,” disse numa declaração Heather Nauert, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA.

Brunson trabalhou como pastor da Igreja da Ressurreição de Izmir, uma pequena congregação evangélica em Izmir, a cidade bíblica de Esmirna, e tem vivido na Turquia por 23 anos.
O Presidente Donald Trump tem pedido que o presidente turco Recep Tayyip Erdogan liberte Brunson, mas seu pedido não tem obtido resposta.

A acusação da Turquia contra o pastor evangélico é absurda. Ainda que os terroristas sejam comuns no islamismo, eles não são comuns no Cristianismo, principalmente entre evangélicos.

Erdogan deveria ver essa diferença óbvia e imediatamente libertar Brunson.

É uma afronta imensa a Turquia prender um pastor evangélico da nação que lidera a OTAN, pois a presença da Turquia na OTAN foi um privilégio exclusivamente — e imerecidamente — concedido pelos Estados Unidos. A Turquia é radicalmente islâmica e seus valores são contrários, em religião e história, aos valores cristãos da Europa e Estados Unidos. Não existe nenhuma justificativa para a Turquia ser membro da OTAN e aliada dos EUA.

Entretanto, não é só o ataque da Turquia a um pastor inocente que prova que a Turquia não merece ser aliada de nações cristãs.

No mês passado, Erdogan disse que Israel é “um Estado terrorista” e que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu é “um terrorista” por causa de esforços defensivos de Israel contra os terroristas palestinos. A Turquia tem financiado e armado o Hamas contra Israel e, com a Arábia Saudita, tem financiado e armado grupos terroristas islâmicos, inclusive o ISIS, contra o governo sírio. Isso é terrorismo real. 

Como é que a Turquia islâmica pode hipocritamente acusar Israel de terrorismo?

Um dos maiores genocídios modernos de cristãos foi cometido pela Turquia. Cerca de 100 anos atrás na Turquia, um número estimado de 1,5 milhão de cristãos armênios em 66 cidades e 2.500 vilas foram massacrados; 2.350 igrejas e monastérios foram saqueados e 1.500 escolas e colégios foram destruídos. 

Apesar disso, para aplacar a ira da Turquia, Trump tem evitado dizer que o Genocídio Armênio foi genocídio. Israel, que todo ano acertadamente comemora o Holocausto, também tem evitado reconhecer o Genocídio Armênio, ainda que cristãos evangélicos estejam trabalhando muito para pressionar as nações a reconhecer o Holocausto. 

Tanto os EUA quanto Israel não reconhecem o Genocídio Armênio porque os muçulmanos turcos odeiam ouvir sobre seus crimes contra os cristãos.

Por essas razões óbvias, a Turquia representa preocupações para os cristãos, que olham também para fatos históricos com relação à violência da Turquia contra cristãos e judeus.

Hagia Sophia, a maior e mais antiga catedral cristã do mundo, foi conquistada pelos muçulmanos em 1453 em Constantinopla, o nome cristão da atual cidade islâmica de Istambul, Turquia. Uma civilização cristã foi destruída por invasores islâmicos que transformaram a terra cristã — a terra das sete igrejas do Apocalipse — na Turquia.

Não só uma terra tradicionalmente cristã foi conquistada, mas também a terra de Israel.

De 1517 a 1917, a Turquia — que era então o Império Otomano — conquistou e possuiu a Terra Prometida. Isto é, durante quatro séculos a terra de Israel esteve sob controle islâmico. Então quando a Bíblia fala de Gogue e Magogue vindo do Norte e conquistando Israel, isso era a Turquia, que está no Norte de Israel, e possuiu a terra de Israel por séculos.

Aliás, acadêmicos judeus e cristãos apontaram para a Turquia como Gogue e Magogue, conforme o escritor evangélico Joel Richardson mostrou:

Hipólito de Roma (170–235), um teólogo cristão primitivo, em suas crônicas, conectou Magogue com os gálatas na Ásia Menor, ou Turquia moderna.

Moisés Ben Maimonides (também conhecido como Rambam) (1135–1204), o reverenciado mito judeu, em Hichot Terumot, identificava Magogue como estando na fronteira da Síria e moderna Turquia.

Nicolau de Lira (1270–1349), um estudioso hebreu e renomado exegeta bíblico, cria que Gogue era outro título do Anticristo. Lira também afirmou que a religião dos “turcos,” um termo usado para se referir aos muçulmanos em geral, era a religião do Anticristo.

Martinho Lutero (1483–1546) compreendia que Gogue era uma referência aos turcos, os quais Deus havia enviado como flagelo para castigar os cristãos.

Sir Walter Raleigh (1554–1618), em sua História do Mundo, também colocava Magogue na Ásia Menor, ou Turquia moderna.

John Wesley (1703–1755), em suas Notas Explicativas sobre Ezequiel 38 e 39, identificava as hordas de Gogue e Magogue com “as forças do Anticristo” que viriam da região da moderna Turquia.

Jonathan Edwards (1703–1758), um dos mais renomados teólogos da história americana, também via a Turquia moderna como a nação que traria a invasão de Gogue e Magogue.

Por que os Estados Unidos alistaram Gogue e Magogue — que trata um pastor evangélico e Israel como “terroristas” e que matou 1,5 milhão de cristãos armênios — como membro da OTAN e seu aliado? Para vir do Norte e conquistar Israel de novo? Para vir do Norte e conquistar cristãos e tratá-los como “terroristas” de novo? Para matar cristãos, como no Genocídio Armênio e na Síria por meio de grupos terroristas islâmicos?

A Turquia tem um perfil profético que não só se encaixa em Gogue e Magogue, mas também como uma grande ameaça aos cristãos e Israel nos últimos dias.

Com informações de Associated Press, WorldNetDaily, Haaretz e Jerusalem Post.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça um blogueiro feliz, comente!!
Porém...
Todo comentário que possuir qualquer tipo de ofensa, ataque pessoal e palavrão, será excluído sem aviso prévio!