domingo, 27 de maio de 2018

Pedro e Judas, uma lição sobre o Arrependimento

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A Palavra de Deus conta-nos que dois discípulos pecaram contra Jesus: Judas O traiu, Pedro O negou por três vezes.

Embora se tratem de pecados diferentes, com diferentes consequências e motivações, devemos observar que ambos, Judas e Pedro, se sentiram desgostosos após praticá-los.

Judas, reconhecendo que havia pecado, tentou devolver as moedas que havia recebido para entregar Jesus aos principais sacerdotes e anciãos (Mt. 27. 4-5). Pedro ao ouvir o cantar do galo, saiu do pátio do sumo sacerdote, onde Jesus estava sendo falsamente acusado, e chorou
amargamente (Mt. 26.75).

Ambos permaneceram em seus pecados até serem despertados por algum evento que abriu seus olhos: Judas, despertou para o pecado que cometera ao perceber que Jesus havia sido condenado. Pedro despertou ao ouvir o cantar do galo, sobre o qual Jesus havia falado.

No entanto, as semelhanças entre as atitudes dos dois discípulos ao pecarem contra Jesus param por aí. Ao perceberem seus pecados contra o Mestre Judas e Pedro têm atitudes opostas.

Judas sente remorso (Mt. 27.3) Pedro chora amargamente demonstrando arrependimento (Mt. 26.75).

Judas, por ter sentido remorso, e não o verdadeiro arrependimento, procura consertar o erro do seu jeito: recorre à Lei e afirma ter traído sangue inocente (Dt.19.13), devolvendo as moedas que recebera e saindo dali para se enforcar e, dessa forma, entregar vida por vida (Ex. 21.23).

Pedro, apesar de reconhecer o terrível pecado que cometera e chorar muito, não quis resolver tudo do seu jeito, nem recorreu ao legalismo da letra que mata (2Co.3.6), mas recorreu à graça e ao perdão do espírito que vivifica (2Co. 3.6).

Pedro após ter negado Jesus, mesmo tendo afirmado ao próprio Mestre que o seguiria até na morte, se fosse necessário, reconheceu sua pequenez, se arrependeu profundamente e, ao contrário de Judas que entregou seu corpo para a morte, entregou-se para a vida e decidiu assumir a missão dada por Cristo, após a ressurreição, de pregar o evangelho por todo o mundo e a toda a criatura (Mc.16.15).

Apesar de ter negado Jesus e ser conhecedor da perseguição dos Judeus contra os seguidores de Cristo, Pedro estava presente junto aos demais discípulos quando o Mestre apareceu ressuscitado. (Jo. 20.19) e após a Ascensão de Cristo perseverava em oração junto aos demais e a família de Jesus (At. 1. 12-14).

Talvez Judas também pudesse estar lá, mas ele sentiu remorso e não arrependimento, ele quis dar o seu jeito para resolver tudo, esquecendo-se de que sem Cristo nada podemos fazer (Jo. 15.5), ele se prendeu aos grilhões da Lei, ele escolheu a morte.

Pedro buscou em Cristo e nos irmãos de fé forças para seguir em frente. Pedro se arrependeu e escolheu permanecer com Cristo.

Percebemos, então, que não importa a gravidade do pecado que cometemos, mas sim o que escolhemos fazer depois que percebemos a transgressão.

Se optamos por esconder nossos pecados ou buscamos resolve-los do nosso jeito, estamos buscando a morte, pois bem sabemos que aquele que esconde suas transgressões jamais prosperará (Pv. 28.13) e que o salário do pecado é a morte (Rm. 6.23).

Porém, se nos arrependemos sinceramente Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados (1Jo.1.9) e ao confessarmos nossos erros e os deixarmos alcançaremos misericórdia (Pv. 28.13).

Se, além do arrependimento, houver algo mais que devamos fazer para corrigir o ato impensado roguemos então ao Senhor que nos guie pela vereda da justiça por amor ao Seu nome (Sl. 23.3), pois está nele, e só nele, o querer e o efetuar (Fp.2.13).

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